O autismo é um quadro sem cura, mas que pode ser controlado com o tratamento adequado. Existem diversas abordagens para cuidar do paciente autista e uma delas é a terapia comportamental. Esta visa encarar individualmente cada caso, analisando os sintomas e buscando formas de ação efetivas para o indivíduo desenvolver suas potencialidades.
Benefícios da terapia comportamental no tratamento do autismo
“A terapia comportamental pode ajudar crianças com autismo intervindo nos sintomas centrais do transtorno. Há uma intervenção estruturada conhecida pela sigla em inglês ABA (análise aplicada do comportamento) que é bastante utilizada com bons resultados”, informa a psiquiatra Erika Mendonça.
Dentre os principais sintomas do autismo que a terapia comportamental visa tratar, destacam-se a dificuldade de interação, comunicação e para entender comportamentos sociais normais; movimentos e discurso repetitivos; e irritabilidade. Para desenvolver essas deficiências, é importante incentivar o paciente a praticar atividades estimulantes com foco na cognição e interação.
Outras abordagens importantes para o tratamento do autismo
Em paralelo à terapia comportamental, outras abordagens devem ser adotadas para complementar o tratamento do autismo. O acompanhamento fonoaudiológico é um exemplo, já que a linguagem está comprometida em graus variáveis. “A terapia ocupacional também deve ser mencionada, visto que atua nas alterações de processamento sensorial”, completa Érika.
O tratamento farmacológico também é essencial, ajudando em muitos casos no controle dos sintomas. Os remédios não tratam o quadro em si, mas ajudam a amenizar as dificuldades dos pacientes, como hiperatividade, agressividade, compulsividade etc. Como o autismo é um transtorno de diferentes intensidades, nem sempre os medicamentos serão imprescindíveis (autismo leve), porém eles são vitais em muitos casos.
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