Você já ouviu falar nos radicais livres? São átomos ou moléculas liberadas durante processos metabólicos que acontecem no organismo. Estes compostos são altamente instáveis e têm a capacidade de reagir com um grande número de substâncias que estejam por perto e, em alguns casos, oferecem risco à saúde. No entanto, a prática regular de atividades físicas pode interferir na quantidade de radicais livres no corpo.
Atividade física moderada pode reduzir a quantidade de radicais livres
“A produção aumentada das espécies de oxigênio reativo, designação mais adequada para descrever os radicais livres, ou a baixa disponibilidade de antioxidantes para neutralizá-las são denominadas de estresse oxidativo”, afirma o nutricionista João Henrique Rodrigues. O problema pode gerar lesões nos tecidos, formação de câncer, doenças degenerativas, morte celular e comprometimento do sistema imunológico como consequências.
De acordo com o nutricionista João Henrique Rodrigues, a formação dos radicais livres na atividade física está relacionada à frequência, à intensidade, à duração e à modalidade do exercício. A produção desses compostos cresce em pessoas que praticam exercícios físicos de forma extrema. “Por outro lado, o exercício regular de intensidade moderada promove adaptações na capacidade antioxidante, favorece a redução dos níveis de danos oxidativos e aumenta a resistência ao estresse oxidativo”, explica o especialista.
A vitamina E, obtida seja por meio da alimentação ou suplementada, também é uma importante aliada no combate ao excesso de radicais livres.
Radicais livres ajudam a combater infecções
Devido à exposição ao oxigênio molecular, a liberação de radicais livres em condições normais acontece em todos os indivíduos. Estes agentes desempenham também um papel importante no organismo, atuando na defesa contra todos os tipos de infecções e, em níveis considerados normais, não causam prejuízos à saúde. Além dos exercícios físicos, outros fatores influenciam no aumento da formação das moléculas.
Hábitos de vida, como tabagismo, consumo de bebida alcoólica e alimentação inadequada, além do estado psicológico, envelhecimento, algumas patologias crônicas e degenerativas e fatores ambientais também aumentam a presença de radicais livres no corpo. Para neutralizá-los e retirá-los do organismo, é importante dar preferência a uma alimentação rica em vitaminas A, C e E, além de selênio, cobre, zinco, ferro e manganês.
Dr. João Henrique Rodrigues é nutricionista formado pelo Centro Universitário UNA e atua na Clínica Bruno Vargas em Belo Horizonte (MG). CRN-MG: 15095
Foto: Shutterstock