Quem convive com transtornos mentais precisa de tratamento que, normalmente, envolve psicoterapia e uso de medicamentos específicos, o que implica em paciência, dedicação e gastos. Quando uma criança sofre com problemas do tipo, é uma dura tarefa para os responsáveis, que precisam dar todo todo o suporte necessário para que os pequenos consigam estabelecer uma boa qualidade de vida.
Riscos da depressão em crianças
Este é o caso de Maria Helena T. V., de 48 anos, e seu filho Vítor, de 14, que moram em Barra Mansa, RJ. O garoto trata um quadro depressivo há cerca de 4 anos. “Meu filho teve um desenvolvimento muito bom, como qualquer criança que tem carinho, amor e cuidado. Sempre foi ativo e nunca apresentou dificuldades, até chegar à pré-adolescência. Nesta fase os conflitos internos começaram e foi necessária uma ajuda, primeiro de uma psicóloga, e posteriormente de uma psiquiatra”, conta Maria Helena.
A mãe explica que Vítor estava muito ansioso, com dificuldade de se concentrar nas aulas, com a auto-estima muito baixa, tendo chegado a se cortar superficialmente nos braços, com arranhões e escoriações. A doença impedia que ele realizasse as tarefas do dia a dia, como assistir às aulas, e atrapalhava também o seu entrosamento com as pessoas.
Sucesso no tratamento depende também do apoio de um bom profissional
O tratamento de Vítor começou com a mesma medicação que ele toma até hoje, mas em uma dose mais baixa. O aumento ocorreu gradativamente. “Este é o primeiro tratamento ao qual ele está sendo submetido e o resultado está sendo ótimo. As sessões de psicoterapia e o auxílio da médica psiquiatra fizeram com que hoje o Vítor seja um adolescente muito tranquilo, sem mutilações e com melhora no comportamento de maneira geral”, afirma.
Maria Helena conta que foi paciente da psiquiatra de seu filho por alguns anos anteriormente e que isso influenciou em sua escolha. “Como ela já conhecia toda a família, achei que seria a melhor pessoa para tratar também o Vítor, já que comigo os resultados foram excelentes. Desde o início ela nos explicou tudo sobre o medicamento e o tratamento, temos plena confiança nela”.
Importância de uma família presente para o paciente com depressão
As recomendações dos especialistas reverberam com o exemplo de Maria Helena, visto que eles ressaltam a importância da família ser sempre presente e perceber possíveis alterações nas atitudes de seus filhos. “É preciso que os pais e familiares estejam bem atentos às mudanças repentinas de comportamentos, tais como tristeza, choro constante sem motivo, falta de interesse em brincar ou ir à escola, dificuldade para dormir, entre outros”, aconselha a psicóloga Cynthia Schincáglia.
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