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Dr. Gabriel Dotta

Cardiologia

Biografia

Dr. Gabriel Dotta é mestre em Cardiologia, certificado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e titulado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e Associação Médica Brasileira (AMB). Formou-se médico pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) em 2011 e completou residências médicas em Medicina Interna, no Hospital Governador Celso Ramos, em 2015, e Cardiologia, na Unifesp, em 2017, onde também se especializou em Cardiologia Maternal (Cardiopatia e Gravidez), em 2018. Especialista em Ecocardiografia pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (InCor – HCFMUSP). Possui experiência geral em atendimento de consultório, emergência e unidade de terapia intensiva. Faz parte do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital do Coração, Hospital e Maternidade ProMatre Paulista. Atua como cardiologista geral e também como professor convidado da Unifesp e no Centro de Simulação Realística do Hospital Albert Einstein.

Artigos

O que é uma inflamação? Como esse processo acontece no organismo?

A inflamação é uma reação normal do sistema imunológico a uma agressão no organismo que deve ser neutralizada ou eliminada. Pode ser gerada por infecções de bactérias, vírus e outros parasitas, além de outros fatores como calor, traumas físicos e exposição à radiação e a produtos químicos irritativos. “Trata-se de um processo caracterizado pela ativação de células de defesa (leucócitos), que saem do interior dos vasos sanguíneos juntamente com um líquido (plasma sanguíneo) para iniciar o processo de reparação de células e tecidos”, explica o clínico geral e cardiologista Gabriel Dotta. Ação do organismo no combate à inflamação e tipos do problema Neste contexto, é importante também a produção de substâncias que aumentam a permeabilidade dos vasos sanguíneos nos locais de inflamação. A partir disso inicia-se um processo químico chamado quimiotaxia, no qual as células do sangue são atraídas para a região da lesão para combater os agentes causadores da inflamação, buscando controlar também possíveis sangramentos.     Segundo o médico, a inflamação pode ser aguda ou crônica. Os mecanismos de ambas são muito semelhantes e a principal diferença está no tempo de exposição e na intensidade dos sintomas sentidos. A aguda tem rápida duração, de alguns minutos a poucas semanas, enquanto a crônica persiste por meses e, geralmente, está ligada ao surgimento de doenças crônicas. Principais sinais de inflamação O processo inflamatório leva o organismo a produzir cinco sinais clássicos: calor, rubor (vermelhidão), tumor (inchaço, edema), dor e perda da função. Calor e rubor são causados pela dilatação dos vasos e o aumento de fluxo sanguíneo local leva à coloração avermelhada. Já o inchaço surge pela liberação e acúmulo de líquidos. “A dor é o sintoma que mais leva os pacientes a buscar atendimento médico. Ela aparece quando o edema se intensifica pela liberação de substâncias inflamatórias nos tecidos ou há alguma compressão nervosa. Caso o organismo não consiga terminar com o agente agressor, a inflamação pode se tornar descontrolada causando perda de função ou disfunção orgânica”, explica Dotta. Garganta inflamada pode causar manchas brancas Há ainda outros sinais e sintomas relacionados às inflamações que se desenvolvem em outros locais do corpo. Quando há inflamação na garganta, as glândulas podem ficar inchadas e podem surgir manchas brancas. Esses casos podem ser causados por infecções nas amígdalas e na orofaringe e podem provocar dificuldade para comer e falar.  Casos de inflamação do ouvido também são bastante comuns e podem vir acompanhados de dores fortes, febre, falta de apetite e diminuição da audição, segundo a Secretaria da Saúde do Governo do Estado de São Paulo. Como o tratamento da inflamação é feito O tratamento varia de acordo com a causa da inflamação, então, antes de tomar algum medicamento, é importante procurar um médico, que pode diagnosticar com precisão a causa. “Existem várias medicações com ação anti-inflamatória, e cada uma tem sua indicação e sua contraindicação. Hoje, temos anti-inflamatórios não-esteroides (AINEs) e anti-inflamatórios hormonais (corticóides). Por isso é importante a avaliação médica especializada”, conclui Dotta. Foto: Shutterstock

O que é a síndrome coronariana aguda?

A síndrome coronariana aguda é um conjunto de sinais e sintomas que se relacionam com a obstrução das artérias coronárias, aquelas que irrigam o coração com o fluxo sanguíneo. Quando a obstrução de fato acontece, surge o risco de ocorrer o infarto agudo do miocárdio, mais conhecido como ataque cardíaco.  De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. No Brasil, dados do governo mostram que 300 mil pessoas sofrem infartos por ano, com 30% dos casos sendo fatais. Síndrome coronariana aguda: causas e sintomas “A principal causa consiste na inflamação endotelial e o desenvolvimento de placas de gordura que podem se romper e formar trombos no interior das artérias coronarianas, levando à obstrução aguda da circulação e diminuição da oferta de oxigênio ao nobre músculo cardíaco (miocárdio)”, explica o cardiologista Gabriel Dotta. “Este pode ter, assim, sua função prejudicada, contraindo menos ou até mesmo parando de contrair (parada cardíaca)”. O sintoma mais representativo da síndrome coronariana aguda é a dor ou desconforto no peito (aperto), que pode irradiar-se para os braços, mandíbula e abdome. Alguns pacientes, especialmente diabéticos e idosos, podem não sentir dor, apenas náuseas, palidez e suor frio. “Qualquer desconforto abaixo do queixo e acima do umbigo pode ser infarto, principalmente em indivíduos exposto aos fatores de risco mencionados. Por isso a avaliação médica é importante”, completa Dotta. Tratando a síndrome coronariana aguda Como a síndrome coronariana aguda é uma emergência médica, seu tratamento deve ser ágil. A terapia inicial consiste em cuidados médicos intensivos, monitorização contínua, aumento da oferta de oxigênio, analgésicos potentes, drogas que impedem a agregação de plaquetas, dificultam a formação de trombos (anticoagulantes), diminuem os níveis de colesterol e estabilizam as placas de gordura do interior dos vasos sanguíneos (estatinas). “Além disso, é fundamental restaurar o fluxo sanguíneo coronariano por meio de cateterismo cardíaco de urgência com implante de stent (angioplastia). Em situações em que não há disponibilidade ou que o tempo de transferência ultrapassa 90 minutos, deve-se lançar mão de medicamentos que dissolvem coágulos formados (trombolíticos)”, conclui o cardiologista. Foto: Shutterstock Fonte do Ministério da Saúde:  http://www.brasil.gov.br/noticias/saude/2017/09/doencas-cardiovasculares-sao-principal-causa-de-morte-no-mundo

Como funcionam os medicamentos anti-inflamatórios?

Os anti-inflamatórios não-esteróides, abreviados como AINEs, são medicamentos capazes de controlar não apenas uma inflamação, mas também a febre e a dor, que normalmente acompanham um quadro inflamatório. Por isso se diz que os três efeitos básicos dos AINEs são antipirético, analgésico e antiinflamatório. Ação dos anti-inflamatórios no organismo Os anti-inflamatórios agem no organismo inibindo a ação de uma enzima chamada ciclooxigenase (COX), a qual permite o aumento da produção de uma substância chamada prostaglandina, responsável pelo surgimento do quadro inflamatório. Portanto, o combate à COX diminui a produção da prostaglandina e, consequentemente, combate a inflamação, dor e febre.    “Os anti-inflamatórios atuam em diferentes graus, inibindo a enzima ciclooxigenase (COX), prejudicando a transformação de ácido araquidônico em prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxanos”, explica o clínico geral Gabriel Dotta. Ele comenta também que substâncias anti-inflamatórias (antioxidantes) estão presentes em alimentos e ajudam a prevenir o aparecimento de uma série de doenças. Riscos do uso indiscriminado dos anti-inflamatórios Apesar dos AINEs serem remédios considerados seguros quando administrados com indicação médica, eles são também muito consumidos pelos pacientes sem essa prescrição de especialista, o que pode trazer riscos. Os anti-inflamatórios provocam efeitos colaterais sérios se seu uso for indiscriminado, especialmente no longo prazo.    “Podem afetar o coração, os rins e o trato gastrointestinal quando utilizados com abuso, tanto na dose quanto na duração. Os principais efeitos são infarto agudo do miocárdio, úlcera péptica, insuficiência renal e hipertensão arterial. O médico sempre deve prescrever e escolher o melhor anti-inflamatório para cada caso e cada paciente”, completa o médico. Foto: Shutterstock

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