O ser humano pode aprender muito com o medo, até mesmo a se proteger de situações perigosas. No entanto, quando este sentimento sai do controle e começa a prejudicar a qualidade de vida, atrapalhando atividades do dia a dia e se tornando uma barreira para o bom convívio com outras pessoas, passa a ser algo negativo e deve ser tratado.
O que é a claustrofobia?
É o caso da claustrofobia. “A claustrofobia é uma fobia específica, é o medo de estar em lugares fechados como um elevador ou uma sala fechada e de fazer um exame de ressonância magnética, por exemplo. A pessoa sente grande desconforto e tende a evitar essas situações”, explica o psiquiatra Ricardo Torresan.
De acordo com o especialista, a claustrofobia e a síndrome do pânico não são o mesmo distúrbio. O médico afirma que pessoas claustrofóbicas podem ter ataques diante da exposição ao estímulo ao qual têm fobia, como ficar preso em um túnel. Já alguém com síndrome do pânico tem ataques de forma espontânea inicialmente e depois passa a ter medo de ter uma nova crise.
Claustrofobia é um transtorno de ansiedade
Entretanto, os dois problemas compartilham algo em comum: “Ambos são transtornos de ansiedade, mas com sintomas, curso e impactos diferentes, assim como o tratamento para cada caso”. Segundo Torresan, não existe causa específica para o desenvolvimento da claustrofobia e mesmo que nunca teve medo diante de um ambiente fechado pode passar a tê-lo.
Para tratar a claustrofobia que não é acompanhada de outros transtornos psiquiátricos, o paciente pode recorrer à psicoterapia comportamental. Nela, o profissional expõe o indivíduo às situações temidas gradualmente e repetidamente. Em alguns casos, como quando há outros distúrbios associados, o uso de medicamentos antidepressivos e calmantes podem ajudar bastante na recuperação.
Dr. Ricardo Cézar Torresan é graduado pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e atua em Botucatu. CRM-SP: 100415
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