Para muitas pessoas, o Natal e o Réveillon são momentos especiais, em que é possível reencontrar a família, celebrar os dias que passaram e fazer planos para o ano seguinte. No entanto, quem tem familiares com a doença de Alzheimer deve tomar alguns cuidados, já que as comemorações de fim de ano podem provocar transtornos ao idoso.
Procure manter o Natal mais próximo ao dia a dia do paciente
De acordo com o geriatra Danilo Yábar, o paciente com Alzheimer se beneficia da rotina estável, e o Natal, apesar de estar presente na cultura ocidental há milhares de anos, acaba provocando alterações no dia a dia. “Mudanças de ambiente ou a presença de pessoas desconhecidas podem causar desconforto ao paciente, levando a quadros de agitação”, alerta o especialista.
O ideal para quem tem a doença de Alzheimer é que as festas de fim de ano sejam comemoradas sem muitas mudanças. “Os familiares devem tentar manter esse dia mais próximo da rotina do paciente”, recomenda o profissional. Preparar a ceia natalina em casa, em um ambiente confortável e dedicado a poucas pessoas é a melhor opção.
Portador de Alzheimer deve participar das comemorações de Natal
O idoso não deve ser excluído da celebração. Uma das etapas do tratamento é manter a mente do paciente com Alzheimer ocupada, o que pode ser feito, por exemplo, no planejamento das comidas e bebidas da festa, ajudando a prolongar sua saúde e a retardar o avanço da doença. Nos estágios iniciais, conversar com um familiar individualmente é uma forma de exercitar a memória, mas sem pressionar o idoso ou apontar erros.
Boa parte das famílias costuma realizar a ceia de Natal em horários mais próximos da madrugada. No entanto, é importante considerar fazê-la mais cedo para que o idoso tenha tempo de digerir a refeição antes de dormir e, assim, garantir uma boa noite de sono. É necessário também moderar a quantidade e o tipo de comidas e bebidas servidas ao portador de Alzheimer, que precisam ser mais saudáveis e não devem conter álcool.
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