Prender os gases voluntariamente por um curto intervalo de tempo, de acordo com a gastroenterologista Amanda Buchmann, pode causar dor ou desconforto. Caso venham em pouca quantidade, eles podem ser absorvidos ou liberados aos poucos, sem que o próprio indivíduo perceba. “Se os gases são mais intensos, no entanto, é quase impossível prendê-los”, afirma.
A médica explica que quando há um excesso fora do habitual na produção de gases, seja por ingestão alimentar ou uso de certos medicamentos, é possível que isso gere desconforto, dependendo da sensibilidade de cada um.
Combatendo os gases em excesso
“Nesses casos, podem ser feitas diversas medidas para minimizar o desconforto e eliminar os gases, que vão desde o uso de medicamentos até massagem no abdome, além de manter os membros inferiores elevados e caminhar. No caso de um problema intestinal mais grave, no qual não há como eliminar esses gases devido ao que se chama de obstrução intestinal, o paciente deve ser avaliado imediatamente pelo clínico e cirurgião”, recomenda Amanda.
Segundo a especialista, a sensação de ter gases retidos ocorre quando o ar fica preso nas curvas do intestino. “Nesse momento, você pode sentir cólicas e dores em pontadas. Inchaço ou distensão do abdome também podem se manifestar. Além das dores, náusea, vômitos, perda de apetite e febre podem vir associadas à obstrução intestinal”, completa.
A alimentação influencia no excesso de gases
Para não sofrer com o desconforto abdominal, deve-se evitar alimentos que sabidamente produzem gases intestinais em excesso. “Uma dica é deixar o feijão de molho de um dia para o outro e trocar a água dele se possível antes de cozinhar. Se houver dificuldade de eliminação de flatos, ou seja, constipação intestinal, é interessante apostar em frutas como mamão e ameixa, além de uma boa ingesta de água, fibras de aveia e farelo de linhaça, associados à atividade física regular”, conclui Amanda.
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