O transtorno bipolar é uma doença mental que consiste na alternância de humor em um indivíduo, passando de uma situação extrema de felicidade (mania) para uma extrema de tristeza (depressão) de uma hora para outra e sem uma causa específica. Apesar da maioria dos diagnósticos estar relacionada a adultos, também é possível que o problema seja desenvolvido em crianças.
Transtorno bipolar em crianças pode trazer sérios riscos
Nesses casos em que o transtorno aparece no estágio inicial da vida, a preocupação acaba sendo maior, pois como a mente dos pequenos ainda está se moldando, tende a apresentar uma maior vulnerabilidade para o desencadeamento de doenças do gênero. Projetando o futuro dessas crianças, isso pode representar danos catastróficos.
“Considerando o neurodesenvolvimento, o transtorno bipolar na infância, quando não tratado, pode sim ter consequências muito negativas, como o aumento do risco de suicídio, psicose, uso de drogas, assim como prejuízos sociais e acadêmicos”, avalia a psiquiatra Érika Mendonça. Por isso mesmo é muito importante que os pais estejam atentos aos sintomas para iniciar o tratamento o quanto antes.
Associação de fatores genéticos e ambientais desenvolvem os transtornos mentais
De acordo com a médica, não se pode afirmar que fatores externos como pressão social, dos pais, colegas e professores, contribuem diretamente para causar o transtorno bipolar. “Os estressores ambientais aumentam a chance de desenvolvimento de transtornos mentais, mas devem ser avaliados caso a caso.”
“As causas do desenvolvimento de um transtorno mental são multifatoriais, isto é, uma interação entre gene e ambiente”, explica Érika. Ela destaca a relevância da parte genética neste quadro em termos de influência, visto que as crianças com familiares de primeiro grau portadores de transtorno bipolar têm risco aumentado para o desenvolvimento do problema.
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