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De que forma o tabagismo contribui para o desenvolvimento da DPOC?

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19 de outubro de 2023

O cigarro é apontado como o principal fator para a ocorrência da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), pois sua fumaça provoca a obstrução da passagem do ar pelos pulmões. Sendo assim, parar de fumar é considerado crucial tanto para a prevenção quanto para o tratamento do quadro.

Cigarro e demais fatores de risco da DPOC

“O cigarro leva a uma inflamação crônica dos brônquios (bronquite crônica) e uma destruição dos alvéolos – que são as células que formam os pulmões – originando o enfisema pulmonar”, informa o pneumologista Mauro Gomes. Vale destacar que a doença se instala depois que há um caso persistente de bronquite ou enfisema pulmonar.

Além do cigarro, a exposição a fumaças, poluição e queima da lenha (fogão à lenha e lareiras) pode também levar à doença. Os sintomas mais marcantes da DPOC são falta de ar, fadiga, tosse, pigarro na garganta e catarro em excesso. Estes serão fundamentais no diagnóstico, o qual deve ser realizado o quanto antes para que se possa iniciar logo o tratamento, aumentando, assim, as chances de recuperação.

Tratamento da DPOC

A DPOC não tem cura, mas seus sintomas têm tratamento. O primeiro e principal passo é parar de fumar. Hábitos saudáveis de vida, como alimentação balanceada e prática regular de atividades físicas ajudam a controlar os sintomas. Os medicamentos, no entanto, são os protagonistas no tratamento, atuando também no alívio dos sintomas e na estabilização do quadro como um todo

“Os principais medicamentos são os chamados broncodilatadores, que aumentam o diâmetro dos brônquios e facilitam a passagem do ar. Isso alivia a sensação de falta de ar e melhora a capacidade de realizar as atividades diárias. Pacientes em fases mais avançadas podem precisar do uso contínuo de oxigênio para repor os baixos níveis no sangue”, completa Gomes. O uso de corticoides por via inalatória também é uma parte importante do tratamento e contribui para a redução da inflamação nos brônquios, mantendo os sintomas sob controle e reduzindo a quantidade e intensidade de crises.

Foto: Shutterstock

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