A asma é um dos problemas respiratórios mais comuns e atinge cerca de 10 milhões de brasileiros, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Trata-se de uma doença crônica que provoca crises com tosse, falta de ar, chiado no peito e cansaço. Iara R., de 61 anos, mora no interior do Rio Grande do Sul e convive com a asma desde pequena.
Asma inflama os brônquios e dificulta a respiração
“Quando era menor, a gente fazia simpatia para diminuir os sintomas. Tinha muita tosse e meu peito enchia, mas as crises não eram muito fortes”, afirma a dona de casa. A gaúcha se incomodava com o forte cansaço, falta de ar e com a tosse, que atrapalhavam as caminhadas de que tanto gostava. A doença afeta os brônquios, estruturas responsáveis por impedir que substâncias estranhas e microorganismos cheguem aos pulmões.
Nos asmáticos, porém, os brônquios são muito mais ativos e podem se fechar diante de qualquer estímulo, um processo conhecido como broncoespasmo, que provoca a característica falta de ar. Como os sintomas de asma podem ser desencadeados por poeira, ácaros, mofo, pelos de animais e até poluição, manter a casa limpa ajuda a impedir as crises.
Histórico familiar de asma é um dos fatores de risco
A dona de casa não é a única em sua família a conviver com o problema. Seu pai e seu filho também têm asma e a hereditariedade é um dos fatores envolvidos no surgimento da doença. “A asma é uma doença multifatorial e seu aparecimento depende de uma complexa interação entre exposições ambientais, agentes infecciosos e genética”, afirma a pneumologista Luiza Helena Degani Costa.
Há cerca de um ano, a gaúcha quase não tem mais crises, graças ao tratamento que está realizando. A experiência, segundo Iara, tem sido positiva, já que parou de tossir com frequência e não sente mais falta de ar. Hoje, ela pode participar das pescarias e pode se divertir em brincadeiras com a neta. Suas maiores preocupações agora são “curtir a vida e descansar um pouco”.
Foto: Shutterstock