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A esquizofrenia pode ser controlada apenas com remédios?

Cuidados e Bem-estar
Esquizofrenia

Por Dra. Luciana Cristina Gulelmo Staut

19 de outubro de 2023

A esquizofrenia é uma doença que normalmente exige o uso de remédios no tratamento, pois os sintomas raramente são controlados apenas com as medidas não medicamentosas. Contudo, estas também são muito importantes, mesmo os remédios sendo os protagonistas. Além de tudo, é fundamental que o tratamento seja mantido continuamente para que haja boas chances de resultado positivo.   

Importância dos medicamentos no tratamento da esquizofrenia


Os quadros de esquizofrenia são considerados crônicos, em que o tratamento objetiva o controle dos sintomas e não a cura. Nesse sentido, o tratamento, tanto farmacológico como não farmacológico, deve ser contínuo. Os medicamentos são fundamentais tanto para controle de crises como para evitar recaídas. São utilizados nas fases aguda (crises) e de manutenção (estabilização) do tratamento”, explica a psiquiatra Luciana Staut.
De acordo com a especialista, é bastante arriscado manter o paciente sem medicação, mas cada caso deve ser avaliado individualmente. A decisão de retirada de medicação nunca deve ser tomada pelo paciente, pois há muito risco de novas crises ou piora dos sintomas. “Os medicamentos utilizados em quadros de esquizofrenia são os antipsicóticos, em especial os de segunda geração”.

Tratamento não farmacológico da esquizofrenia


Além do tratamento com medicamentos, é fundamental também o foco no tratamento não farmacológico, o que inclui, por exemplo, orientações sobre a doença em si, conscientização sobre a importância do tratamento (psicoeducação), atividades físicas e psicoterapias.

“Além disso, é importante ter o apoio de profissionais, como assistente social e terapeuta ocupacional, que auxiliarão o paciente no seu processo de reabilitação. Todas essas intervenções não farmacológicas são fundamentais, especialmente, para a qualidade de vida do paciente e para a melhora do quadro da esquizofrenia em si e devem sempre ser estimuladas”.
Dra. Luciana Cristina Gulelmo Staut é psiquiatra, formada pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e atende em Cuiabá (MT). CRM-MT: 6734
Foto: Shutterstock

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saúde mental
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