A gravidade da asma está associada à intensidade dos sintomas no geral e no momento de crise. O tempo em que o paciente entra em insuficiência respiratória após a crise começar é o que que estabelece se a situação é mais ou menos grave. Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, a aparição e intensidade dos sintomas da asma podem variar em um mesmo paciente.
Gravidade da asma depende do tempo para entrar em insuficiência respiratória
“A asma pode ter diferentes gravidades. O diagnóstico da gravidade se baseia no tempo em que se apresentam os sintomas, assim que há contato do paciente com alérgenos. Existem pacientes que entram em contato com alérgenos e, inicialmente, começam a espirrar, depois apresentam tosse leve, até que somente depois de 36 a 48 horas eles entram em crise de broncoespasmo. Por outro lado, há aqueles que em poucos minutos já entram em insuficiência respiratória”, informa o pneumologista José Eduardo Martinelli.
Segundo o especialista, este segundo caso é considerado muito mais grave do que o primeiro, justamente por conta do tempo para o início da crise ser muito curto. Nos casos mais graves, o tratamento indicado se diferencia ligeiramente daquele orientado aos pacientes classificados como de menor risco, especialmente na parte farmacológica.
Tratamento da asma de acordo com a gravidade do quadro
“O tratamento da asma tende a mudar dependendo da gravidade da doença. Isso significa que nos casos mais graves será recomendado que os pacientes estejam munidos de medicamentos capazes de controlar a crise respiratória rapidamente. Nos casos menos graves isso não é tão essencial, pois o paciente tem tempo suficiente para controlar o quadro antes da crise se instalar”, explica o pneumologista.
A recomendação é de que o paciente tenha sempre em mãos um broncodilatador de ação rápida, especialmente na forma de spray, porque estes possuem absorção muito mais rápida. “Em média, o medicamento via inalatória já começa a agir após um minuto. Nos remédios por via oral, a ação tende a demorar mais tempo”, conclui o especialista. Para o tratamento de manutenção, é recomendado o uso de corticoesteroides por via inalatória, capazes de reduzir a frequência e intensidade das crises.
Dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia:
https://sbpt.org.br/portal/espaco-saude-respiratoria-asma/
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