Cerca de 20% da população brasileira tem o que os médicos chamam de síndrome das unhas frágeis, uma condição que deixa a unha fraca, mole e até quebradiça. O problema costuma ser apenas estético, mas existem casos em que há dor e incômodo. Professores de natação formam um dos grupos que mais sofrem com a síndrome, já que o contato repetitivo com a água e com umidade é uma de suas principais causas.
Excesso de umidade pode fragilizar as unhas de professores de natação
“A flexibilidade e a dureza das unhas são determinadas pelo grau de hidratação da placa ungueal”, afirma a dermatologista Bruna Fanton Gallo. Isso significa que, em exagero, a hidratação torna as unhas mais suscetíveis ao desenvolvimento da síndrome das unhas frágeis. Por outro lado, a falta de hidratação também pode prejudicá-las.
Portanto, profissionais que atuam em ambientes úmidos ou com água, como professores de natação e hidroginástica, além de atletas de esportes aquáticos, como polo aquático e nado sincronizado, devem ficar atentos ao problema e criar o hábito de se cuidar diariamente. A regra também vale para quem atua na área da limpeza e que acaba entrando em contato com produtos químicos frequentemente.
Veja como se proteger da síndrome das unhas frágeis
Entre as medidas indicadas pela especialista para a prevenção da síndrome das unhas frágeis estão “proteger as unhas com uso de luvas ou produtos oclusivos, como as bases esmalte e óleos que evitam a perda de água pela placa ungueal”. Outras formas de se prevenir das unhas fracas são mantê-las sempre curtas, evitar roê-las e evitar outros tipos de traumas.
No caso dos trabalhadores que já desenvolveram a síndrome, a médica acredita que o afastamento das atividades profissionais não é necessário. Adotar as medidas de proteção já costuma ser suficiente na maior parte dos quadros. Ainda assim, Bruna defende que cada paciente seja avaliado individualmente por um especialista.
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