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    Uma criança com autismo pode se tornar independente na vida adulta?

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    O autismo é um transtorno que surge sempre na infância e se mantém durante toda a vida. Ele compromete significativamente a capacidade de interação social e comunicação do paciente, o que traz dificuldades em todas as fases da vida. Mesmo assim, um adulto autista pode levar uma vida independente, desde que inicie cedo o tratamento adequado e se mantenha assim sempre.
    “Muitas crianças com diagnóstico de autismo podem ser independentes na vida adulta. Isso depende de alguns fatores, como idade do diagnóstico, intervenção precoce, qualidade das intervenções e o próprio perfil da criança (suas próprias habilidades). Não se fala em cura do autismo, mas em alta sim”, afirma a psicóloga Gisele Tridapalli.

    Tratamento do autismo é para vida toda


    O tratamento exige tempo para obter resultados satisfatórios, então por isso que é tão importante começá-lo o quanto antes, ainda na infância. “Muitos dos meus pacientes, após alguns anos de intervenção, têm alta, ou como falamos, ‘saem do Espectro’. A partir daí poderão ter vidas normais na idade adulta. Ter bons profissionais acompanhando a criança por algum tempo aumenta as chances da alta”, diz a profissional.

    Caso o diagnóstico seja feito tardiamente, na adolescência ou já na vida adulta, ainda valerá a pena iniciar o tratamento, mas as dificuldades para se chegar à alta serão muito maiores. Neste cenário, os resultados tendem a ser menores, ou seja, o controle dos sintomas será alcançado mais lentamente do que se o procedimento tivesse sido iniciado na infância.  

    Participação da família é fundamental para evolução da criança com autismo

    A família tem um papel fundamental no processo. Além de confiar nos profissionais e levar as crianças nas terapias, os entes queridos devem estimular a criança em casa, nos momentos possíveis, com a orientação dos profissionais. Isso faz toda a diferença. “Atendo crianças que a família somente leva na terapia, enquanto outras participam ativamente do tratamento, e a diferença é bastante evidente”, relata Gisele.
    Gisele Wagenführ Tridapalli é psicóloga formada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), especializada em Neuropsicologia e atua em Florianópolis (SC). CRP-SC: 12/03942 – giseletridapalli.com.br
    Foto: Shutterstock

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