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Dislexia: o que é e como identificar seus sintomas?

A dislexia também é conhecida como Transtorno Específico de Aprendizagem com deficiência na leitura. Assim, seus sintomas fazem com que haja uma maior dificuldade no aprendizado da leitura, reconhecimento de letras e compreensão do que está sendo lido. Essa é considerada uma condição comum, já que se estima que afeta cerca de 3 a 7% da população, segundo uma publicação feita na revista CoDAS. Como o diagnóstico dessa condição envolve uma equipe multidisciplinar, muito se questiona sobre quais os sintomas da dislexia e como identificá-la. Para responder todas as dúvidas sobre o tema, conversamos com a psicopedagoga Sabrina Miranda e produzimos este guia completo. Sintomas de dislexia incluem dificuldades na leitura e no reconhecimento de letras A dislexia é um transtorno específico que prejudica a leitura e o processo de aprendizagem de um indivíduo. Ela dificulta o reconhecimento de letras, a decodificação das palavras, a fluência e a compreensão. Por isso, é comum haver dificuldade de leitura e compreensão textual. Outra característica marcante sobre a condição é que as pessoas podem apresentar sinais diferentes. Entre os principais sintomas de dislexia, Sabrina ressalta que “Em geral, a pessoa possui dificuldade em identificar e nomear grafemas (letras) na fala e na escrita, compreender ou trocar os fonemas (sons das letras) na fala e na escrita, além de escrever palavras espelhadas (ao contrário), com omissão ou acréscimo de letras nos termos”. Existem fatores genéticos associados à dislexia A dislexia é um transtorno do neurodesenvolvimento biológico, portanto, pode ser causado por fatores genéticos e ambientais. Assim, os fatores ambientais podem se manifestar em crianças que não receberam as estimulações adequadas para durante seu desenvolvimento. Por isso a dificuldade nessa linha de aprendizagem. Os fatores genéticos também têm fortes relações com o desenvolvimento do transtorno. Um estudo publicado na revista Nature em 2022 identificou 42 variantes genéticas associadas à dislexia. Assim, a psicopedagoga explica que é comum que a dislexia se apresente desde a infância. Por isso, as dificuldades na área de linguagem podem se manifestar nos primeiros anos escolares, principalmente, no período de alfabetização. A exceção costuma ser para “Pessoas que sofreram algum acidente ao longo da vida ou possuem alguma doença cerebral degenerativa, que influencia na percepção e processamento de informações verbais e não verbais”, relata Sabrina. Para validar os sintomas da dislexia, é preciso seguir manuais consolidados Os sintomas da dislexia podem ser confundidos com outros distúrbios do aprendizado e precisam ser estudados com cautela. Por isso, a psicopedagoga indica que na avaliação de cada caso, é importante ter como base o DSM-5-TR (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) para identificar corretamente as características de cada transtorno de aprendizagem. Até porque, “Quando falamos de transtornos relacionados ao desenvolvimento, existem outros que podem ser confundidos com a dislexia, como o Transtorno Específico de Aprendizagem com deficiência na expressão escrita (disortografia) e Transtorno Específico de Aprendizagem com deficiência em matemática (discalculia)”, explica Sabrina. Ela adiciona que é comum pessoas com dislexia apresentarem dificuldades na escrita ou na matemática. Porém, saber identificar as nuances do transtorno é importante para o diagnóstico. Caso contrário, os objetivos não serão alcançados durante o tratamento. O tratamento da dislexia envolve uma equipe multidisciplinar Orientados por um psicólogo ou fonoaudiólogo, as pessoas diagnosticadas com dislexia fazem acompanhamento para estimular as áreas que apresentam maiores prejuízos. Dentro das atividades propostas, Sabrina explica que “o objetivo é desenvolver as habilidades metafonológicas, incluindo a identificação de palavras, nomeação rápida de objetos, além da ampliação de vocabulário. Outras metas podem ser: melhorar a linguagem falada, escrita de palavras simples e complexas, frases, textos, leitura, fluência e compreensão de leitura”. Em casa, a família deve seguir as orientações do profissional e sempre anotar os progressos do indivíduo com dislexia. Além disso, é importante que adaptações sejam feitas no ambiente escolar, a partir da orientação do profissional que acompanha a criança ou adolescente. Na escola, as atividades para auxiliar as crianças e adolescentes com dislexia é a envolvem realizar provas adaptadas. As provas são adaptadas segundo os principais desafios daquela pessoa. Além dessas, outras dicas são a promoção de “Um ambiente calmo e sem oportunidade de distrações para a aplicação das provas, com mediador que auxilie na leitura e orientação das questões, uso de fontes maiores, maior espaçamento entre palavras e linhas, além de textos mais curtos e objetivos”, detalha a psicopedagoga. TDAH, dislexia e dislexia podem coexistir É comum que o TDAH e a dislexia sejam confundidos. Até porque, as características similares ao TDAH estão principalmente relacionadas à falta de atenção, concentração e memória. Embora seja comum que pessoas com TDAH tenham dificuldade na leitura e escrita, não é uma regra. Além disso, é possível que algumas pessoas tenham ambos os transtornos, o que é chamado de comorbidade. Além do TDAH, outra condição que pode surgir como comorbidade é o TDL (Transtorno de Desenvolvimento da Linguagem). Nesse caso, “A área da linguagem é prejudicada a níveis de compreensão sintática, morfológica, semântica e fonológica, sendo possível afetar a linguagem verbal”. Em ambos os transtornos, o processo de leitura sofre prejuízos, mas com características distintas. Por isso, uma avaliação caso a caso é importante.

O que é esofagite e quanto tempo leva para curar essa inflamação?

A esofagite é uma inflamação do revestimento do esôfago, o tubo que liga a boca ao estômago. Se não for tratada, pode gerar sérias consequências e desencadear outros problemas. Para entendermos quanto tempo leva para curar a esofagite, suas causas, tipos e outros detalhes, conversamos com o gastrocirurgião e endoscopista Dr. Eduardo Grecco. Reunimos todas as informações para você neste guia. Acompanhe. O que causa esofagite? A esofagite é conhecida principalmente por causar dor, dificuldade para engolir e uma sensação de ardência no peito. O gastrocirurgião define que a esofagite “é o processo inflamatório do esôfago, que pode ser edematosa (que apresenta inchaço causado pelo acúmulo de líquidos nos tecidos do corpo) ou erosiva (que corrói partes do órgão)”. A principal causa da esofagite é o refluxo gástroesofágico, caracterizado pelo retorno do suco gástrico do estômago para o esôfago. Ele, por sua vez, acontece devido ao aumento da acidez gástrica, que está muito relacionada com hábitos alimentares e comportamentos errados. Esses hábitos “provocam alterações anatômicas da válvula existente no esôfago, o que faz com que o ácido suba”, explica o Dr. Eduardo. Em consequência, alerta o profissional, aparecem problemas como azia ou queimação, dor epigástrica (dor na boca do estômago), dor torácica, tosse noturna, engasgos, regurgitação, vômitos, dor de garganta, sinusite e faringite. Sintomas da esofagite a longo prazo O desconforto que a inflamação no esôfago causa afeta a qualidade de vida do paciente, o que dificulta a alimentação e leva, muitas vezes, à perda de peso e à desnutrição. Isso porque, a dor no peito e o desconforto ao engolir podem tornar atividades diárias mais difíceis e até prejudicar o sono, já que os sintomas pioram ao deitar. Desta forma, o médico alerta que, a longo prazo, a esofagite “Pode causar cansaço, irritabilidade e até estresse emocional, dado que a dor constante e a preocupação com os sintomas podem gerar ansiedade”. Em casos mais graves, a esofagite pode comprometer significativamente o bem-estar do paciente, o que afeta sua saúde física e mental. Sendo assim, o tratamento é fundamental para controlar os sintomas. Para tratar inflamação no estômago, é preciso evitar certos alimentos O tratamento da esofagite depende da causa da inflamação, mas, geralmente, envolve uma combinação de mudanças no estilo de vida, medicamentos e, em casos mais graves, intervenções cirúrgicas. Entre as mudanças no estilo de vida para diminuir a inflamação no esôfago, o gastrociurgião cita que “Uma alimentação adequada é fundamental, além de evitar alimentos que irritam o órgão, como os gordurosos, picantes, ácidos e a cafeína”. Comer porções menores e mais frequentes também pode ser útil. Além disso, deve-se evitar deitar logo após as refeições, esperando pelo menos de duas a três horas. Ainda, é útil elevar a cabeceira da cama durante o sono, para impedir as chances de azia. Chocolate é outro alimento a ser evitado, pois contém cafeína e teobromina, que podem facilitar o refluxo. Bebidas com cafeína, como café, chá-preto e refrigerantes, são outros que agravam os sintomas. O álcool também, já que “pode irritar a mucosa esofágica e relaxar a válvula que separa o esôfago do estômago, além de aumentar a produção de ácido gástrico”, complementa o Dr. Eduardo. Laticínios integrais e alimentos ricos em gordura, como queijos gordurosos e carnes processadas, são opções que não fazem bem para quem tem esofagite. Isso porque, eles podem retardar a digestão e aumentar o risco de refluxo. Por fim, cebola e alho, apesar de seus benefícios nutricionais, podem ser irritantes para o esôfago. O mesmo é verdade para alimentos processados e embutidos, que são difíceis de digerir e podem aumentar a produção de ácido no estômago. O tempo para curar esofagite depende do tipo de inflamação O tempo necessário para a cura da esofagite pode variar dependendo de vários fatores, “como a gravidade da inflamação, a causa subjacente, a resposta ao tratamento e as mudanças no estilo de vida adotadas pelo paciente”, pontua o Dr. Eduardo No que diz respeito aos medicamentos, os antiácidos, como os de venda livre, podem aliviar os sintomas de queimação ao neutralizar o ácido estomacal. Já os inibidores, “como o omeprazol, são usados para reduzir a produção de ácido no estômago e ajudar a curar a inflamação do esôfago”, explica o médico. Em média, para a esofagite relacionada ao refluxo gastroesofágico – como a esofagite de refluxo -, o tratamento pode levar de duas a oito semanas para apresentar melhora nos sintomas. Nesses casos, são usados medicamentos, como inibidores da bomba de prótons (IBPs), e mudanças no estilo de vida. Já para a esofagite infecciosa, como a causada por fungos ou vírus, o tempo de tratamento pode ser mais longo. “Varia de 4 a 12 semanas, dependendo do tipo de infecção e da eficácia do tratamento com antifúngicos, antivirais ou antibióticos”, acrescenta o gastrocirurgião. No caso da esofagite eosinofílica, que é uma condição inflamatória crônica relacionada a uma reação alérgica, “O tratamento pode envolver o uso de esteróides ou medicamentos imunossupressores”, ele diz. Portanto, o tempo de tratamento costuma variar, com alguns episódios recorrentes ao longo do tempo, e o controle dos sintomas pode exigir monitoramento contínuo. Por fim, de acordo com um estudo publicado pela Federação Brasileira de Gastroenterologia, em pacientes com esofagite erosiva, os tratamentos com pantoprazol 40 mg ou omeprazol 20 mg são equivalentes, com índices de resolução de 74% e 78% em quatro semanas, respectivamente, e de 90% e 94%, em oito semanas.

Como identificar uma alergia nos olhos? Conheça os sintomas

A alergia nos olhos é uma resposta do corpo a algum composto que pode lhe fazer mal. Por estar relacionada ao sistema imunológico, essa reação varia de pessoa para pessoa. Quando alguma dessas substâncias, conhecidas como alérgenos, entram em contato com os olhos, o sistema imune de indivíduos sensíveis reage, o que causa a alergia. Para nos ajudar a abordar com mais profundidade o assunto, conversamos com a oftalmologista Dra. Rozalia Litewski. Neste artigo, você vai entender o que causa a alergia nos olhos, seus sintomas, o que fazer nesses casos e até mesmo quais alimentos podem desencadear essa reação. O principal sintoma da alergia nos olhos é a coceira A alergia ocular, também conhecida como conjuntivite alérgica, é uma reação do sistema imunológico a agentes irritantes para o organismo, chamados de alérgenos. “Alguns exemplos são o pólen, ácaros, maquiagens vencidas ou contaminadas, pelos de animais, fumaça, tintas, mofo e até mesmo produtos de limpeza”, detalha a médica. Entre seus principais sintomas, estão, principalmente, o prurido (coceira), lacrimejamento, vermelhidão e impressão de ter um corpo estranho no olho. Às vezes, a sensação de areia nos olhos também está presente. Se os sintomas persistirem mesmo após a higienização dos olhos ou o uso de colírios, isso pode reforçar a suspeita de conjuntivite alérgica. Segundo a Dra. Rozalia, “Devido à semelhança do quadro clínico da conjuntivite alérgica com as demais conjuntivites, muitas vezes, o diagnóstico só será possível por meio de exame oftalmológico e de uma história detalhada.” Isso porque, como cita um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, as alergias oculares englobam uma série de doenças inflamatórias da superfície ocular, causadas por diferentes fatores. Elas acometem aproximadamente 20% da população e são classificadas de acordo com o grau de hipersensibilidade. A maquiagem pode causar alergia nos olhos A escolha de uma boa marca de maquiagem, principalmente se usada com frequência no dia a dia, é importante para prevenir os casos de alergias nos olhos. Por isso, procure sempre utilizar produtos hipoalergênicos e que foram testados oftalmologicamente. Além disso, Dra. Rozalia reforça que “Com intuito de minimizar esse quadro, os produtos não devem ser utilizados fora da validade, pincéis e esponjas devem ser higienizados e a maquiagem deve ser retirada antes de dormir”. Em relação aos sintomas de alergia à maquiagem nos olhos, eles são similares aos sinais causados por outros alérgenos. Entretanto, é importante observar quais são e a gravidade deles para relatar ao médico. Principalmente sinais como descamação ou bolhas devem ser investigados quanto antes, pois podem indicar reações alérgicas mais graves. Inclusive, se você tiver dúvidas sobre a possibilidade de um produto causar alergia nos olhos, peça recomendações a um oftalmologista. Existem alimentos que causam alergia nos olhos? Um estudo publicado nos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia sugere que o consumo de determinadas substâncias podem piorar os casos de conjuntivite alérgica. Até porque, essa alergia pode estar associada a outra que o indivíduo apresenta. Entre aqueles que costumam estar mais associados ao problema, se destacam o amendoim, ovos, leite e peixe. Portanto, caso você note que algum destes ou outros alimentos pioram quadros de alergia nos olhos, a recomendação é suspender a ingestão e procurar um médico. A partir disso, o profissional pode fazer testes para identificar a presença da alergia. Alergia nos olhos: o que fazer para tratar? No caso de qualquer sinal de uma possível alergia nos olhos, a indicação é buscar atendimento oftalmológico para excluir outras causas de conjuntivite. Porém, “Caso não seja possível, compressas geladas com água filtrada e colírios lubrificantes sem conservantes podem ser iniciados para proporcionar conforto inicial”, ressalta Rozalia. Além disso, é recomendado evitar todos os tipos de substâncias que causam alergia nos olhos. Em caso de dúvidas sobre o que pode ter causado a reação, troque fronhas de travesseiros, evite contato com bichos de pelúcia, tapetes, e outros objetos que acumulam poeira. Por fim, certifique-se de manter o ambiente arejado. Além desses cuidados, a profissional ressalta que há algumas opções de tratamento para a alergia ocular. “O tratamento será direcionado para o tipo de conjuntivite alérgica apresentada, podendo variar desde colírio antialérgico, lubrificante e sem conservante em casos mais brandos, a um colírio com corticoide em casos mais graves, como aqueles que apresentam o acometimento da córnea”, finaliza a profissional.

O que é distensão abdominal e quais são os sintomas?

Quem sofre com distensão abdominal costuma ter dúvidas frequentes sobre o assunto. Afinal, o que causa esse problema? E como aliviar o inchaço no abdômen, tão associado à essa condição? Para responder essas e outras perguntas, entrevistamos a gastroenterologista Dra. Anelisa Sena. Leia a seguir. A distensão abdominal tem efeitos persistentes, diferentemente do inchaço após grandes refeições De acordo com a gastroenterologista, o principal sintoma de distensão abdominal é o “aumento efetivo no volume do abdômen, que pode inclusive ser mensurável, seja por aumento da circunferência do abdômen, pela dificuldade de vestir alguma roupa, ou por fotos”. Esse aumento no tamanho do abdômen pode acontecer em questão de pouco tempo, dentro de poucas horas. Em geral, ele também está associado a algum gatilho alimentar, e seus sintomas podem ser mais duradouros e persistentes. Por outro lado, o inchaço pode acontecer principalmente após uma refeição volumosa, rica em fibras ou alimentos fermentativos. Nesses casos, a sensação é de que há pressão no abdômen, ou de que o estômago continua fazendo a digestão mesmo depois de muito tempo após a alimentação. Além disso, é comum sentir gases presos que eventualmente podem gerar flatulência. Por fim, outra diferença marcante é que, no caso do inchaço abdominal “Esses sintomas normalmente são transitórios e de curta duração”, adiciona a médica. Sintomas de distensão abdominal comuns Alguns sinais típicos da distensão abdominal, independentemente da gravidade, explica Anelisa, são o estufamento, dor abdominal, eructações (arrotos) e flatulência frequentes. Isso porque, como a distensão abdominal é persistente e duradoura, ela afeta bastante a qualidade de vida de quem sofre com o problema. Por isso, é preciso atenção a esses sinais, principalmente “Quando o paciente não está mais conseguindo fechar o botão da calça após o almoço, não se sente confortável para ir para uma reunião do trabalho pelo excesso de gases, ou, inclusive, para realizar alguma atividade física pela sensação de estufamento e dor”. As causas da distensão abdominal variam de intolerâncias alimentares a doenças mais graves As principais causas de distensão abdominal são as intolerâncias alimentares, como intolerância à lactose, frutose, e quadros funcionais com a Síndrome do intestino irritável. Além disso, Dra. Anelisa ressalta que existem problemas relacionados à “Constipação funcional e SIBO (supercrescimento bacteriano do intestino delgado), além de quadros de má absorção, como na doença celíaca e nas insuficiências pancreáticas”. Ainda, em caso de suspeita de distensão abdominal, é preciso avaliar outros motivos, como doenças inflamatórias e parasitoses intestinais, além do uso de alguns medicamentos que alteram o funcionamento do intestino. Da mesma forma, existem diversos fatores que podem contribuir para o aparecimento desses sintomas. Alguns exemplos que a gastroenterologista cita são o tempo de trânsito do intestino e a qualidade da microbiota intestinal. Mas o caso pode ser mais sério se existir uma hipersensibilidade do intestino aos gases presentes na região. Ansiedade, depressão e estresse podem causar distensão abdominal Situações de estresse, ansiedade, depressão, traumas, podem sim estar relacionadas à distensão abdominal. Isso porque, esses eventos influenciam diretamente na qualidade da microbiota e alteram seu funcionamento, aumentando a produção de gases, o que gera uma hipersensibilidade na área. Isso acontece porque, além do próprio sistema nervoso entérico (que controla o sistema digestivo), Dra. Anelisa explica que “através do eixo cérebro-intestino, temos conexões neurais diretas interligando esses sistemas que transformam o trato gastrointestinal em um órgão extremamente influenciável por questões neurológicas e de saúde mental”. Por motivos como esse, é comum que pessoas com síndrome do intestino irritável relatem uma piora nos sintomas durante períodos de estresse elevado. Investigar a causa dos sintomas de abdômen distendido é importante para manter a qualidade de vida Devido ao fato da distensão e do inchaço serem facilmente confundidos, muitas vezes, o problema pode passar anos sem ser investigado, mesmo que prejudique a qualidade de vida da pessoa e que possa ser o sintoma de uma causa mais grave. Apesar de, na maioria das vezes, a distensão ser um sintoma de condições benignas, existem alguns sinais de alarme que devem ser observados. Eles são “Despertar noturno pelos sintomas de dor, perda de peso, presença de sangue ou gordura nas fezes, febre ou vômitos frequentes”, detalha a gastroenterologista. Entre as causas mais graves de distensão abdominal, existem as doenças hepáticas como a cirrose e ascite, neoplasia de cólon ou ovário, obstruções intestinais e endometriose. Prevenir a distensão abdominal envolve adotar hábitos saudáveis e ter controle emocional Segundo a médica, práticas que aliviam os sintomas de distensão abdominal são “Manter atividade física regular de pelo menos 150 minutos por semana, manter uma postura correta, comer devagar, longe das telas e mastigar bem os alimentos”. Além disso, técnicas de manejo do estresse, como meditação, respiração profunda e terapias psicológicas, podem ser eficazes na redução dos sintomas associados a fatores emocionais. Até porque, não existe uma única orientação sobre os alimentos que podem causar distensão abdominal, já que variam de pessoa para pessoa, conforme a causa do problema. Algumas recomendações comuns são evitar alimentos que têm propriedades mais fermentativas, como os derivados do leite, e alguns vegetais como brócolis, repolho, couve-flor, etc. Também é preciso avaliar com o auxílio de um nutricionista o consumo de frutas como maçãs, damascos, bananas, pêssegos, peras, ameixas secas, passas; alimentos com trigo, aveia, leguminosas como feijões e lentilha, além dos alimentos fritos, gordurosos, ricos em açúcar refinado, ultraprocessados e bebidas gaseificadas.

Qual remédio não pode tomar com dengue? Confira os medicamentos contraindicados

Em caso de suspeita ou confirmação de dengue, é indicado evitar certos remédios, pois certos medicamentos podem piorar o quadro da doença e levar a complicações sérias. Aliás, importante deixar claro que a automedicação é sempre contraindicada, mas, especialmente nessa situação, pode trazer riscos sérios. Como os sintomas de dengue são típicos de outras enfermidades, como gripes, é comum que as pessoas procurem medicamentos para aliviar dores, febre e mal-estar, o que pode ser perigoso. A seguir, você confere qual remédio não pode tomar com dengue e quais as alternativas nesse caso. Entre os remédios contraindicados para dengue, estão os anti-inflamatórios Em casos da doença, não é indicado o uso de medicamentos que contenham ácido acetilsalicílico (AAS), como a aspirina. Alguns outros exemplos de remédios para não tomar com sintomas de dengue são ibuprofeno e diclofenaco, cetoprofeno e dexametasona. A dengue pode causar febre alta, dores no corpo e, em casos mais graves, levar à queda das plaquetas. Conforme estudo publicado no International Journal of Infectious Diseases, os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) são contraindicados porque interferem na produção de prostaglandinas, substâncias que têm diversas funções no organismo, como a proteção da mucosa do estômago e a regulação das plaquetas. Portanto, ao inibir a produção desses componentes, estes medicamentos aumentam o risco de sangramento, já que o organismo reduz a capacidade de formar coágulos. Assim, esse efeito pode piorar a queda de plaquetas, o que já acontece naturalmente em casos de dengue, e aumentar o risco de hemorragias. Além disso, os anti-inflamatórios podem aumentar a acidez do sangue. Na dengue, corticoides podem prejudicar a resposta do sistema imunológico Os corticoides, como a prednisona, também são anti-inflamatórios potentes, e atuam suprimindo principalmente o sistema imunológico. Na dengue, o sistema imunológico já está comprometido pela infecção viral, e a supressão adicional causada pelos corticoides pode prejudicar a resposta do organismo à infecção e aumentar o risco de complicações. Conforme estudo publicado na The Cochrane Database of Systematic Reviews, ao usar corticoides, o maior risco está em transformar um caso de dengue leve em algo severo, com risco de morte. Além disso, os corticoides podem afetar células sanguíneas, incluindo as plaquetas, agravando ainda mais a sua diminuição, algo que já é característico de um quadro de dengue. Antes de buscar o que tomar para dengue, observe os sintomas e procure a emergência médica O cuidado ao se automedicar é ainda mais importante, porque nem sempre é fácil diagnosticar a dengue. Inclusive, o número de casos de dengue cresceu ao redor do mundo nos últimos anos. Só para exemplificar, a OMS computou um crescimento de 505.430 casos em 2000 para 5,2 milhões em 2019. Além disso, a grande maioria dos casos é assintomática ou apresenta sintomas leves. Devido a isso e aos diagnósticos errados, que acontecem ao confundir a dengue com outras doenças, o número absoluto pode ser ainda maior. Portanto, antes de tomar qualquer medicamento para dengue, principalmente anti-inflamatórios, procure um médico se você tiver sintomas como: Febre alta (acima de 38,5 °C); Dor de cabeça intensa; Dor muscular e nas articulações; Dor ao movimentar os olhos; Mal-estar; Falta de apetite; Manchas vermelhas na pele. Pode tomar dipirona com dengue? E paracetamol? Os dois remédios mais indicados para tomar em casos de sintomas da dengue são dipirona e paracetamol. Isso porque, eles agem ativamente nos sintomas que causam incômodo, como febre e mal-estar, sem afetar a coagulação ou a resposta imunológica. Além desses, outros medicamentos complementares que podem ajudar no tratamento são antialérgicos, como a loratadina. Claro, sempre com indicação médica. A boa notícia é que existem estudos que demonstram avanços recentes no desenvolvimento de remédios para dengue: são antivirais que podem reduzir a replicação do vírus, além de medicamentos direcionados a enfraquecer o hospedeiro e reduzir a inflamação. Essas informações são de um estudo publicado pela Duke-National University of Singapore Medical School. Não há tratamento específico para a dengue, além de repouso e hidratação A melhora da dengue envolve o tratamento dos seus principais sintomas e, principalmente, repouso, para o corpo conseguir se recuperar da doença. Além disso, como a desidratação é uma das principais complicações da dengue, dê uma atenção ainda maior à ingestão de líquidos, já que a perda de água através do suor e vômitos pode levar a um desequilíbrio no corpo. Por fim, procure uma alimentação leve e rica em nutrientes, que forneça as vitaminas que o seu organismo precisa nesse momento. E muita atenção: evite tomar medicamentos para dengue por conta própria, pois, como vimos, alguns podem agravar a doença. Em caso de sintomas mais graves, como vômitos, sangramento, manchas vermelhas intensas e dificuldade para respirar, procure um médico para investigar a possibilidade de dengue hemorrágica. É importante não ignorar os sintomas, já que eles podem evoluir rapidamente.

Onde é a dor nos rins e quais são os sintomas de uma infecção no local?

Você sabe identificar onde é a dor nos rins e quais são os sintomas de uma infecção no trato urinário? Isso é importante, já que esse é um problema comum: de acordo com uma pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), cerca de sete milhões de pessoas no Brasil são afetadas por infecção do trato urinário (ITU) anualmente. Além da dor, as infecções que afetam os rins e os órgãos próximos a eles podem manifestar outros sintomas e evoluir para casos graves com rapidez. Para explicar com exatidão onde é a dor nos rins, quais os sintomas e como evitar esse problema, conversamos com o nefrologista Dr. Filipe Krüger. Dor nos rins pode aparecer na região lombar Apesar de ser bastante comum associar a dor nas costas a um quadro renal, o médico explica que “A maioria dos pacientes que apresentam dores nas costas não tem nenhum problema nefrológico”. Isso porque, diferentemente da concepção comum, os rins não costumam gerar dor, exceto em três principais condições clínicas. A primeira é a infecção do trato urinário, que sem sombra de dúvidas é a principal causa de dor nas costas associada a causas renais. Além disso, esse quadro está relacionado a sintomas como ardência urinária, necessidade frequente de urinar e, em casos mais severos, febre e indisposição. O segundo motivo que pode causar dor nos rins é o cálculo renal, caracterizada por dor lombar forte intensidade, de início repentino, que pode ser localizada no abdômen, flanco, virilha ou costas. Nesse caso, Filipe conta que “A dor nos rins pode iniciar de forma intermitente e tornar-se constante à medida que o cálculo se move pelo trato urinário”. Outros sintomas comuns incluem hematúria (sangue na urina), oligúria (diminuição do volume urinário), urina turva ou com odor forte, náuseas e vômitos. Por fim, é comum sentir dor nos rins causada por obstrução renal, que pode ter diferentes motivos, mas tal obstrução pode gerar uma dilatação no órgão. Por isso, é comum sentir dor associada à região lombar. Sintomas de infecção nos rins, além da dor na região É muito comum associar a infecção urinária a um órgão específico, como a bexiga, por exemplo. Entretanto, o quadro pode se manifestar de diversas formas. “A infecção urinária abrange desde a famosa cistite (infecção da bexiga) até o acometimento específico do rim, que chamamos pielonefrite”, explica o médico. A cistite, uma das formas mais comuns da doença, é caracterizada por sintomas como ardência ao urinar, aumento da vontade de urinar mesmo se eliminar uma quantidade adequada de urina, urina mais turva e com cheiro forte. Já a pielonefrite, que é a infecção específica dos rins, pode ou não ter os sintomas da cistite, além de cursar com dor lombar, febre e indisposição. Ainda, segundo o médico, esse é, de modo geral, um quadro mais grave. Por isso, é preciso ter atenção redobrada aos seus sinais. Nem sempre a dor na lombar é sintoma de uma infecção nos rins Como falamos, a dor na região lombar pode ser o sintoma de uma infecção ou cálculo renal, mas existem outras causas que podem gerar o incômodo nessa região e não têm relação com o trato urinário. Dentre as causas não renais, o nefrologista diz que “É importante destacar as dores de origem osteomusculares ou infecciosas não renais, como, por exemplo: hérnia de disco, lesão muscular, artrose, fibromialgia, osteomielite (infecção da coluna), entre outros.” Ainda, o Dr. Filipe relata que a insuficiência renal crônica não costuma causar dores renais. Nessas condições, o rim atrofia (diminui de tamanho), o que não gera esse incômodo. Outros sintomas, no entanto, também merecem atenção. Caso “O paciente apresente febre, náuseas associadas à dor lombar, alteração na cor da urina, precisa procurar imediatamente o atendimento médico”. Assim, é indicada a realização de exames de sangue e urina, por vezes também um exame de imagem para avaliação. Assim, pode-se iniciar o tratamento imediato da infecção, caso seja confirmada por meio da avaliação médica. O que causa problemas nos rins? Existem diversos fatores comportamentais que podem impactar diretamente no aumento do risco das infecções urinárias e da dor nos rins. Em geral, Filipe destaca que “a baixa ingestão de água é um dos principais fatores que aumenta o risco de infecção urinária”. Além disso, a retenção urinária voluntária, ou seja, “prender o xixi” por longos períodos, é um fator de risco significativo. Ele ressalta que a higiene pessoal também tem um impacto importante. Um exemplo é limpar-se de trás para frente após a evacuação, o que aumenta a chance de ter infecção. Ainda, vale citar que o consumo de bebidas alcoólicas e cafeína podem impactar nesse aspecto. Inclusive, o excesso dessas substâncias é associado a outros problemas, como a incontinência urinária em mulheres, segundo um estudo publicado pela Revista da Escola de Enfermagem da USP. Portanto, o nefrologista explica que os cuidados para evitar a dor nos rins e uma possível infecção são justamente controlar esses fatores de risco. “Cuide do seu rim! Não espere sentir sintomas para fazer um check up renal. Lembre-se: prevenir é sempre a melhor opção”, aconselha.

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