AchèAchè
search
Título

Por que a atividade cognitiva ajuda a reduzir o risco do desenvolvimento do Doença de Alzheimer?

Alzheimer

Por Dr. José Eduardo Martinelli

19 de outubro de 2023

A atividade cognitiva é fundamental para reduzir o risco do desenvolvimento do Doença de Alzheimer, pois o exercício da mente com práticas intelectuais minimamente complexas ao longo da vida a torna mais resistente a danos cerebrais. Essas mesmas práticas também devem ser estimuladas nos indivíduos que já apresentam a doença, como forma de complementar o tratamento.

Atividades que ajudam a prevenir o Alzheimer


“Atividades como sociabilidade, intelectualidade e escolaridade ajudam a reduzir o risco de desenvolver a demência da doença de Alzheimer, porque propiciam a criação de novas conexões sinápticas que vão dar origem ao conceito de reserva cognitiva, que significa a
resistência da mente às lesões cerebrais”, explica o geriatra José Eduardo Martinelli.

Segundo o especialista, existem vários fatores associados à obtenção de uma boa reserva cognitiva e dentre os mais importantes estão: a educação e o interesse pela cultura; desempenhar um trabalho que exija esforço intelectual; contar com uma rede ampla de relações sociais; exercício físico moderado diário; ler de forma habitual; e praticar atividades intelectuais complexas, como tocar um instrumentos musical ou aprender um idioma.

Tratamento do Alzheimer conta com a prática de atividades cognitivas


Em relação às pessoas que já desenvolveram a doença, o incentivo a essas atividades cognitivas deve ser ainda maior, visto que o processo de desgaste mental já foi iniciado. É comum que aqueles com alteração cognitiva recusem essas atividades e por isso
o cuidador (familiar) deve insistir para que eles interajam mais com os entes queridos e realizem atividades estimulantes que costumavam gostar de fazer e até apresentavam certa habilidade.

“Dentro da terapêutica não medicamentosa, a estimulação cognitiva é a mais importante para retardar a evolução da doença, sendo praticada das mais variadas formas. Na minha opinião, a mais eficaz é contar com uma ampla rede de relações sociais, porque a partir dela é que surgem todas as outras possibilidades de estimulação. Quanto maior o isolamento do paciente, mais rápido a doença evolui”, completa Martinelli.

 

Foto: Shutterstock

Newsletter
Tags
atividades cognitivas
Compartilhamento

Posts relacionados

Artigos
Doença de Alzheimer: Como funciona o armazenamento de memórias do cérebro?

A doença de Alzheimer compromete as regiões cerebrais responsáveis pelo armazenamento da memória e, por isso, o esquecimento é seu sintoma mais marcante. No cérebro, há mais de uma área para armazenar tipos específicos de memória e todas podem eventualmente ser degradadas com o avanço da doença. Portanto, começar o tratamento no início do quadro é fundamental. Comprometimento da […]

Artigos
Enfrentando o Alzheimer: Confira algumas atividades cognitivas que podem auxiliar na prevenção e tratamento da doença

A degeneração mental que caracteriza o Alzheimer, apesar de progressiva, pode ser retardada caso o paciente se submeta ao tratamento adequado, o que lhe confere mais tempo com uma qualidade de vida melhor. A prática de atividades cognitivas no dia a dia é essencial nesse processo, já que estimula a mente do idoso. “A leitura […]

Artigos
Por que a atividade cognitiva ajuda a reduzir o risco do desenvolvimento do Doença de Alzheimer?

A atividade cognitiva é fundamental para reduzir o risco do desenvolvimento do Doença de Alzheimer, pois o exercício da mente com práticas intelectuais minimamente complexas ao longo da vida a torna mais resistente a danos cerebrais. Essas mesmas práticas também devem ser estimuladas nos indivíduos que já apresentam a doença, como forma de complementar o tratamento. Atividades […]

Converse com um dos nossos atendentes