Queimaduras são lesões na pele provocadas pelo contato direto com calor, radiação, eletricidade ou substâncias químicas. Elas podem envolver diferentes camadas da pele e, justamente por isso, são classificadas em primeiro, segundo e terceiro grau (da camada mais superficial para a mais profunda). Cada uma possui características distintas.
A queimadura de primeiro grau é aquela que acomete apenas a epiderme, a camada mais superficial da pele. Seus sinais e sintomas são dor intensa, vermelhidão e edema no local. “Esse tipo de lesão não produz bolhas na pele, geralmente melhora de 3 a 7 dias, podendo ocorrer descamação da pele no local, sem deixar sequelas. O melhor exemplo de queimadura de primeiro grau, é a queimadura solar”, conta a dermatologista Ana Caroline barreto.
Queimadura de segundo grau pode ser superficial ou profunda
Segundo a médica, a queimadura de segundo grau pode ser superficial ou atingir camadas mais profundas da pele. Quando superficial, acomete a epiderme e a parte mais superficial da derme, preservando os pelos e as glândulas da pele. Dessa forma, provoca dor intensa, vermelhidão, edema, vesículas e bolhas que, quando se rompem, deixam feridas com crostas.
“Após a cicatrização da queimadura de segundo grau, a recuperação pode ser completa ou resultar em manchas residuais. Caso esta queimadura intermediária seja profunda, ocorre a destruição completa da derme, mas a dor é menos intensa. Todavia, geralmente deixa cicatrizes mais evidentes”, explica.
Queimadura de terceiro grau promove destruição total da pele
Já a queimadura de terceiro grau provoca destruição total da pele, atingindo a epiderme, derme e anexos cutâneos (pelos, glândulas…), podendo atingir ainda estruturas abaixo da pele, como gordura, músculo, tendões e ossos. “A lesão geralmente é ressecada, forma crosta de tecido desvitalizado, que ao ser removida, deixa ferida ulcerada. A cicatrização dá origem a cicatrizes fibróticas, podendo ocasionar retrações e restrições de movimento”.
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