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    Esquizofrenia paranoide: como ajudar um paciente com crise de paranoia?

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    A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico complexo em que o paciente não é capaz de compreender a realidade e distinguir o que acontece ao seu redor daquilo que faz parte apenas de sua imaginação. Estima-se que mais de dois milhões de brasileiros tenham a doença, que é classificada em subtipos de acordo com a manifestação dos sintomas.

    O que é esquizofrenia paranoide?

     

    O subtipo mais frequente é a chamada esquizofrenia paranoide. “É a forma mais comum de esquizofrenia, sendo caracterizada pela presença de delírios e alucinações de maneira mais importante”, explica o psiquiatra Eduardo de Castro Humes. Nesses casos, a desorganização da fala e do pensamento e as dificuldades de expor emoções ficam em segundo plano.  
    Durante uma crise de paranoia, é fundamental tomar certos cuidados. O mais importante é, diante de uma pessoa com sintomas psicóticos, evitar confrontar diretamente o conteúdo psicótico. Isso significa dizer que é melhor mostrar disposição em ajudar o paciente a passar pela situação que está causando sofrimento do que tentar argumentar que nada do que ele está imaginando é real. Mantenha a calma, evite se mostrar nervoso, ansioso ou com raiva, peça para que o paciente se sente e tenha sempre um contato em caso de emergência.  
    “Em pacientes com sintomas psicóticos não é possível convencê-lo puramente através do discurso de que o que ele está imaginando não passa de uma consequência da sua doença”, afirma o profissional. Uma das crenças mais comuns em pessoas com esquizofrenia é a de que estão sendo perseguidos e de que alguém deseja prejudicá-los.

    Como funciona o tratamento da esquizofrenia?

     

    Segundo Humes, o tratamento do transtorno é baseado no uso de medicações antipsicóticas e intervenções psicossociais, como psicoterapias individuais, treino de habilidades sociais e terapia ocupacional. É possível ainda recorrer à psicoeducação. “Trata-se da educação de familiares, pacientes e conhecidos sobre o processo de adoecimento, diagnóstico e tratamento”, resume o médico.
    Dr. Eduardo de Castro Humes é psiquiatra e psicoterapeuta formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. CRM-SP: 108239

    Foto: Shutterstock

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