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    Como é a transição entre mania e depressão no transtorno bipolar?

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    O transtorno afetivo bipolar é uma doença crônica caracterizada por mudanças de humor. São episódios depressivos que se alternam, em algum momento da vida, com episódios de mania ou hipomania. Segundo a psiquiatra Luciana Staut, a transição entre esses episódios varia muito de acordo com o paciente.

    “Algumas pessoas podem apresentar apenas um episódio maníaco ou hipomaníaco na vida e passar a maior parte do tempo alternando entre períodos de normalidade e depressão”, afirma a médica. No entanto, há pacientes que têm oscilações frequentes entre esses quadros e, em alguns casos menos menos comuns, chamados de cicladores rápidos, essa transição pode acontecer em questão de horas ou em poucos dias.

    Como lidar com os episódios de mania e depressão?


    Os quadros de mania dificilmente não atrapalham a rotina do paciente com transtorno bipolar, o que faz com que a prevenção seja a forma ideal de lidar com o problema. “Uma pessoa em tratamento adequado apresenta menos risco de crises, tanto depressivas quanto maníacas e hipomaníacas. A prevenção seria a melhor maneira de não comprometer a funcionalidade laboral ou social do indivíduo”, diz a especialista.

    Já nos períodos de crise, a procura pelo atendimento psiquiátrico para ajuste das doses e do tipo de medicação utilizada e das terapias não farmacológicas é uma atitude essencial para que a resolução rápida do quadro seja possível, assim como a diminuição dos prejuízos causados pelos sintomas dos episódios de mania, hipomania e depressão.

    O que são episódios de mania e depressão?


    As características dos episódios depressivos são similares à depressão, mas com alguns sintomas atípicos e mais intensos. “Eles têm características como anedonia (perda de prazer em coisas que, antes, a pessoa se sentia bem fazendo), desânimo, cansaço excessivo, pensamentos negativos ou até de morte”, explica a profissional.

    Já o episódio maníaco aparece, pelo menos, uma vez na vida. “É um episódio que dura, em média, uma semana, com intensa agitação psicomotora, fala acelerada, baixa necessidade de sono, aumento da energia e disposição, aumento da libido e comportamento mais sexualizado”, conta a especialista. A diferença para a hipomania é a intensidade: muitas vezes, os sintomas hipomaníacos são tão amenos que passam despercebidos.

    Dra. Luciana Cristina Gulelmo Staut é psiquiatra, formada pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e atende em Cuiabá (MT). CRM-MT: 6734

    Foto: Shutterstock

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