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Primeiros socorros no verão: como agir em casos de queimaduras solares e insolação
Os dias de sol e calor intenso do verão são um convite para aproveitar praias, piscinas e atividades ao ar livre, mas exigem cuidados redobrados com a saúde, principalmente em relação à insolação e queimaduras solares. Saber como agir em casos como esses é fundamental para garantir um verão seguro e divertido. Insolação: como identificar A insolação ocorre quando o corpo é exposto a altas temperaturas por um período prolongado, o que eleva a temperatura corporal a níveis perigosos, acima de 40°C. Os sintomas da insolação podem variar, mas os mais comuns incluem: Pele quente, seca e avermelhada; Dor de cabeça intensa; Tontura e enjoos; Náuseas e vômitos; Confusão mental; Desmaio. Para o médico generalista Antonio César Antoniazzi, além da alta exposição solar, alguns fatores podem aumentar o risco de insolação, como: Excesso de atividade física em ambientes quentes; Uso de roupas quentes no calor; Não se hidratar adequadamente por longos períodos. “É preciso dar atenção aos sinais, pois o aumento da temperatura faz com que a pessoa perca muita água, sais e nutrientes importantes para o equilíbrio do organismo”, alerta. Queimadura solar: como identificar Queimaduras solares são causadas pela radiação ultravioleta da luz solar em contato com a pele. A pele fica avermelhada e dolorida, podendo ocorrer queimaduras de primeiro ou segundo grau. A queimadura de primeiro grau é mais leve, causando apenas vermelhidão. Já a de segundo grau é mais profunda, podendo causar bolhas e inchaços. Os sintomas podem aparecer logo na primeira hora de exposição ou até 12 a 24 horas após. O especialista explica que a gravidade da queimadura também está relacionada à cor da pele, pois pessoas com pele mais clara têm menos melanina, substância que protege contra os raios solares. Os sintomas da queimadura solar incluem: Pele avermelhada, sensível e quente; Coceira; Bolhas; Mal-estar; Dor de cabeça; Febre; Calafrios; Desidratação; Descamação da pele após alguns dias. Ação imediata: primeiras medidas em caso de insolação Ao identificar os sintomas de insolação, é crucial agir rapidamente para baixar a temperatura corporal e evitar complicações graves. As primeiras medidas a serem tomadas são: Remova a pessoa do ambiente quente: leve-a para um local fresco, à sombra e com boa ventilação. Resfrie o corpo: utilize compressas de água fria ou um pano úmido nas áreas de maior concentração de vasos sanguíneos, como testa, pescoço, axilas e virilha. Hidrate: ofereça água ou bebidas isotônicas para a pessoa beber em pequenos goles. Procure ajuda médica: se os sintomas persistirem ou a pessoa apresentar sinais de confusão mental, vômitos frequentes ou desmaio, procure atendimento médico imediatamente. “Nesses casos, pode ser necessária internação e hidratação intravenosa”. O especialista explica que é importante evitar o consumo de bebidas alcoólicas, como a cerveja, pois podem desidratar ainda mais o indivíduo. “Recomenda-se manter a pessoa acordada e consciente, com a cabeça elevada para evitar aspiração em caso de vômito”, recomenda. Como evitar a insolação? Para prevenir a insolação, tome as seguintes medidas preventivas: Evitar exposição prolongada ao sol, principalmente entre 10h e 16h; Buscar locais com sombra nos momentos mais quentes do dia; Usar roupas leves, claras e folgadas; Utilizar protetor solar com fator de proteção de, no mínimo, 30 e repetir a aplicação a cada 2h; Manter-se bem hidratado, como água, água de coco, sucos de fruta natural e/ou bebidas esportivas. O médico recomenda ainda optar por refeições leves, como frutas e verduras, e que a atividade física não aconteça em horários de calor intenso e em ambientes muito quentes. “Beba líquidos antes, durante e após os exercícios.” Bem como não permanecer dentro de carros expostos ao sol, pois a temperatura interna costuma ser muito superior à externa. Ação imediata: o que fazer em caso de queimadura solar? Veja as recomendações de Antoniazzi: Queimaduras leves Quando há queimadura solar leve, a pele fica avermelhada e quente. Nesses casos, recomenda-se refrescar a pele com hidratante e banho frio, além de usar roupas frescas. Queimaduras com bolhas e mais Se já houver bolhas, o que indica uma queimadura mais profunda, dor de cabeça, mal-estar, febre ou até mesmo confusão mental, é importante procurar atendimento médico o mais rápido possível para evitar que o problema se agrave. “Especialmente em caso de bebês ou crianças, é sempre recomendado procurar atendimento médico para um atendimento mais eficaz.” Em ambas as situações, é fundamental reduzir a temperatura corporal. Para isso, a pessoa deve ser removida para um local fresco e ter suas roupas ‘’afrouxadas” ou removidas. Aliviando o desconforto: Compressas frias: aplique compressas de água fria ou gelo (envolto em um pano) sobre a área afetada por 15-20 minutos, várias vezes ao dia. Hidratação: use cremes hidratantes ou loções pós-sol para aliviar a ardência e ajudar na recuperação da pele. Evite o sol: mantenha a área queimada protegida do sol até a completa cicatrização. Analgésicos: em caso de dor, utilize analgésicos comuns, como paracetamol ou ibuprofeno. “O corpo deve ser resfriado com compressas de água fria, principalmente em áreas como virilha, testa e pescoço, onde os vasos sanguíneos estão mais próximos da pele, permitindo um resfriamento mais rápido. É importante manter a pessoa hidratada com água, água de coco, soluções hidratantes ou bebidas esportivas”, completa. Além das medidas acima, pode-se utilizar analgésicos comuns, como Dipirona, Paracetamol ou Ibuprofeno, para aliviar a dor e desconforto. É sempre recomendado, porém, procurar orientação médica para um diagnóstico e tratamento adequados, especialmente em casos de queimaduras mais graves ou persistentes. O que não fazer em caso de queimaduras solares O generalista alerta para o risco de algumas crenças sobre queimaduras solares. Uma delas é a utilização de pasta de dente ou outras pastas caseiras, que podem formar uma crosta na pele e impedir a cicatrização adequada, além de aumentar o risco de infecção. Outro mito é o uso de álcool para aliviar a ardência. Apesar da sensação inicial de frescor, o álcool desidrata a pele, agravando a queimadura e prolongando o tempo de recuperação. Como prevenir queimaduras solares? Para prevenir queimaduras solares, a recomendação é evitar a exposição solar entre 10h e 16h, usar protetor solar, ficar na sombra e usar roupas leves de algodão. “Em caso de queimadura, não utilize pasta de dente ou álcool para refrescar a região. O ideal é tomar banho frio, beber bastante água, aplicar compressas frias e hidratar a pele com cremes. Evite usar roupas sintéticas e a exposição solar até a melhora da queimadura”, orienta. Crianças e idosos Tanto a queimadura solar quanto a insolação podem ocorrer em qualquer idade, porém crianças e idosos são mais suscetíveis e podem apresentar quadros mais graves devido às particularidades de seus corpos. Crianças, por terem mais líquidos no organismo, desidratam mais rapidamente. Já os idosos, que naturalmente possuem menos líquidos, desidratam com mais facilidade. Portanto, é preciso atenção redobrada a esses grupos em relação à exposição prolongada ao sol e a ambientes muito quentes, garantindo que se mantenham hidratados e protegidos. O uso de protetor solar é suficiente para evitar queimaduras solares e insolação? Antoniazzi conta que o uso de protetor solar é fundamental para proteger a pele dos danos causados pela radiação solar, como queimaduras e câncer de pele. No entanto, o protetor solar não é suficiente para garantir uma proteção completa. É preciso adotar outras medidas preventivas, como: Evitar a exposição solar prolongada, principalmente nos horários de maior intensidade dos raios solares (entre 10h e 16h). Buscar locais com sombra em ambientes externos. Usar roupas leves, claras e folgadas, que protejam a pele do sol. Manter-se hidratado, bebendo líquidos regularmente. “A combinação do uso de protetor solar com essas medidas de proteção garante uma maior segurança e previne problemas de saúde relacionados à exposição excessiva ao sol”, completa o médico.
Imunidade forte: alimentos e hábitos para prevenir gripes e resfriados
A imunidade é a capacidade do nosso corpo de se defender de microrganismos, patógenos e infecções. Por isso, manter as defesas em alta pode, sim, diminuir o risco de doenças, como gripes e resfriados. Longe de depender apenas de uma receita milagrosa, para ter uma imunidade forte é necessário adotar hábitos saudáveis específicos. Mas afinal, o que isso significa na prática? Segundo o médico generalista Marco Michelucci, o estilo de vida é decisivo para determinar a qualidade da nossa resposta imunológica e de eventuais recuperações em caso de doenças. Ele explica que fatores como tabagismo, consumo de álcool, sedentarismo, sobrepeso, má alimentação e estresse crônico podem abalar significativamente a imunidade. Imunidade forte: como a alimentação pode ajudar? Quando o assunto é imunidade, vale a máxima “somos o que comemos”. Isso porque, segundo o Dr. Marco Michelucci, tudo o que se come impacta positiva ou negativamente a saúde. “A alimentação repercute no sistema imunológico, visto que, quando ela é saudável, equilibrada, rica em nutrientes e adequada hidratação, otimizamos todas as funções do corpo, incluindo a defesa”, diz. Por outro lado, alimentos ultraprocessados, artificiais e pobres em nutrientes prejudicam a imunidade e a microbiota intestinal, aumentando as chances de doenças. Para reforçar as defesas do organismo, é preciso priorizar alimentos naturais e ricos em nutrientes, minerais, vitaminas, fibras e proteínas de boa qualidade. Assim, frutas, legumes e verduras devem ser protagonistas na rotina alimentar. As receitas caseiras também têm seu espaço na conquista de imunidade forte. Segundo o médico, mel, própolis e chás, comumente usados por quem está gripado, podem ser de grande ajuda, porém, perdem força se o estilo de vida é marcado por maus hábitos alimentares. Apesar dos esforços na alimentação geralmente serem suficientes para aumentar a imunidade, em caso de deficiência de vitaminas e nutrientes, é possível repor a falta com suplementos, desde que sejam indicados por um médico. Mais hábitos para melhorar a imunidade Adquirir uma imunidade forte depende também de outros hábitos saudáveis. Veja a seguir: Higiene: lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou higienizá-las com álcool em gel é fundamental para evitar a disseminação do vírus. Rotina de exercícios físicos: movimentar o corpo é uma prática essencial para fortalecer a imunidade. Isso porque ao praticar exercícios, aumentam os linfócitos responsáveis por defender o nosso organismo contra agentes indesejados. Sono: dormir bem tem o papel de recarregar as nossas energias e otimizar a função do sistema imunológico. A Fundação Nacional do Sono dos Estados Unidos recomenda dormir entre 7h e 9h por noite na fase adulta. Exposição ao sol: tomar sol de maneira controlada rotineiramente aumenta a produção de vitamina D no organismo. No entanto, especialistas recomendam que o banho de sol ocorra até às 10h da manhã ou após às 16h e o uso de protetor solar, a partir do FPS 30, para evitar danos à pele.
O que são doenças autoimunes? Exemplos e condições mais comuns
Uma doença autoimune é ocasionada pelo ataque às células saudáveis do corpo pelo sistema imunológico, que as confunde com alguma ameaça. Um estudo publicado na Revista Internacional The Lancet sugere que uma em cada dez pessoas têm uma doença autoimune. Em geral, elas também são mais comuns em mulheres, e é difícil determinar suas causas, já que dependem de uma série de fatores. Ainda, esse tipo de doença, exatamente por afetar a imunidade, pode ser a porta de entrada para diversos outros problemas, e é por isso que é tão importante entender o que são as doenças autoimunes e quais as mais comuns. Para responder às suas dúvidas sobre essas condições, entrevistamos a reumatologista Dra. Carla Gagliardi. Leia a seguir. Artrite reumatoide e lúpus são exemplos das mais de 100 doenças autoimunes Segundo a Dra. Carla Gagliardi, como as doenças autoimunes são caracterizadas pelo mau funcionamento do sistema imunológico, elas podem causar várias outras doenças, sejam articulares, endocrinológicas, vasculares, renais, hematológicas, etc. Além disso, as doenças autoimunes mais comuns costumam ser separadas em duas categorias diferentes: sistêmicas e locais. O primeiro caso pode afetar diversas estruturas do organismo, enquanto o segundo atinge de forma isolada alguma parte do corpo. Como citou a Dra. Carla, “as doenças autoimunes mais comuns incluem artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico, psoríase, diabetes tipo I, Doença de Crohn, doença celíaca, esclerose múltipla, Tireoidite de Hashimoto, Doença de Graves, anemia perniciosa, entre outras”. Além dessas, outros exemplos que atingem as pessoas no Brasil são tireoidites (18%), artrite crônica (12%) e doença celíaca (6%), de acordo com um estudo da Revista Brasileira de Reumatologia. É importante ressaltar também que diversas doenças autoimunes também são classificadas como condições reumáticas, porque afetam a mobilidade e o sistema locomotor. Fatores de risco para o surgimento das doenças causadas pelo próprio organismo incluem idade e sexo biológico A reumatologista com quem conversamos afirma que as doenças autoimunes, e suas causas, não são iguais. Elas têm preferências em relação à idade, assim como ao sexo biológico, e costumam seguir um padrão. Assim, algumas aparecem em pessoas mais jovens, como o lúpus eritematoso sistêmico, outras em crianças, como a artrite inflamatória juvenil e a febre reumática. Ainda, a médica complementa que outras já surgem com mais idade, como a artrite reumatoide e a Síndrome de Sjogren. Claro que, quanto mais tempo se vive, maior a chance de haver doenças, seja autoimune ou não, mas esses são exemplos de doenças autoimunes comumente encontradas em idosos. Além da idade e do sexo biológico, outros fatores de risco para doenças autoimunes comuns são: Predisposição genética; Diagnóstico de outras doenças; Fatores ambientais: agentes infecciosos, exposição à luz solar, poluição do ar, pó de sílica, mercúrio, implantes de silicone, entre outros. Gatilhos emocionais, hormonais e infecciosos podem despertar uma doença autoimune Ainda não se sabe exatamente quais as causas das doenças autoimunes. Principalmente porque os sintomas variam de pessoa para pessoa. Por exemplo, em pacientes mais jovens, o que predomina são os fatores genéticos, hormonais e infecciosos, de acordo com a Dra. “As doenças autoimunes costumam ser multifatoriais, ou seja, embora tenham uma forte predisposição genética. O surgimento costuma ter gatilhos que podem ser hormonais, emocionais, infecciosos e outros ainda desconhecidos. Na prática, cada doença tem características próprias e gatilhos”, descreve a especialista. A maioria das doenças autoimunes não tem cura, mas o tratamento proporciona qualidade de vida Apesar de o diagnóstico assustar algumas pessoas, já que as doenças autoimunes costumam ser crônicas, ou seja, não têm cura, quanto mais você souber sobre a doença, mais encaminhado estará o tratamento. Consequentemente, também a garantia do seu bem-estar. “O acompanhamento de perto é importante, as consultas periódicas, os exames laboratoriais e de imagem constituem ferramentas importantes nesse controle. Nós, médicos, usamos protocolos e métricas para a avaliação e acompanhamento das principais doenças autoimunes. Além disso, a conscientização do paciente em relação à própria doença e da importância do tratamento, é parte essencial”, argumenta a reumatologista. Da mesma forma, destaca a importância dos pacientes sinalizarem sobre possíveis mudanças nos sintomas, e complementa: “é essencial que o paciente saia da consulta entendendo os pontos principais sobre sua doença, qual medicamento vai usar, o porquê e como usar”. Quem tem o diagnóstico deve ter cuidado redobrado com a saúde Não é uma regra, mas, com o mau funcionamento do sistema imunológico, pessoas com esse tipo de diagnóstico ficam suscetíveis a desenvolver outras doenças autoimunes comuns. Sobre isso, a Dra. Carla explica: “Como a base da doença é um sistema imunológico que não consegue distinguir a estrutura do próprio organismo de uma ameaça externa, a chance dele identificar outras partículas do corpo como ameaça existe, levando ao surgimento de outras doenças. Por exemplo, um paciente portador de Síndrome de Sjogren pode desenvolver Tireoidite de Hashimoto e diabetes insulino-dependente.” O diagnóstico da doença autoimune é feito a partir da consulta clínica, exames laboratoriais e avaliação física Como mencionado anteriormente, a mesma doença pode provocar sintomas diferentes nas pessoas afetadas. O alerta é maior para quem já tem casos na família. Por isso, o diagnóstico de uma doença causada pelo próprio organismo é composto por diversas etapas, e até mesmo pelo acompanhamento de vários profissionais. “As doenças autoimunes ou reumatológicas têm comportamento variável, então a melhor forma de prevenção é se consultar periodicamente com um clínico geral ou reumatologista, pelo menos uma vez ao ano. Principalmente se houver histórico de doença autoimune em parentes próximos, ou caso tenha sintomas como dores nas articulações, associadas ou não a outros sintomas, incluindo os cutâneos, intestinais, circulatórios, etc”, orienta a médica. Por fim, Dra. Carla acrescenta que exames laboratoriais para avaliação de doença autoimune podem ser úteis, mas precisam ser interpretados com o exame físico e a história clínica e familiar do paciente. Caso contrário, o tratamento não será adequado, podendo trazer consequências graves.
Doenças Transmitidas por Gatos: Conheça os Riscos e Como se Proteger
Embora os gatos sejam excelentes companheiros, proporcionando bem-estar emocional e social aos seus donos, eles também podem ser vetores de doenças que transmitem aos humanos. Estas enfermidades, conhecidas como zoonoses, variam em termos de gravidade e frequência e podem ser prevenidas com cuidados apropriados. Este artigo explora algumas das principais doenças transmitidas por gatos e como podemos nos proteger delas. Toxoplasmose A toxoplasmose é uma infecção causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, encontrado predominantemente nas fezes de gatos. A transmissão ocorre principalmente por meio da ingestão de alimentos ou água contaminados com oocistos do parasita. Embora a maioria das infecções em humanos seja assintomática, pode apresentar sintomas como febre, dores musculares e aumento dos gânglios linfáticos. O maior risco é para gestantes e indivíduos com imunidade comprometida, podendo causar sérias complicações, inclusive malformações no feto. Para prevenção, recomenda-se práticas de higiene rigorosas, como lavar bem as mãos após mexer em caixas de areia e manter uma alimentação segura, evitando o consumo de alimentos mal cozidos. Esporotricose Esporotricose é uma infecção fúngica subcutânea causada por fungos do gênero Sporothrix. A doença muitas vezes é transmitida pelo contato direto com solo ou plantas contaminadas, mas gatos infectados também podem transmitir o fungo por meio de arranhões ou mordidas. A infecção em humanos geralmente se manifesta por nódulos na pele que podem evoluir para úlceras dolorosas. Para prevenção, é crucial evitar o contato com felinos cuja saúde seja desconhecida, usar luvas ao lidar com jardins e solos potencialmente contaminados, e procurar tratamento médico ao primeiro sinal de infecção. Doença da Arranhadura do Gato Causada pela bactéria Bartonella henselae, a doença da arranhadura do gato acontece após arranhões ou mordidas que quebram a pele. Na maioria dos casos, resulta em febre leve e inchaço dos gânglios linfáticos próximos à área afetada. Indivíduos com sistemas imunológicos deficientes, no entanto, correm maior risco de complicações. Para evitar a doença, é importante manter as garras dos gatos aparadas, evitar brincadeiras agressivas e limpar imediatamente qualquer arranhão ou mordida com água e sabão. Síndrome da Larva Migrans Visceral A síndrome da larva migrans visceral, também conhecida como toxocaríase, é causada por larvas do parasita Toxocara cati. Estas podem ser transmitidas aos humanos através do contato com solo ou superfícies contaminadas com fezes de gato. Crianças pequenas são particularmente vulneráveis devido à sua tendência de brincar em áreas de terra ou areia. Mantenha um ambiente doméstico limpo, lave as mãos regularmente e tenha cuidado especial com áreas onde crianças brincam, garantindo que estejam isentas de fezes de animais. Prevenção e Cuidados A adoção de medidas preventivas pode drasticamente reduzir o risco de contrair doenças transmitidas por gatos: Manter as vacinas e vermífugos dos gatos em dia. Praticar boa higiene, especialmente após manipular caixas de areia. Restringir o acesso dos gatos ao exterior para minimizar a exposição a patógenos. Consultar regularmente um veterinário para check-ups de saúde. Ensinar as crianças sobre a importância de lavar as mãos depois de brincar com gatos ou em ambientes externos. Com esses cuidados, é possível desfrutar a companhia dos felinos minimizando os riscos à saúde humana e promovendo o bem-estar do gato.
Microcitose Discreta: Compreendendo sua Importância e Ramificações
Microcitose discreta refere-se a uma condição em que os eritrócitos, ou glóbulos vermelhos, são menores do que o normal, detectada frequentemente através de alterações no Volume Corpuscular Médio (VCM). Este fenômeno, quando classificado como discreto, indica que as alterações no VCM são sutis e o valor se aproxima do limite inferior aos valores de referência. A relevância clínica da microcitose discreta muitas vezes depende da avaliação de outros parâmetros hematológicos e de investigações adicionais. O Papel do Hemograma O hemograma é uma ferramenta valiosa no diagnóstico de microcitose. Nele, o VCM é o indicador primário, sendo considerado microcítico quando abaixo de 80 fL. Em casos de microcitose discreta, o VCM se encontra geralmente entre 80 e 81 fL. Outros parâmetros analisados incluem a Hemoglobina Corpuscular Média (HCM) e a Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM), que, juntamente com o VCM, oferecem um panorama abrangente das características dos eritrócitos. VCM (Volume Corpuscular Médio): Mede o tamanho médio dos glóbulos vermelhos. HCM: Mede a quantidade média de hemoglobina por célula. CHCM: Avalia a concentração média de hemoglobina nas células. Causas Comuns de Microcitose Discreta Existem várias condições que podem provocar microcitose discreta, sendo as mais típicas desordens relacionadas à deficiência de ferro, doenças hereditárias e condições crônicas. A identificação precoce das causas é essencial para um manejo clínico adequado. Anemia por Deficiência de Ferro A deficiência de ferro é uma das causas mais frequentes de microcitose, incluindo seus casos discretos. Ela ocorre quando há baixa ingestão de ferro ou perdas sanguíneas excedendo a absorção de ferro. A anemia ferropriva nem sempre apresenta sintomas óbvios, mas pode causar fadiga, palidez e fraqueza geral. Doenças Crônicas Condições inflamatórias ou infecciosas crônicas podem também levar à microcitose às vezes de forma discreta. Neste contexto, a microcitose pode ser acompanhada por anormalidades em outros índices hematológicos, como ferro sérico e capacidade de ligação de ferro. Distúrbios Genéticos: Talassemia e Esferocitose Hereditária Distúrbios hereditários podem predispor indivíduos à microcitose. A talassemia, por exemplo, resulta de mutações nos genes da hemoglobina, gerando eritrócitos de tamanhos anormais. Já na esferocitose hereditária, as alterações ocorrem na membrana celular das hemácias, afetando seu formato e resistência. Quando a Microcitose Discreta é Preocupante? Embora muitas vezes uma mudança discreta no VCM não seja imediatamente preocupante, se houver sintomas como fraqueza inexplicada ou se outros fatores de risco estiverem presentes, pode-se indicar uma investigação mais detalhada. Em muitos casos, a repetição do hemograma é recomendada para verificar se existem alterações progressivas. Em conclusão, a avaliação de microcitose discreta exige uma análise criteriosa de múltiplos parâmetros hematológicos e uma interpretação cuidadosa dos resultados. Consultar um profissional de saúde é fundamental para um diagnóstico preciso e direção para tratamento, quando necessário.
Plaquetas Baixas: O Que Significa?
As plaquetas, também conhecidas como trombócitos, desempenham um papel crucial no nosso sistema circulatório. Elas são responsáveis pela coagulação do sangue, ajudando a prevenir e controlar hemorragias. Quando a contagem de plaquetas diminui abaixo do nível normal, essa condição é chamada de trombocitopenia. A seguir, exploraremos as causas, sintomas, diagnóstico e tratamento para essa condição, além de orientações sobre como devem ser gerenciadas as plaquetas baixas. O que são plaquetas? Plaquetas são fragmentos celulares presentes no sangue, produzidos pela medula óssea. Elas desempenham funções essenciais na coagulação sanguínea, particularmente ao responder a ferimentos nos vasos sanguíneos. Quando ocorre uma lesão, as plaquetas se acumulam e trabalham para formar um coágulo sanguíneo, evitando perdas excessivas de sangue. O que são plaquetas baixas? Considera-se que uma pessoa possui plaquetas baixas quando sua contagem é inferior a 150 mil células por microlitro de sangue. Esta condição pode ser chamada também de trombocitopenia. As plaquetas baixas podem resultar de diversas condições médicas que afetam a produção, destruição ou funcionalidade das plaquetas. Causas das plaquetas baixas A redução de plaquetas pode ser influenciada por múltiplos fatores, incluindo: Doenças da medula óssea: Condições como leucemia, mielodisplasia e aplasia medular podem interferir na produção de plaquetas. Infecções virais: Vírus como dengue, HIV e Epstein-Barr podem provocar uma queda na contagem de plaquetas. Doenças autoimunes: Distúrbios como lúpus e púrpura trombocitopênica podem causar a destruição prematura de plaquetas. Uso de medicamentos: Alguns medicamentos, incluindo heparina e certos anti-inflamatórios, podem reduzir a contagem de plaquetas. Deficiências nutricionais: Falta de ácido fólico e vitamina B12 pode impactar a produção de plaquetas. Consumo excessivo de álcool: O álcool pode afetar a produção e a sobrevivência das plaquetas. Sintomas de plaquetas baixas Os sintomas associados à baixa contagem de plaquetas geralmente se manifestam quando a quantidade de plaquetas está significativamente reduzida. Sintomas comuns incluem: Fácil formação de hematomas. Sangramento nasal frequente. Gengivas sangrando com regularidade. Presença de pequenas manchas vermelhas na pele (petéquias). Fluxo menstrual aumentado. Sangue na urina ou nas fezes. Diagnóstico de plaquetas baixas Para diagnosticar trombocitopenia, o médico avaliará sintomas e histórico médico, além de realizar exames laboratoriais. O hemograma completo é crucial para checar a contagem de plaquetas e pode ser complementado por biópsia de medula óssea e outros testes para investigar a presença de anticorpos anormais. Tratamento para plaquetas baixas A abordagem terapêutica varia conforme a causa e a severidade da trombocitopenia. Possíveis tratamentos incluem: Medicação: Fármacos podem ser administrados para estimular a produção de plaquetas ou suprimir reações autoimunes. Transfusão de plaquetas: Indicada em casos agudos para elevar rapidamente o número de plaquetas. Tratamento da condição subjacente: Em doenças autoimunes ou infecciosas, tratar a causa pode ajudar a normalizar a contagem de plaquetas. Cuidados e prevenção Pessoas com diagnóstico de plaquetas baixas podem adotar algumas medidas para reduzir riscos: Evitar atividades que possam causar ferimentos. Informar profissionais de saúde sobre a condição antes de qualquer procedimento médico. Consultar um médico antes de tomar medicamentos não prescritos, como aspirina. Adotar uma dieta balanceada, possivelmente sob supervisão de um nutricionista, para apoiar a saúde sanguínea geral. Em caso de dúvidas ou sintomatologia, é essencial buscar orientação médica. Hematologistas são os especialistas indicados para tratar e acompanhar distúrbios do sangue, incluindo a condição de plaquetas baixas.