A endometriose é uma doença caracterizada pelo crescimento inadequado de tecido endometrial (que reveste a parte interna do útero) fora da cavidade uterina. Ela pode se apresentar por meio de diversos sintomas ou até mesmo ser assintomática. Por isso, é fundamental que a mulher esteja em dia com sua avaliação médica e exames ginecológicos de rotina.
Diagnóstico e principais sintomas da endometriose
“Os exames mais utilizados para o diagnóstico da endometriose são a ultrassonografia pélvica transvaginal, dosagem de marcadores, ressonância magnética, colonoscopia e cistoscopia. Outra opção é a laparoscopia, uma cirurgia que permite o diagnóstico, a definição de estágio e o tratamento inicial da doença”, informa o ginecologista Márcio Sakita.
Dentre os sintomas da endometriose, o médico destaca os seguintes: cólicas menstruais intensas; dor durante as relações sexuais; dor difusa ou crônica na região pélvica; fadiga crônica e exaustão; sangramento menstrual intenso ou irregular; alterações intestinais ou urinárias durante a menstruação; e dificuldade para engravidar ou até mesmo infertilidade.
Tratamento da endometriose pode ser feito com medicamentos ou cirurgia
Como a doença costuma ter evolução progressiva, a mulher deverá procurar o tratamento o mais breve possível. São dois os tipos de tratamento: o que utiliza medicamentos e a cirurgia. Ambos podem ser utilizados de forma integrada. “Cada um deles tem sua indicação e riscos. O ginecologista deve recomendar a melhor opção baseado na idade da paciente, nos sintomas, na gravidade da doença, no desejo reprodutivo, na presença de comorbidades associadas e, se for o caso, na contraindicação para o tratamento”.
Entre os medicamentos, a especialista cita os anti-inflamatórios não hormonais e analgésicos associados a hormônios, que estão disponíveis na forma de contraceptivos ou comprimidos de medicação via oral, anel vaginal, adesivos, injetáveis, implantes subcutâneos ou DIU (dispositivo intrauterino). Já em relação à cirurgia, ela destaca a videolaparoscopia, que é a mais utilizada. O procedimento possibilita a retirada de implantes de endometriose, cistos, nódulos e aderências, dentre outras coisas.
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