O transtorno afetivo bipolar consiste na alternância de dois estados contrastantes, que são a mania (euforia) e a depressão. Ainda que a depressão possa anteceder ou suceder uma fase eufórica, uma manifestação maníaca pode ser o bastante para que um psiquiatra faça o diagnóstico do transtorno.
Como definir o diagnóstico do transtorno afetivo bipolar
“O diagnóstico de transtorno afetivo bipolar é feito através da história clínica do paciente e do exame psíquico, que é a avaliação pelo médico dos sinais e sintomas observados no paciente. Para que uma pessoa tenha o diagnóstico de transtorno bipolar, é necessário que o paciente apresente pelo menos um episódio de mania (euforia)”, informa a psiquiatra Erika Mendonça.
Segundo a especialista, este episódio pode ser antecedido ou seguido por um episódio depressivo, mas isso não é necessário para o diagnóstico. Ou, seja, as características de euforia são o grande diferencial para definir o diagnóstico do transtorno bipolar, até porque se fosse observado apenas sinais de depressão, o diagnóstico apontaria para este outro transtorno mental.
Riscos caso o diagnóstico do transtorno bipolar seja feito de forma errada
Caso o diagnóstico seja feito incorretamente, corre-se o risco de investir em um tratamento equivocado, o que não seria eficiente para melhorar a qualidade de vida do paciente. Por isso, é fundamental buscar um médico competente que avalie os sinais com cautela e, assim, estabeleça o diagnóstico e o tratamento adequados às necessidades do paciente.
“Se o diagnóstico for feito incorretamente, pode-se retardar a melhora do paciente ou, em alguns casos, até piorar seu quadro. Isso pode acontecer, por exemplo, ao se usar antidepressivos indiscriminadamente, o que neste transtorno pode desencadear quadros de mania (euforia). O tratamento do transtorno afetivo bipolar envolve uso de medicações”, completa a psiquiatra.
Dra. Erika Mendonça de Morais é psiquiatra e graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). CRM-SP: 124933
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