A formação dos coágulos sanguíneos é o método utilizado pelo corpo para estancar sangramentos. São resultado da junção de células e proteínas sanguíneas que se dirigem à parede dos vasos sanguíneos para interromper a perda de sangue. Em boa parte dos casos, os coágulos são benéficos, mas em outros, podem causar consequências negativas, como quando interrompem completamente a circulação sanguínea.
De olho nas complicações
Uma das complicações é a trombose venosa profunda, também chamada de flebite. Trata-se de um coágulo formado em uma veia profunda localizada, geralmente, nas pernas. “A trombose profunda gera dor, vermelhidão e inchaço. Quando localizada nos pulmões, leva à embolia pulmonar, com surgimento de falta de ar e dor no peito”, explica a cardiologista Bruna Baptistini. O problema requer tratamento imediato porque pode ser fatal.
As consequências não param por aí. Caso o coágulo seja formado num vaso sanguíneo do cérebro, é possível que ocorra um acidente vascular cerebral, o AVC. Além disso, o bloqueio do fluxo de sangue pode impedir a chegada de oxigênio ao coração e a outras partes do corpo, impedindo o funcionamento dos órgãos e das células.
O tratamento é feito com medicações
O tratamento consiste na prevenção de novos trombos nas artérias e nas veias e de sua eventual transformação em êmbolos que possam interromper a circulação sanguínea. “Nesses casos usamos medicamentos chamados anticoagulantes. De forma geral, a anticoagulação é um procedimento seguro, quando feito adequadamente. A dose ideal para que o processo seja eficaz e seguro deve ser individualizada”, afirma Bruna.
De acordo com a médica, o diagnóstico precoce não é comum: “Na maioria das vezes, o distúrbio só é diagnosticado após o aparecimento de complicações.” No entanto, existem exames rotineiros, chamados de tempo de sangramento e de coagulação, que são capazes de avaliar o se o sistema está funcionando corretamente.
