A síndrome coronariana aguda é um conjunto de sinais e sintomas que se relacionam com a obstrução das artérias coronárias, aquelas que irrigam o coração com o fluxo sanguíneo. Quando a obstrução de fato acontece, surge o risco de ocorrer o infarto agudo do miocárdio, mais conhecido como ataque cardíaco.
De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. No Brasil, dados do governo mostram que 300 mil pessoas sofrem infartos por ano, com 30% dos casos sendo fatais.
Síndrome coronariana aguda: causas e sintomas
“A principal causa consiste na inflamação endotelial e o desenvolvimento de placas de gordura que podem se romper e formar trombos no interior das artérias coronarianas, levando à obstrução aguda da circulação e diminuição da oferta de oxigênio ao nobre músculo cardíaco (miocárdio)”, explica o cardiologista Gabriel Dotta. “Este pode ter, assim, sua função prejudicada, contraindo menos ou até mesmo parando de contrair (parada cardíaca)”.
O sintoma mais representativo da síndrome coronariana aguda é a dor ou desconforto no peito (aperto), que pode irradiar-se para os braços, mandíbula e abdome. Alguns pacientes, especialmente diabéticos e idosos, podem não sentir dor, apenas náuseas, palidez e suor frio. “Qualquer desconforto abaixo do queixo e acima do umbigo pode ser infarto, principalmente em indivíduos exposto aos fatores de risco mencionados. Por isso a avaliação médica é importante”, completa Dotta.
Tratando a síndrome coronariana aguda
Como a síndrome coronariana aguda é uma emergência médica, seu tratamento deve ser ágil. A terapia inicial consiste em cuidados médicos intensivos, monitorização contínua, aumento da oferta de oxigênio, analgésicos potentes, drogas que impedem a agregação de plaquetas, dificultam a formação de trombos (anticoagulantes), diminuem os níveis de colesterol e estabilizam as placas de gordura do interior dos vasos sanguíneos (estatinas).
“Além disso, é fundamental restaurar o fluxo sanguíneo coronariano por meio de cateterismo cardíaco de urgência com implante de stent (angioplastia). Em situações em que não há disponibilidade ou que o tempo de transferência ultrapassa 90 minutos, deve-se lançar mão de medicamentos que dissolvem coágulos formados (trombolíticos)”, conclui o cardiologista.
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Fonte do Ministério da Saúde: http://www.brasil.gov.br/noticias/saude/2017/09/doencas-cardiovasculares-sao-principal-causa-de-morte-no-mundo