Uma das formas de tratamento para quem tem osteoartrite no joelho é a cirurgia de prótese (também chamada de artroplastia total), que consiste na substituição de superfícies articulares por implantes artificiais. Por mais que a doença promova o gradativo desgaste da cartilagem articular, nem sempre é necessário colocar uma prótese para tratar o problema.
Próteses devem ser utilizadas apenas quando realmente for necessário
De acordo com o ortopedista Túlio Cardoso, nem todos os pacientes necessitam da prótese, pois existem outras cirurgias que podem ser benéficas no tratamento da osteoartrite. “Não podemos esquecer do papel importante do tratamento conservador”. Para o médico, deve-se recorrer às próteses somente quando outros métodos já foram testados e continua havendo dor, limitação da função e deformidade articular.
Este pensamento é compartilhado pelo Dr. Gualter Azevedo, também ortopedista. “A artroplastia (prótese) é reservada aos casos graves. Quando já há uma osteoartrite avançada, com perda grave de cartilagem articular nos três compartimentos do joelho (são dois compartimentos entre a tíbia e o fêmur e um compartimento entre o fêmur e a patela), é que a prótese se torna importante”.
Pontos positivos das próteses de joelho
Contudo, ambos os especialistas destacam a importância da prótese em um quadro de osteoartrite. Segundo o Dr. Túlio, a prótese de joelho funciona como um grande auxílio, quando exigida. “Trata-se de um artefato que substitui a cartilagem comprometida, restaurando a função articular, corrigindo deformidades de eixo mecânico e anatômico e melhorando a dor”.
Apesar de ressaltar que a prótese não atinge o mesmo nível de um joelho normal, o Dr. Gualter também enaltece as vantagens do recurso. “Na osteoartrite tricompartimental (grave), a ausência de cartilagem e o atrito dos ossos gera muita dor e inflamação, limitando muito qualquer atividade. A prótese, apesar de não ser perfeita como um joelho natural, é muito mais funcional do que um joelho com osteoartrite grave, melhorando bastante a qualidade de vida dos pacientes”.
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