Por mais que o quadro de varizes dos membros inferiores seja muito comum e controlável – desde que o paciente se submeta ao tratamento adequado desde o início dos sintomas – a falta de cuidados pode resultar em complicações, as quais são mais difíceis de resolver. Sendo assim, o ideal é adotar medidas preventivas que impeçam a evolução das varizes e, consequentemente, o desenvolvimento de problemas mais graves em decorrência.
“As varizes são uma doença de evolução lenta e gradual. Ou seja, dificilmente observamos complicações súbitas. Não é por isso que ela deve ser negligenciada. Na verdade, quanto antes for avaliada e tratada, menor é o risco de complicações no futuro. Portanto, a prevenção é, sem dúvida, muito importante”, afirma o angiologista Rodrigo Fukushima.
Principais complicações das varizes sem tratamento
Segundo o especialista, as complicações mais graves das varizes são a trombose venosa profunda e a tromboflebite superficial, as quais ocorrem pela formação de um coágulo (trombo) dentro da veia, levando ao seu entupimento e inflamação. “Além da dor e do inchaço que isto causa, há o risco deste trombo se desprender e migrar para o pulmão. Esta é a complicação mais grave que buscamos evitar”, explica o médico.
Outras complicações possíveis quando as varizes não são tratadas, ainda de acordo com Fukushima, são: sangramento (varicorragia), úlceras e escurecimento irreversível da perna (dermatite ocre). “O mais importante é lembrar que todas estas complicações podem ser evitadas se os pacientes procurarem um especialista e seguirem seu tratamento adequado ainda nas fases iniciais da doença varicosa”, ressalta o profissional.
Tratamento medicamentoso
A recomendação, então, é não esperar a doença piorar para procurar um especialista e sempre seguir o tratamento recomendado, mesmo nos casos em que os sintomas ainda estão começando a aparecer. O uso de medicamento específico é fundamental nesse processo, pois facilita a circulação sanguínea, impedindo a piora das varizes. “Os benefícios podem ser vistos 10 a 20 anos mais tarde”, conclui Rodrigo.
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