Pouco antes de um indivíduo ter um AVC (Acidente Vascular Cerebral), alguns sintomas se fazem presentes, indicando a iminência desse episódio. Contudo, há um indício importante para o AVC que costuma surgir bem antes, ainda que silenciosamente: é o quadro de hipertensão, que frequentemente está associado ao derrame.
“O principal fator de risco para o AVC é a hipertensão arterial. Quando esta é devidamente controlada, reduz-se significativamente as taxas de incidência de um derrame”, afirma a cardiologista Bruna Cristina Baptistini. O controle da hipertensão arterial para, consequentemente, evitar o AVC, se baseia em mudanças no estilo de vida, com a adoção de hábitos mais saudáveis. O uso de medicamento específico para o problema também é fundamental para o controle da doença, que é crônica.
Sintomas que sinalizam para a ocorrência de um AVC
Os sintomas que indicam a ocorrência de um AVC aparecem subitamente e podem incluir: fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo; confusão, alteração da fala ou da compreensão; alteração na visão; alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar; e dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.
De acordo com a especialista, o cérebro é, em geral, o órgão que mais precocemente e mais intensamente sofre as conseqüências da hipertensão arterial sistêmica. O comprometimento é precoce e progressivo “Quanto maior o tempo de exposição à hipertensão, maior o risco. Também quanto maiores os índices da pressão arterial, igualmente maiores serão as complicações”, explica Bruna.
Medidas para diminuir os riscos de AVC
As mudanças de estilo de vida recomendadas para controlar a hipertensão e diminuir os riscos de AVC são: alimentação saudável (cortando, principalmente, o sal); prática de atividade física regular, capaz de beneficiar a circulação e evitar a obesidade; além de cortar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool. “A prevenção do AVC consiste em controlar os fatores de risco modificáveis, o que inclui, além da hipertensão, fibrilação atrial, diabetes mellitus, dislipidemia, obesidade e o tabagismo”, completa a cardiologista.
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