A calvície é uma condição que atinge o couro cabeludo e se caracteriza pela queda de cabelo excessiva e pode ter particularidades específicas de acordo com o sexo, por exemplo. Para entender melhor as diferenças entre a calvície masculina e a queda capilar feminina, a dermatologista Elisabete Rocha conversou com a equipe do Cuidados Pela Vida e esclareceu cada um desses problemas. Confira mais detalhes!
Alopecia androgenética é mais comum em homens
“As causas da calvície ainda não estão totalmente esclarecidas, porém sabemos que há uma forte influência genética”, explica Dra. Elisabete, referindo-se ao principal tipo de calvície, a alopecia androgenética. “O que a diferencia clinicamente de outras formas de alopecia é que, além da queda de cabelo, há também um processo chamado ‘miniaturização’ dos fios, ou seja, eles se tornam mais finos, curtos e delicados, levando a uma diminuição do volume dos cabelos”, destaca a médica.
A dermatologista também explica que a calvície é mais comum no sexo masculino. “A alopecia androgenética atinge muito mais os homens que as mulheres. As alterações começam já na adolescência, tornando-se aparentes entre 40 e 50 anos”, enfatiza a médica. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), cerca de 80% dos homens com mais de 80 anos sofrem com a calvície. Neles, a perda de cabelo se concentra no topo do couro cabeludo, enquanto a queda capilar feminina pode ser mais dispersa e, geralmente, é menos intensa.
Remédio para queda de cabelo é opção para ambos os sexos
O tratamento para queda de cabelo é bem amplo e diverso, tanto para mulheres quanto para homens. Porém, há algumas particularidades, como lembra Dra. Elisabete: “Os tratamentos mais indicados nos homens são os medicamentos orais (bloqueadores hormonais) e as medicações tópicas que atuam como estimulantes de crescimento”.
Quando o caso é alopecia androgenética feminina, a SBD indica que o ideal é o uso de tratamentos tópicos. Mas, há outros métodos eficazes. Segundo Dra. Elizabeth, além dos bloqueadores hormonais utilizados nos homens, existe também a possibilidade de utilizar anticoncepcionais, assim como os estimulantes tópicos de crescimento.
“Procedimentos como microagulhamento podem ajudar e transplante de cabelos também pode ser uma opção. A alopecia androgenética pode ser muito bem controlada e o paciente voltar a ter volume nos cabelos, desde que procure o seu médico dermatologista o quanto antes”, finaliza a especialista.
Vale lembrar, no entanto, que a calvície é apenas um dos motivos que levam à queda de cabelo excessiva. Por isso, é fundamental procurar um médico para receber um diagnóstico preciso e iniciar o tratamento adequado.
Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD): https://www.sbd.org.br/dermatologia/cabelo/cuidados/queda-de-cabelos/