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Como diferenciar os sinais de envelhecimento da doença de Alzheimer?

Alzheimer
Idosos

Por Dra. Daniela Fonseca de Almeida Gomez

19 de outubro de 2023

Algumas características da doença de Alzheimer apresentam semelhanças com as mudanças que acontecem com o corpo humano ao chegar na velhice e que não caracterizam nenhum problema de saúde, sendo apenas consequências do envelhecimento. No entanto, essas semelhanças podem causar confusão, especialmente no começo do Alzheimer, atrasando a procura por um médico e o diagnóstico da doença. Saiba mais sobre os sinais de Alzheimer!

Mudanças causadas pela doença de Alzheimer prejudicam a rotina do idoso


“No processo de envelhecimento, ocorrem lapsos de memória e uma pequena dificuldade em aprender coisas novas. Porém, estas alterações não
atrapalham as atividades do dia a dia dos idosos“, afirma a geriatra Daniela Fonseca de Almeida Gomez. No envelhecimento normal, o idoso esquece nomes de artistas, ocasionalmente guarda coisas em lugares errados, apresenta alterações de humor devido a fatos concretos e eventualmente tem dificuldade para achar palavras.
Já quem tem a doença de Alzheimer, esquece nomes de pessoas próximas, guarda coisas em lugares estranhos, tem súbitas alterações de humor sem motivos, não consegue lembrar palavras e faz substituições por outras sem sentido. “Os pacientes apresentam perda de memória recente frequentemente, tornam-se repetitivos e esquecem compromisso, o que atrapalha a execução de tarefas”, diz a especialista.

Problemas com a memória são mais frequentes nos casos da doença de Alzheimer


A melhor forma de diferenciar os sintomas da doença de Alzheimer do envelhecimento é prestar atenção na frequência dos esquecimentos e observar se eles atrapalham o dia a dia do idoso. Assim, é possível fazer o diagnóstico precocemente e
iniciar o tratamento. “Muitas vezes, os familiares acham que a perda de memória é natural do envelhecimento e procuram o geriatra apenas quando ocorre algum fato mais marcante e grave, como episódios de agressividade ou quando o idoso se perde na rua”, destaca a profissional.
O médico, por sua vez, faz a diferenciação durante a consulta, quando o paciente ou um membro da família mostra preocupação com o prejuízo da memória. Segundo Daniela, o médico faz testes cognitivos que mapeiam várias áreas, como memória recente, evocação, linguagem, execução e orientação, para identificar se a perda da memória é em virtude de alguma doença ou se trata apenas do envelhecimento natural do idoso.
Foto: Shutterstock

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