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Obesidade

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A obesidade é uma doença com componente genético?

Comer sem controle, sem uma educação alimentar, e não praticar exercícios físicos, são as principais causas para uma pessoa vir a sofrer com a obesidade, certo? No entanto, há outro motivo, nem tão conhecido do grande público, que pode desencadear a doença: o fator genético. Sim, os pais podem influenciar no futuro da criança e isso já é comprovado cientificamente. Chance de criança obesa pode ser alta Estudos feitos por especialistas em obesidade apontam que em 80% dos casos de pais que estão acima do peso, os filhos também se tornam obesos. Estas pesquisas analisaram até crianças que foram adotadas e ficaram com pesos mais parecidos com os dos pais biológicos do que com os dos pais adotivos. Independentemente dos hábitos alimentares diferentes, pôde ser observado que as crianças herdaram este componente genético: “Engordar ou emagrecer não é mera questão de vontade e hábitos, as mutações genéticas podem contribuir em até 70% dos casos de ganho de peso”, diz o endocrinologista Rogerio Alvarenga. Tudo começa já na gestação Já que a herança genética está presente, a gravidez é um momento-chave para o futuro das crianças. O excesso de peso da mãe pode influenciar no metabolismo do feto. Engordar durante a gestação ajuda no desenvolvimento do tecido adiposo (gordura) no primeiro ano de vida da criança. Alvarenga, no entanto, pede cautela às futuras mães: “Estudos alertam para o controle de peso antes e durante a gravidez. Mas a futura mamãe não precisa adotar dietas extremas, já que isso faria mal a ela e ao bebê. Consultar o médico e seguir um cardápio balanceado são passos fundamentais para que mãe e filho estejam sempre saudáveis”. Números da obesidade preocupam no Brasil O cuidado na gestação deve ser levado em consideração, já pensando no futuro da criança. Segundo números divulgados pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), a obesidade vem crescendo no Brasil. Além de 50% da população nacional está acima do peso, 15% das crianças também se encontram nesta preocupante faixa.

Cirurgia bariátrica: conheça os riscos associados ao procedimento que vem sendo banalizado

Reduzir o estômago é seguro? Todo mundo que sofre com obesidade pode realizar a cirurgia? São perguntas como essas que são feitas diversas vezes por pessoas que estão muito acima do peso e buscam uma solução para “não brigar” mais com a balança e ter finalmente uma vida saudável. Saiba mais sobre este procedimento cirúrgico, que vem cada vez mais sendo utilizado no Brasil – houve um aumento de 45% nas cirurgias realizadas pelo SUS de 2010 para 2013, segundo números do Ministério da Saúde. Quem pode fazer a cirurgia? A cirurgia bariátrica não é uma operação simples e não são todos os casos de obesidade que são propícios para a intervenção. Cada paciente tem o caso analisado de forma individual, conta a nutricionista Tatiana Vizani: “A avaliação deve ser individual. A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza obesos com IMC acima de 35kg/m2 associado a uma outra complicação como: hipertensão arterial,  diabetes, nível elevado de gordura no sangue ou obesos acima de 40 kg/m2 que não tenham obtido sucesso em outros tratamentos”. IMC significa Índice de Massa Corporal e é uma medida utilizada para medir a obesidade. O cálculo do IMC é feito dividindo o peso, em quilogramas, pela altura, em metros, ao quadrado (Xkg/Ym²). Quais são os riscos? Os pacientes que aceitarem fazer a cirurgia precisam conhecer bastante os riscos e os benefícios da mesma. A orientação e os exames antes e depois da operação são fundamentais no processo: “Qualquer intervenção cirúrgica é de risco, os pacientes devem fazer exames laboratorial e clínico, devem ser avaliados por uma equipe multidisciplinar no pré e pós-operatório”, destaca Tatiana. Até a data da cirurgia, o paciente tem que estar com todos os exames em dia e ter sido atendido por nutricionista e psicólogo. Feito isso, há a liberação para a operação de redução do estômago. Estudar o profissional responsável para cirurgia é fundamental para evitar complicações e até a morte. Dieta passo a passo após a cirurgia Uma vez feita a cirurgia, a dieta que vem pela frente é radical e delicada até que tudo se normalize. Tudo isso para o paciente se adaptar às recentes mudanças realizadas no sistema digestivo. E é neste momento que entra o papel importante dos nutricionistas no acompanhamento passo a passo dos operados: “A dieta deve ser evoluída gradualmente e de acordo com a individualidade de cada paciente. Ela se inicia com uma dieta líquida com pequeno volume, evolui para uma dieta pastosa, onde inclui cremes, mingau, purês doces e salgados também em pequenas quantidades. Após uma dieta branda, chega a hora de uma fase de transição com alimentos macios até finalmente uma dieta regular”, relata a especialista. Devido à mudança drástica no comportamento alimentar, o acompanhamento nutricional é indispensável em todas as fases citadas acima para garantir uma adequação dos nutrientes, calorias e uma boa recuperação no pós-operatório.

Relação entre obesidade e maior mortalidade por coronavírus

A obesidade é uma grande epidemia mundial e afeta pessoas de todas as idades e de todos os grupos sociais nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, atingindo 650 milhões em todo o mundo. Só no Brasil, de acordo com dados da pesquisa do Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico) publicada em 2019, mais da metade da população tem sobrepeso e obesidade, atingindo um a cada cinco brasileiros. Segundo o Ministério da Saúde, a obesidade é um fator de risco para o desenvolvimento, ao longo da vida, de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares. Já se sabe que ser portador destas patologias traz maior suscetibilidade de risco de mortalidade pelo novo coronavírus. Isso significa dizer que a infecção por COVID-19 apresentou, nestes pacientes, um desdobramento mais rápido e mais grave para a síndrome do desconforto respiratório agudo, insuficiência respiratória aguda e outras complicações. Ademais, por meio de estudos, descobriu-se que além da idade avançada e das condições crônicas de saúde, a obesidade tem sido um fator de risco para a piora do quadro clínico. Tanto que, em um estudo com quase 17 mil pacientes hospitalares infectados, no Reino Unido, aqueles que eram obesos – com um índice de massa corporal (IMC)* superior a 30 – tiveram um risco 33% maior de morrer do que aqueles que não eram obesos. Um outro estudo, realizado na China, analisou 112 pacientes com sobrepeso e obesidade e identificou uma prevalência de óbito cinco vezes maior nestas pessoas, em comparação com os pacientes que sobreviveram. Entretanto, quando a pandemia atingiu o Hospital Johns Hopkins no final de março de 2020, pacientes mais jovens começaram a ser admitidos nas UTIs. Com isso, observou-se uma tendência de maior mortalidade de pessoas jovens com um índice de massa corporal (IMC) considerado acima do saudável, mesmo sem serem portadoras de outras doenças crônicas. Deste modo, a obesidade de forma independente tem sido considerada um forte preditor para alta mortalidade, mesmo em pessoas abaixo de 60 anos. Não sabemos exatamente qual é o papel da obesidade na gravidade dos sintomas da COVID-19. Contudo, é provável que os mecanismos sejam multifacetados, principalmente porque a própria obesidade é o resultado de uma interação complexa entre fatores genéticos, hormonais, comportamentais, sociais e ambientais. A obesidade pode ter um impacto significativo na função pulmonar, visto que o excesso de peso ao redor do abdômen pode comprimir o tórax, dificultando a movimentação do diafragma e a expansão dos pulmões e, consequentemente, a entrada de ar. Isso pode contribuir para níveis mais baixos de oxigênio no sangue, o que pode exacerbar os sintomas do coronavírus. Além disso, a obesidade é uma doença que resulta em um estado crônico de inflamação. Portanto, é provável que este aspecto prejudique a resposta imune do organismo, fato que poderia potencialmente tornar mais difícil para o organismo combater o coronavírus. Como é possível notar, os desafios no atendimento a pacientes com obesidade grave são relevantes. Por exemplo, é mais difícil intubar ou realizar imagens como raios X e tomografias computadorizadas em pacientes obesos. Medidas de cuidado e prevenção   Longe de estigmatizar pessoas que sofrem com um problema tão complexo como se configura o excesso de peso, deixamos aqui um alerta para que possam redobrar a atenção de prevenção ao novo coronavírus e repensarem hábitos praticados. Mais uma vez, o cuidado com a alimentação adequada e saudável se faz necessário. Evitar alimentos ultraprocessados e açúcares já é um bom começo e auxilia tanto a prevenir a hipertensão, diabetes e obesidade, quanto a atenuar os casos já existentes. Apesar das limitações de espaço, também é tempo de improvisar e colocar a criatividade em ação para que seu corpo não fique parado. Invista em atividades que podem ser feitas no dia a dia, como subir escadas e realizar tarefas domésticas. Evite também o comportamento sedentário, principalmente durante o período de home office ou o excesso na frente da televisão. Busque levantar com frequência e realizar alongamentos ao longo do dia. Assim como ocorre com os idosos, caso você tenha obesidade, redobre os cuidados de higiene.    *O critério utilizado para avaliar e classificar o estado nutricional de uma pessoa é o índice de massa corporal (IMC), de acordo com as recomendações da OMS. Esse índice é estimado entre a relação peso e altura. Sendo assim, a fórmula para o cálculo do IMC é: peso (em kg) dividido pela altura² (em metros). Ainda dentro desses parâmetros, uma pessoa é classificada com excesso de peso quando o IMC é igual ou superior a 25 kg/m² e classificada com obesidade quando o IMC é igual ou superior a 30 kg/m².    Referências Bibliográficas: Azizi, G. G., Orsini, M., Júnior, S. D. D., & de Albuquerque Cerbino, S. (2020). Obesity and exercise immunology: implication in times of COVID-19 pandemic. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício, 19(2), 35-39. Ministério da Saúde. Por que a obesidade é um fator de risco para pessoas com Coronavírus? Acessado em 24.05. Disponível em: https://saudebrasil.saude.gov.br/ter-peso-saudavel/por-que-a-obesidade-e-um-fator-de-risco-para-pessoas-com-coronavirus Docherty AB, Harrison EM, Green CA, et al. Features of 16,749 hospitalised UK patients with COVID-19 using the ISARIC WHO Clinical Characterisation Protocol. medRxiv; 2020. DOI: 10.1101/2020.04.23.20076042. Kass DA, Duggal P, Cingolani O. Obesity could shift severe COVID-19 disease to younger ages. Lancet. 2020;395(10236):1544‐1545. doi:10.1016/S0140-6736(20)31024-2  Petrilli CM, Jones SA, Yang J, et al. Factors associated with hospitalization and critical illness among 4,103 patients with COVID-19 disease in New York City. medRxiv. 2020. Doi:2020.2004.2008.20057794 D Peng Y, K Meng, Q Guan H, et al. [Clinical characteristics and outcomes of 112 cardiovascular disease patients infected by 2019-nCoV].Zhonghua Xin Xue Guan Bing Za Zhi, 48 (0) (2020), p. E004, 10.3760/cma.j.cn112148-20200220-00105

A obesidade é uma doença com componente genético?

Comer sem controle, sem uma educação alimentar, e não praticar exercícios físicos, são as principais causas para uma pessoa vir a sofrer com a obesidade, certo? No entanto, há outro motivo, nem tão conhecido do grande público, que pode desencadear a doença: o fator genético. Sim, os pais podem influenciar no futuro da criança e isso já é comprovado cientificamente. Chance de criança obesa pode ser alta Estudos feitos por especialistas em obesidade apontam que em 80% dos casos de pais que estão acima do peso, os filhos também se tornam obesos. Estas pesquisas analisaram até crianças que foram adotadas e ficaram com pesos mais parecidos com os dos pais biológicos do que com os dos pais adotivos. Independentemente dos hábitos alimentares diferentes, pôde ser observado que as crianças herdaram este componente genético: “Engordar ou emagrecer não é mera questão de vontade e hábitos, as mutações genéticas podem contribuir em até 70% dos casos de ganho de peso”, diz o endocrinologista Rogerio Alvarenga. Tudo começa já na gestação Já que a herança genética está presente, a gravidez é um momento-chave para o futuro das crianças. O excesso de peso da mãe pode influenciar no metabolismo do feto. Engordar durante a gestação ajuda no desenvolvimento do tecido adiposo (gordura) no primeiro ano de vida da criança. Alvarenga, no entanto, pede cautela às futuras mães: “Estudos alertam para o controle de peso antes e durante a gravidez. Mas a futura mamãe não precisa adotar dietas extremas, já que isso faria mal a ela e ao bebê. Consultar o médico e seguir um cardápio balanceado são passos fundamentais para que mãe e filho estejam sempre saudáveis”. Números da obesidade preocupam no Brasil O cuidado na gestação deve ser levado em consideração, já pensando no futuro da criança. Segundo números divulgados pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), a obesidade vem crescendo no Brasil. Além de 50% da população nacional está acima do peso, 15% das crianças também se encontram nesta preocupante faixa.

Esteira ou bicicleta: Qual desses exercícios é mais indicado para auxiliar na redução de medidas?

Ser fisicamente ativo é um fator muito importante na busca de uma melhor qualidade de vida. Os exercícios promovem, por exemplo, a perda de peso, fundamental para prevenir problemas cardiovasculares, metabólicos e ósseos. Duas das atividades mais indicadas por especialistas para ajudar a emagrecer são a esteira e a bicicleta, mas será que alguma delas consegue ser mais eficaz na queima de calorias e redução de medidas? Utilizar a esteira para correr pode queimar mais calorias que a bicicleta De acordo com o médico do exercício e do esporte João Felipe Franca, tanto a esteira quanto a bicicleta têm vantagens e desvantagens e a escolha dependerá da disponibilidade, viabilidade e do gosto por cada uma das atividades. “O mais indicado para emagrecer são exercícios de maior duração e menor intensidade inicialmente, com assiduidade na maioria dos dias da semana em uma atividade que seja prazerosa, viável e com baixo risco de lesão”, explica o especialista. Caminhar e correr na esteira podem proporcionar maior gasto energético que a bicicleta. Por outro lado, há maior chance de lesões por causa dos impactos nas articulações. “Correr requer técnica adequada para reduzir o risco de lesão e a corrida pode ser intensa demais para os iniciantes e para aqueles que sempre foram sedentários. Caminhar pode ser mais natural e viável, pois apenas um bom calçado esportivo é necessário”, pondera o médico. Bicicleta gera poucos impactos na saúde das articulações Pedalar requer, além da bicicleta, equipamentos de proteção e locais apropriados para a prática. Entretanto, produz menos impactos nas articulações e também tem menor intensidade, favorecendo a aderência à rotina de exercícios, principalmente na fase inicial. É preciso lembrar que utilizar tanto a esteira quanto a bicicleta em ambientes fechados e climatizados também ajuda na aderência, já que o clima não se torna uma desculpa para deixar de realizar a atividade. O emagrecimento não é a única forma com que essas atividades conseguem proteger a saúde do corpo. “A prática regular traz inúmeros benefícios já comprovados, como melhor controle do colesterol, do diabetes, da hipertensão arterial, da melhora do humor, do sono e do bem-estar físico e mental e menor risco de desenvolver alguns tipos de câncer”, afirma o profissional. Doutor Franca diz ainda que ser sedentário pode ser tão ou mais perigoso que fumar compulsivamente e aumenta o risco de morte em até cinco vezes. Foto: Shutterstock

Açúcar ou adoçante? O que usar no café para ajudar a emagrecer?

Muitas pessoas não abrem mão de uma ou mais xícaras de café por dia, seja pelo sabor, para dar disposição ou para as duas coisas. Para dar gosto à bebida, a escolha geralmente fica entre duas opções: açúcar e adoçante. Quer saber qual é a melhor opção? Pensando somente no valor calórico, a resposta é o adoçante.    Adoçante é indicado para quem quer emagrecer “Em termos apenas calóricos, o adoçante é a opção mais indicada para quem deseja emagrecer. Porém, é importante ter em mente que os adoçantes não devem ser utilizados indiscriminadamente, como acontece com bastante frequência hoje em dia”, orienta a nutricionista Ana Paula Moura. Segundo a especialista, os adoçantes recomendados para consumo atualmente são a base de stevia, xilitol ou eritritol, mas a prática clínica mostra que poucas pessoas têm esta informação e ainda utilizam adoçantes prejudiciais à saúde (o que acontece, especialmente, quando o produto é usado por longos períodos e em grande quantidade). Açúcar pode ser melhor do que o adoçante para a saúde Por outro lado, se não for levado apenas o valor calórico em consideração, mas também a importância em consumir um alimento menos nocivo à saúde, a resposta para a oposição entre açúcar e adoçante tende para o açúcar. “O açúcar de melhor qualidade, como o demerara, de coco ou até o mascavo, são opções melhores para a saúde”, aponta a profissional. Não usar nada para adoçar o café Outra opção, além do açúcar e do adoçante, é não utilizar nada para adoçar. Existem estudos mostrando que o sabor doce do adoçante pode levar a estímulos ao cérebro e desencadear a produção de uma cascata de hormônios prejudiciais no tratamento da perda de peso. “O uso destes métodos de adoçar só é indicado quando o indivíduo utiliza pouco café durante o dia (1 a 2 xícaras pequenas/dia)”, lembra Ana Paula. A diminuição gradativa do uso do adoçante ou açúcar é uma ótima técnica para chegar ao “padrão ouro”, que é não adoçar. Adapta-se aos poucos as papilas gustativas com um novo sabor, que com o tempo passa a ser prazeroso. “Colocar canela no café (uma colher de chá rasa) pode ajudar na adaptação e não tem nada de prejudicial ao corpo”, recomenda. Foto: Shutterstock

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