A infecção do novo coronavírus traz mais preocupação para os indivíduos que sofrem de alergias respiratórias, como asma e bronquite. Como estes já são mais propensos a ter crises de falta de ar, ter um vírus que compromete a função pulmonar só piora o quadro, mesmo que o paciente esteja com os sintomas controlados com a manutenção do tratamento correto.
Novo coronavírus em quadros de alergias respiratórios
“O grande problema do novo coronavírus com relação ao paciente asmático é que ele ataca o pulmão, afetando, principalmente, o interstício pulmonar, além de provocar um processo inflamatório importante. Então, tendo o processo inflamatório da asma associado à inflamação do vírus, a situação se torna, de fato,.mais grave”, explica o pneumologista e geriatra José Eduardo Martinelli.
O especialista ressalta o fato do paciente asmático ser portador de um processo inflamatório alérgico, o que significa que o alérgeno em questão desencadeia uma inflamação no aparelho brônquico. “Esse processo inflamatório determina a hiperreatividade brônquica, o que leva ao broncoespasmo, aumento de secreção, etc”, informa o médico.
Cuidados para evitar a COVID-19 e complicações da asma
Para evitar complicações da COVID-19, os pacientes com alergias respiratórias devem reforçar os cuidados indicados pelas principais instituições de saúde (uso de máscara sempre que sair de casa, lavar as mãos com água e sabão e/ou álcool gel constantemente, evitar passar as mãos no rosto quando não estiverem limpas, respeitar o isolamento social o máximo possível, etc.) e seguir com o tratamento correto da asma ou DPOC.
O tratamento da asma tem como base o uso de medicamento específico para controle dos sintomas e das crises, mas também se beneficia de outras medidas, como prática regular de atividade física aeróbica de baixa intensidade (natação é um bom exemplo), não fumar e manter, de modo geral, hábitos saudáveis de vida. O uso de remédios de efeito imediato, aqueles usados na bombinha de asma, também é importante.
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