search
Título

Uma criança com autismo pode se tornar independente na vida adulta?

Autismo
Sintomas

19 de outubro de 2023

O autismo é um transtorno que surge sempre na infância e se mantém durante toda a vida. Ele compromete significativamente a capacidade de interação social e comunicação do paciente, o que traz dificuldades em todas as fases da vida. Mesmo assim, um adulto autista pode levar uma vida independente, desde que inicie cedo o tratamento adequado e se mantenha assim sempre.
“Muitas crianças com diagnóstico de autismo podem ser independentes na vida adulta. Isso depende de alguns fatores, como idade do diagnóstico, intervenção precoce, qualidade das intervenções e o próprio perfil da criança (suas próprias habilidades). Não se fala em cura do autismo, mas em alta sim”, afirma a psicóloga Gisele Tridapalli.

Tratamento do autismo é para vida toda


O tratamento exige tempo para obter resultados satisfatórios, então por isso que é tão importante começá-lo o quanto antes, ainda na infância. “Muitos dos meus pacientes, após alguns anos de intervenção, têm alta, ou como falamos, ‘saem do Espectro’. A partir daí poderão ter vidas normais na idade adulta. Ter bons profissionais acompanhando a criança por algum tempo aumenta as chances da alta”, diz a profissional.

Caso o diagnóstico seja feito tardiamente, na adolescência ou já na vida adulta, ainda valerá a pena iniciar o tratamento, mas as dificuldades para se chegar à alta serão muito maiores. Neste cenário, os resultados tendem a ser menores, ou seja, o controle dos sintomas será alcançado mais lentamente do que se o procedimento tivesse sido iniciado na infância.  

Participação da família é fundamental para evolução da criança com autismo

A família tem um papel fundamental no processo. Além de confiar nos profissionais e levar as crianças nas terapias, os entes queridos devem estimular a criança em casa, nos momentos possíveis, com a orientação dos profissionais. Isso faz toda a diferença. “Atendo crianças que a família somente leva na terapia, enquanto outras participam ativamente do tratamento, e a diferença é bastante evidente”, relata Gisele.
Gisele Wagenführ Tridapalli é psicóloga formada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), especializada em Neuropsicologia e atua em Florianópolis (SC). CRP-SC: 12/03942 – giseletridapalli.com.br
Foto: Shutterstock

Newsletter
Compartilhamento

Posts relacionados

Artigos
Como entreter filhos com autismo na quarentena

O isolamento social adotado mundialmente em função da pandemia do novo coronavírus (COVID-19) trouxe inúmeros desafios, tanto para a sociedade como um todo, quanto em nível individual, doméstico. Diversas adaptações da rotina estão sendo feitas devido à quarentena, o que acaba refletindo no relacionamento das pessoas que moram juntas, como pais e filhos, por exemplo. […]

Artigos
O autismo pode se manifestar apenas na vida adulta?

O autismo é um transtorno do sistema nervoso que compromete significativamente a comunicação e a interação com outras pessoas. Não há cura e se inicia nos primeiros anos de vida do indivíduo. Características do autismo “Este transtorno do neurodesenvolvimento se manifesta desde cedo na vida, não se manifesta apenas na vida adulta. Sabe-se que a […]

Artigos
O que são os comportamentos repetitivos associados ao autismo?

A esquizofrenia é uma doença que pode começar a se manifestar . O principal indício a ser observado como possível sintoma é o isolamento social, mas outros comportamentos fora do comum também ajudam a identificar o quadro, tais como queda no rendimento escolar, sensação de perseguição e humor deprimido. Sinais de esquizofrenia em adolescentes “Na […]

Converse com um dos nossos atendentes