A fumaça da poluição é um irritante para as vias aéreas, pois tende a causar inchaços nas vias aéreas, gerando a redução do fluxo de ar, o popular “entupimento”. “As impurezas irritam as narinas, especialmente daqueles que já possuem uma predisposição às alergias respiratórias, podendo deixar as estruturas chamadas de cornetos nasais inchadas”, explica a pneumologista Vanessa Cristina Hartmann.
Poluição pode colaborar para o surgimento de crises de asma e rinite alérgica
Segundo a especialista, o nariz é a primeira barreira de proteção das vias aéreas e tem também a função de filtrar as impurezas do ar. Logo, o contato com os poluentes é inevitável, o que significa que o risco do nariz entupir é constante. “Como consequência, há dificuldade de respiração e possibilidade de crises de rinite alérgica e asma. Além da obstrução nasal, surgem coriza, crises de espirros e coceira no nariz, garganta e às vezes até ouvidos”, afirma Vanessa.
As pessoas predispostas às crises alérgicas estão mais vulneráveis não apenas à ação da poluição, mas também de cigarro, poeira, produtos químicos e fumaça em geral. “É sabido também que o desenvolvimento da asma e da rinite alérgica tem uma relação complexa entre genética (predisposição herdada pela pessoa) e exposições do ambiente”, explica.
Poluição é um fator para o desenvolvimento de doenças como a DPOC
A médica aponta ainda outros malefícios que podem ser trazidos pela poluição. “Tóxicas às vias aéreas, a combustão e a exposição a fumaças e ao cigarro contribuem para o desenvolvimento de outras doenças respiratórias, como, por exemplo, o enfisema pulmonar, que é uma DPOC (sigla de doença pulmonar obstrutiva crônica)”.
Caracterizada por danos aos alvéolos pulmonares, a DPOC se manifesta especialmente em indivíduos geneticamente predispostos. “O enfisema pulmonar causa destruição do tecido dos pulmões e, consequentemente, vários sintomas, tais como falta de ar, tosse e limitações para a realização de atividades diárias”, conclui a pneumologista.
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