A dengue se manifesta por tipos e intensidades diferentes, então, ao contraí-la, você pode lidar tanto com a sua forma mais branda quanto com a mais perigosa. Um dos problemas da doença é que a fase leve pode evoluir para a mais complicada, caso não seja tratada o quanto antes. Por isso, uma simples suspeita já deve ser o suficiente para que o paciente procure um médico.
“Todo paciente com suspeita de dengue, precisa ser avaliado por um médico via exame físico. Neste exame, será possível determinar a gravidade do caso do paciente (isto é, se este apresenta sinais de alarme ou choque). Por meio dessa avaliação, ele terá uma classificação de risco de A a D, baseada em seus sinais e sintomas, considerando A o menor risco e D o maior risco”, indica o infectologista Bruno Scarpellini.
Diagnóstico precoce evita evolução da dengue
Segundo o especialista, essa classificação de risco impacta os passos seguintes do tratamento, como o tipo de acompanhamento (ex: ambulatorial ou hospitalar), exames complementares a serem realizados, conduta terapêutica e periodicidade de reavaliação. Vale reforçar que o ideal é buscar sempre o diagnóstico precoce para ser classificado ainda em A e ter mais facilidade no tratamento.
Quem já teve dengue anteriormente deve ter ainda mais atenção para a ocorrência de um novo episódio, pois nesta situação há risco aumentado para formas mais graves da doença, como a dengue hemorrágica e a síndrome do choque da dengue. Nesses dois casos, ocorre perda significativa de sangue, o que pode ser fatal.
Tratamento e prevenção da dengue
Após o diagnóstico, o tratamento deve ser logo iniciado, mas o ideal mesmo é evitar ao máximo a doença por meio de prevenção (uso de repelentes, evitar acúmulo de água parada, colocar areia em vasos de plantas e tela nas janelas, etc). Quando os sintomas já se fizeram presentes, devem ser tratados com hidratação intensiva e antitérmicos (caso haja febre), principalmente, mas sempre com acompanhamento médico.
Dr. Bruno Scarpellini é infectologista e epidemiologista, pesquisador e epidemiologista do Laboratório de Retrovirologia da Escola Paulista de Medicina/Unifesp. CRM-RJ: 5271607-3.
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