Pacientes com asma precisam de tratamento para evitar as crises ou, pelo menos, diminuir a frequência e intensidade das mesmas. Os dispositivos inalatórios para a administração da medicação são fundamentais nesse contexto. Mas por que eles são indicados, em detrimento de medicamentos por via oral, por exemplo?
Métodos de inalação dos remédios de asma
“A forma de inalar é a mais eficiente pois leva a medicação diretamente ao local onde ela precisa agir”, afirma o pneumologista Mauro Gomes. Os dispositivos inalatórios usados no controle da asma, por exemplo, servem para que a medicação, geralmente um pó dentro de uma cápsula, seja facilmente inspirado pelo paciente, agindo diretamente nas vias respiratórias. Após o uso, uma dica importante é tomar um pouco de água, para remover qualquer resíduo da medicação que possa ficar na garganta após a inalação.
Para situações de crise, podem ser usados medicamentos broncodilatadores, que em pouco tempo trazem alívio e devolvem a capacidade respiratória para o paciente. Eles podem ser encontrados tanto em dispositivos inalatórios quanto podem ser inalados pelo método de nebulização. Nesse caso, ele é associado ao soro fisiológico e os dois são colocados juntos no nebulizador.
Diferenças entre as medicações que controlam a asma
Segundo o especialista, as medicações usadas para o tratamento da asma estão divididas em duas categorias: medicações de alívio e medicações de controle. “As medicações de alívio são usadas para o rápido controle dos sintomas durante as crises. Essas incluem broncodilatadores inalatórios de curta ação. Estas dilatam as vias aéreas rapidamente, proporcionando alívio”, explica Gomes.
As medicações de controle, por sua vez, são tomadas diariamente, em longo prazo, para alcançar e manter o controle da asma persistente. Estas incluem agentes anti-inflamatórios, como os corticoides, e broncodilatadores de longa ação. “Os anti-inflamatórios atuam prevenindo e suprimindo a inflamação das vias aéreas. Já os broncodilatadores de longa ação, apesar de não reverterem a inflamação, dilatam as vias aéreas de maneira prolongada”, conclui.
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