O LDL, conhecido por ser o colesterol “ruim”, está relacionado a doenças cardíacas pois participa da formação de placas de gordura nos vasos do coração, dificultando a passagem de sangue. Com isso, aumenta-se o risco de complicações, como infarto. Por outro lado, quando as obstruções atingem os vasos do cérebro, podem acontecer acidentes vasculares cerebrais (AVCs).
Atuação do LDL nas artérias
“Na verdade, o LDL é uma lipoproteína rica em colesterol, e devido a fatores de risco como a dislipidemia (colesterol alto no sangue), hipertensão arterial, tabagismo e diabetes mellitus, a parede interna das artérias (endotélio) sofre agressão e ocorre a aterogênese (formação de placa de gordura)”, explica o cardiologista Rafael Santos Costa.
O LDL entra pela parede interna das artérias e sofre transformações (oxidação), acumulando-se no local. Este, então, cresce, criando uma placa aterosclerótica. Esta placa de gordura leva a uma diminuição da passagem de sangue e a musculatura cardíaca irrigada pela artéria coronária sofre isquemia. “Quando a placa cresce de maneira desordenada ou se rompe, pode obstruir totalmente a artéria, causando um infarto do miocárdio”, afirma Costa.
Controle e cuidados com o colesterol LDL
Não é fácil evitar o consumo de alimentos ricos em LDL, mas é possível manter os índices sob controle. Para isso, é importante atenção aos fatores de risco, como pressão arterial elevada; tabagismo; dieta rica em gorduras e alimentos processados; e sedentarismo. O consumo de fitoesterois também pode ser indicado para reduzir os níveis de colesterol no sangue, em conjunto com outras práticas que visam o bem estar cardiovascular.
É preciso ter bastante cuidado com o LDL, pois seu aumento ocorre sem sintomas. Para isso, é interessante realizar eventualmente exames que medem os níveis de colesterol. Pessoas com fatores de risco, como hipertensão, diabetes e histórico familiar de colesterol alto, por exemplo, precisam se precaver ainda mais e devem realizar exames pelo menos uma vez ao ano.
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