A osteoartrite é uma doença crônica que destrói a cartilagem articular e, consequentemente, provoca a degeneração das articulações, podendo afetar também toda a estrutura óssea ao seu redor. De acordo com o Ministério da Saúde, 15 milhões de brasileiros sofrem com o problema e, nas mulheres, acredita-se que a menopausa é um dos fatores de risco.
Queda de estrogênio na menopausa prejudica cartilagem articular
“As alterações hormonais provocadas pela menopausa podem favorecer ou acelerar a ocorrência de osteoartrite”, afirma o ortopedista e traumatologista Guilherme Falótico. Nesta fase da vida, as mulheres apresentam uma redução drástica na produção de estrogênio, um hormônio responsável, entre outras coisas, pela manutenção da cartilagem e dos ossos do corpo.
Associado a outros fatores, como obesidade, diabetes, hipotireoidismo e lesões articulares, a queda na quantidade de estrogênio favorece o desgaste da cartilagem e o desenvolvimento da osteoartrite. No caso das mulheres, a genética também é um importante fator de risco, devido às maiores chances de ter cartilagens pouco resistentes.
Controlar o peso ajuda a diminuir o risco de osteoartrite
Ao chegar a esta etapa da vida, as mulheres podem adotar alguns cuidados para impedir o surgimento da doença, especialmente as que apresentam fatores de risco. “A alimentação saudável, o controle do peso corporal e, quando indicado, o uso de medicações condroprotetoras podem auxiliar na redução da progressão da osteoartrite“, afirma Falótico.
A prática de atividades físicas leves e moderadas, de forma regular e com acompanhamento profissional, também pode ajudar a prevenir ou a retardar o aparecimento da doença. Os exercícios mais recomendados por especialistas são aqueles que trabalham a musculatura. Ao fortalecer os músculos, a prática protege os ossos de impactos e traumas capazes de acelerar a degeneração da cartilagem e das articulações.
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