As varizes quando atingem um estágio avançado podem gerar mudança no tom de cor da pele do paciente, tornando-a escura nas áreas mais prejudicadas. As próprias varizes também apresentam escurecimento, principalmente quando a deformação das veias é intensa e elas ficam muito aparentes e saltadas, ficando geralmente esverdeadas ou azuladas.
“Sim, pode ocorrer escurecimento da pele em estágios avançados de varizes. Esta alteração é conhecida como dermatite ocre. Isto ocorre porque nos estágios avançados de varizes ocorre um déficit na circulação do sangue, com aumento da pressão venosa local (hipertensão venosa). Este processo causa micro-extravasamento de sangue para o tecido subcutâneo”, informa o angiologista Rodrigo Fukushima.
Escurecimento da pele pelas varizes é considerado grave
O especialista explica que o escurecimento vem do fato do sangue ser rico em ferro, que apresenta coloração vermelha escura (cobre). Diferentemente dos demais componentes do sangue, o ferro não consegue retornar à circulação e por isso fica impregnado no tecido subcutâneo. “Com o passar do tempo, o acúmulo de ferro vai levando ao escurecimento da pele, assim como à perda de fâneros (estruturas visíveis da pele, como cabelos, pelos e unhas) e de sua elasticidade”, completa.
O escurecimento da pele como consequência de um estágio avançado de varizes pode ser considerado um problema grave, pois neste estágio as varizes são propícias a complicações. “Nesta fase, os pacientes têm risco elevado para evoluírem com úlceras, tromboflebites e varicorragia (sangramento)”, alerta Fukushima.
Como tratar esse tipo de alteração da pele em um quadro de varizes?
Para tratar esse tipo de alteração, é necessário aderir ao tratamento adequado, o que envolve uso de medicamento, prática de atividade física aeróbica, uso de meias de compressão, repouso com os membros inferiores elevados, dentre outros cuidados. “Isso tudo ajuda a frear a evolução da doença e proteger o paciente de possíveis complicações. Porém, infelizmente, na maioria das vezes o escurecimento da pele é permanente”, conclui o angiologista.
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