O quadro de alopecia androgenética, chamado popularmente de calvície, tem a predisposição hereditária como causa para o seu desenvolvimento e, apesar de ser mais falado nos homens, também pode afetar as mulheres. Os sinais ficam mais perceptíveis a partir dos 40 ou 50 anos, mas, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a calvície começa a se desenvolver na adolescência, quando o cabelo vai afinando a cada ciclo de crescimento.
Entradas podem aparecer durante a adolescência
“O primeiro sinal da calvície pode surgir na adolescência. O problema, normalmente, inicia-se com a rarefação difusa dos cabelos nas mulheres, enquanto nos homens, aparecem as famosas ‘entradas’ na região frontal e/ou no topo da cabeça”, afirma o dermatologista Bruno Vargas. As laterais e a parte próxima ao pescoço não costumam sofrer com a calvície.
De acordo com o profissional, apesar de o histórico familiar ser um fator preponderante para um quadro de calvície na adolescência, é preciso destacar uma série de outros fatores. Alterações hormonais, má alimentação e estresse, por exemplo, são questões que podem provocar o problema nesta fase da vida e devem ser analisados por um especialista.
Existe tratamento para a calvície?
Para frear a calvície, existem algumas medidas que podem ser adotadas com a ajuda e o acompanhamento regular de um dermatologista, que deverá se basear em cada caso especificamente. “Existem exames precisos de tricoscopia, a dermatoscopia digital, por exemplo, que avaliam a saúde do couro cabeludo, bem como dos fios e auxiliam no diagnóstico do tipo de queda”, afirma o especialista.
O paciente pode recorrer a medicações tópicas e orais que desaceleram o processo de queda e estimulam o crescimento de novos fios. “A infusão de medicamentos no couro cabeludo e o uso de tecnologias a laser são armas que podem ajudar no controle do quadro. De toda forma, manter um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada, atividade física, sem excesso de álcool e fumo, é essencial para a saúde capilar”, complementa Dr. Bruno.
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Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD): http://www.sbd.org.br/dermatologia/cabelo/doencas-e-problemas/alopecia-androgenetica/25/