A asma é uma das doenças pulmonares mais comuns, atingindo cerca de 10% da população brasileira. Ela causa a inflamação dos tubos que levam ar para os pulmões, chamados de brônquios, e é originada por inúmeros fatores, como exposição a mofo, ácaros, fungos, poeira, pelos, fumaça de cigarro, mas também a medicamentos e a baixas temperaturas.
Entendendo uma crise asmática
As crises asmáticas são desencadeadas pelo contato com agentes que irritam e provocam a inflamação dos brônquios. “O fluxo de ar se reduz nas vias aéreas devido ao inchaço na mucosa, à produção de muco e ao espasmo da musculatura que envolve os brônquios.”, explica o pneumologista Ciro Kirchenchtejn. Assim, os pulmões deixam de receber oxigênio, fundamental para o funcionamento do restante do corpo.
As crises de asma podem ocorrer em diversos níveis. Boa parte delas é leve e demora alguns dias para progredir e se tornar grave. Nestes casos, cansaço, dor no peito, tosse ao rir e temperatura corporal acima de 37 graus são alguns dos sintomas que requerem atenção. Em casos mais graves, é preciso procurar ajuda médica imediatamente. Os sintomas são: dificuldade em respirar, pele com coloração roxa ou azulada, cansaço extremo e confusão mental.
Vivendo bem com asma
Apesar de não ter cura, a doença deve ser tratada e controlada. “A espirometria, ou prova de função pulmonar, pode detectar a dificuldade no fluxo de ar nos pulmões, auxiliar no diagnóstico e mensurar sua gravidade”, afirma o pneumologista. Ele ainda diz que a asma pode estar num nível preocupante se o paciente apresentar os sintomas por três vezes na semana e ter necessidade de utilizar medicação broncodilatadora.
Existem ainda cuidados básicos que pessoas com asma devem seguir, como alerta Kirchenchtejn: “Os asmáticos devem procurar viver em ambientes com pouco pó e mofo, serem vacinados para gripe, nunca fumar e evitar o tabagismo passivo.”