O ômega 3 é um ácido graxo chamado de essencial, ou seja, precisa ser adquirido por meio da alimentação porque o organismo humano não é capaz de produzi-lo. Encontrado em boas quantidades em peixes marinhos de águas frias, como o salmão e a sardinha, ele é recomendado para as futuras mães durante a gravidez.
Ômega 3 diminui risco de doenças cardiovasculares na gravidez
“O ômega 3 tem propriedades anti-inflamatórias, antitrombóticas e antiarrítmicas e reduz os lipídios do sangue, tendo propriedades vasodilatadoras. Esses efeitos benéficos foram demonstrados na prevenção de doenças cardíacas, da hipertensão, do diabete tipo 2 e da artrite reumatoide, por exemplo”, afirma a ginecologista e obstetra Karla de Sousa Frota.
Por outro lado, a falta desse ácido graxo pode gerar problemas para a gestante, como o aumento do risco de depressão pós-parto. “Apesar de sabermos que a etiologia da depressão pós-parto é complexa, associada a fatores ambientais e genéticos, já há evidências que apontam para uma relação direta entre a baixa ingestão de ômega 3 e o risco de sofrer depressão pós-parto”, explica a médica.
Gestantes têm chance menor de parto prematuro por causa dos benefícios do DHA
No entanto, não é somente a gestante que se beneficia do ômega 3. A saúde do bebê também agradece. Durante a gravidez, o consumo do ácido graxo ajuda a formar o sistema nervoso central do feto e melhora sua visão e a coordenação motora, tudo isso por causa do DHA, ácido graxo pertencente à família do ômega 3. Além disso, ajuda a manter um crescimento adequado até a hora do nascimento e reduz as chances de parto prematuro.
Além dos peixes marinhos de águas frias, o ômega 3 também pode ser encontrado nas nozes, nas castanhas e no azeite, mesmo que em quantidades menores. Em muitos casos, é possível recorrer à suplementação, que pode entrar em cena para suprir ou complementar a ingestão do nutriente – a concentração de DHA deve ser levada em consideração.
Benefícios da amamentação:
A amamentação traz inúmeros benefícios para as crianças e para as mulheres e constitui a intervenção com o maior potencial de redução da mortalidade infantil.
Benefícios para a mãe:
– Menor sangramento pós-parto e consequente menor chance de desenvolver anemia;
– recuperação mais rápida do peso pré-gestacional;
– menor prevalência de câncer de mama.
Benefícios para o bebê:
– Crianças amamentadas ao peito apresentam menores índices de: mortalidade infantil, desnutrição, doença respiratória, diabetes, alergias em geral, obesidade e eíndrome de morte súbita infantil;
– crianças amamentadas no peito apresentam melhores índices de desenvolvimento neuromotor, cognitivo e social.
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