O período de gestação é marcado por muitas mudanças físicas e emocionais para as mulheres. Por isso, é essencial que a futura mamãe seja acompanhada de perto por um obstetra ao longo de toda a gravidez, para garantir que o bebê cresça saudável e para evitar riscos à gestante. A frequência das consultas varia de acordo com o caso, mas costuma ser mensal até a 28ª semana, quinzenal até a 37ª e, a partir de então, semanal.
Acompanhamento pré-natal monitora saúde do bebê
“Na primeira consulta, é determinada a idade gestacional, com a melhor precisão técnica possível, e são avaliados dados importantes sobre o histórico da saúde da gestante e de sua família. A cada consulta, são verificadas informações de rotina, como pressão arterial, ganho de peso da mulher e os batimentos cardíacos do bebê”, afirma o ginecologista e obstetra Thiago Nishiyama.
A cada trimestre, o profissional deve pedir exames laboratoriais, como as ecografias, utilizadas para confirmar a idade gestacional, verificar se há mais de um bebê, rastrear defeitos congênitos na gravidez, auxiliar na avaliação do bem-estar do feto, ajudar a determinar a posição do bebê no parto e indicar suplementos, como de ômega 3, por exemplo. Além disso, a gestante pode tirar dúvidas a respeito de seus sintomas e tomar providências para problemas mais sérios.
Pré-natal ajuda a detectar e a tratar diabetes gestacional
O acompanhamento pré-natal é fundamental para reconhecer e tratar possíveis problemas, como o diabetes gestacional. “O diabetes gestacional pode se desenvolver sem nenhum sintoma ou sinal e ser detectável somente com exames laboratoriais. Uma vez reconhecido, a glicemia é monitorada e controlada com dieta e, quando necessário, com insulina”, explica o especialista.
Outro problema que pode ser visto e tratado adequadamente no pré-natal é a hipertensão arterial gestacional, que também costuma ser assintomática e pode se agravar sorrateiramente, trazendo riscos para a gravidez. “Quando se reconhece a hipertensão gestacional, é importante promover a antecipação do parto em um momento adequado que não seja nem muito precoce e nem muito tardio”, diz Nishyiama.
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