O mal de Alzheimer é uma doença que pode ser tratada com o uso de medicações e afeta principalmente os idosos. Substituir ou deixar de usar os remédios da forma correta poderá prejudicar o tratamento de seu familiar. Portanto, é muito importante seguir a prescrição médica.
Trocar o remédio para tratamento de Alzheimer pode piorar a memória
De acordo com a geriatra Aline Ferreira Bandeira de Melo, diversos fatores contribuem para a má adesão ao uso dos medicamentos, como automedicação, uso de vários remédios e reações adversas. “Tratamentos crônicos ou de longa duração têm, em geral, menor adesão, visto que os esquemas terapêuticos exigem grande empenho do paciente e cuidadores, que precisam modificar seus hábitos de vida para cumprir o tratamento”.
A substituição dos medicamentos sem autorização médica, além de gerar custos desnecessários, prejudica a resposta do paciente frente ao tratamento proposto, podendo, muitas vezes, ser fatal. “No caso do paciente com doença de Alzheimer, podemos observar piora da memória, sono, apetite e de sintomas comportamentais diversos, como agressividade, depressão e perambulação”, afirma a profissional.
Cuidadores devem contribuir para adesão ao tratamento de Alzheimer
É imprescindível o envolvimento da equipe de saúde para ajudar no seguimento da terapia, buscando identificar possíveis problemas que possam estar interferindo na adesão, procurando reduzir ao máximo a complexidade do uso das medicações. Os cuidadores também devem auxiliar, explicando o modo correto de uso, os efeitos adversos possíveis, como agir no caso de esquecimento de doses e alertar quanto aos riscos da automedicação e da interrupção prévia do tratamento.
Como muitos idosos tomam várias medicações diariamente, o cuidador deve ter mais atenção e organização quanto aos horários em que os medicamentos devem ser tomados. Por parte do paciente de Alzheimer, já nas fases iniciais, pode haver dificuldade para entender ou se lembrar de como o consumo dos remédios deve ser feito. A substituição das medicações poderá, portanto, contribuir para uma piora da qualidade de vida do idoso.
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