O câncer de testículo pode parecer pouco conhecido, mas sua conscientização é de vital importância para aumentar as chances de cura de quem está vivendo com a doença e não sabe. Afinal, o tumor no testículo é responsável por aproximadamente 5% de todos os casos de câncer em homens, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Para ajudar a população brasileira a compreender o que é o câncer de testículo, seus perigos e ajudar os homens a notar os sinais da doença e, assim, procurar atendimento médico, foi criado o Abril Lilás, mês dedicado à conscientização sobre a doença. Contribuindo para essa campanha tão importante, convidamos o urologista Conrado Alvarenga para falar sobre o diagnóstico e o tratamento do câncer de testículo. Confira!
Sintomas de câncer de testículo: como detectar?
O câncer de testículo, segundo o INCA, é considerado um tipo raro de câncer, mas preocupa por afetar homens mais jovens, geralmente, entre 15 e 50 anos. Por isso, ficar atento aos primeiros sinais é muito importante. Alguns são de fácil percepção, como um nódulo duro e indolor no testículo. Diminuição ou aumento do escroto, além de dor no baixo-ventre, hipersensibilidade na região dos mamilos e até mesmo presença de sangue na urina também podem ser sintomas de câncer no testículo.
Tudo isso deve ser investigado e confirmado no por um urologista. O diagnóstico pode ser fechado de formas amplas, como exames clínicos feitos pelo especialista, exames laboratoriais e radiológicos. Até mesmo o rastreamento a partir de exames constantes de quem já possui histórico familiar da doença podem ser formas de detectar a doença.
Tratamento do câncer de testículo: resultados costumam ser positivos
O urologista explica que, de forma geral, as medidas prescritas pelos médicos são simples. “Quase sempre, o tratamento é a remoção completa daquele testículo, técnica conhecida como orquiectomia. As chances de cura e sucesso são superiores a 90% em 5 anos”, explica Dr. Conrado. Se o outro testículo estiver saudável, a função sexual não é comprometida. Casos mais graves, no entanto, precisam de medidas mais complexas, como radioterapia e quimioterapia.
Como o câncer de testículo tem evolução rápida, é importante que o homem faça o autoexame e veja se tem algo de errado com seus testículos. “Apalpe seus testículos no banho e torne isso parte da sua rotina”, recomenda o médico. Essa detecção precoce melhora e muito as chances do diagnóstico certeiro. “A detecção inicial leva a taxas de cura elevadas. Quando descobrimos em estágios mais avançados ou com metástases, as chances de cura caem”, explica o urologista.
Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA): https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-testiculo