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Hipertensão

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Hipertensão: Quais são as principais fontes de sódio na alimentação do brasileiro?

Um dos pilares do tratamento da hipertensão é o consumo adequado de sódio, elemento que ajuda a formar o sal de cozinha. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a ingestão diária deste mineral não ultrapasse 2 gramas – ou 5g de sal de cozinha -, mas estudos indicam que o brasileiro chega a consumir duas vezes mais. Afinal, de onde vem toda essa quantidade? Quais são as maiores fontes de sódio na nossa alimentação? Tempero das comidas está entre as principais fontes de sódio  “Para a população brasileira, em média, a principal porção ingerida de sódio vem mesmo das comidas temperadas em casa, do saleiro da mesa ou da comida de restaurantes. Porém, estamos mudando nosso padrão alimentar e cada vez mais o brasileiro copia o modelo dietético de outros países, aumentando o consumo de enlatados”, afirma o cardiologista Francisco Flávio Costa Filho. De acordo com o médico, os enlatados e outros tipos de produtos processados concentram cerca de 75% do sódio ingerido na alimentação dos norte-americanos. São hábitos de consumo que vêm crescendo por aqui: “Como exemplo, citaríamos o queijo, o pão francês, a mortadela, a salsicha, a carne de lata, o macarrão instantâneo, a pipoca de micro-ondas e a azeitona”. Como diminuir o consumo de sódio na alimentação? Para evitar que o excesso desse mineral faça mal à saúde, prejudicando o controle da hipertensão, por exemplo, é preciso reduzir a presença dessas fontes de sódio na alimentação. Para isso, o especialista recomenda ler os rótulos dos produtos comprados nos mercados para não se confundir: “Nos rótulos, os fabricantes descrevem a quantidade de sódio em miligramas. 1 sachê com 1000mg de cloreto de sódio tem aproximadamente 1g de sal de cozinha e em 1g de sal de cozinha há 387mg de sódio”.  Outra dica do Dr. Costa Filho é retirar o saleiro da mesa e dar preferência aos alimentos naturais, que podem ser preparados em casa e cuja quantidade de sal pode ser controlada. No entanto, o cardiologista faz um alerta: “Uma dieta sem nada de sal também é maléfica para o organismo. Converse com um nutricionista. Ele é o profissional mais gabaritado para nos orientar sobre a quantidade adequada de sódio”.  Foto: Shutterstock

O que é uma crise hipertensiva? Causas, sintomas e tratamento

A crise hipertensiva é a elevação repentina da pressão arterial. É classificada em urgência e emergência hipertensiva, sendo a emergência mais grave e mais associada a sintomas. Ocorre em pacientes que já receberam o diagnóstico de hipertensão e cujo tratamento não está adequado ou naqueles que ainda não sabiam da doença e que, portanto, não faziam uso de medicações e de outras medidas para controlá-la. Dados do Ministério da Saúde mostram que a hipertensão é uma doença muito comum, que atinge 24,3% da população adulta do Brasil, com índices mais altos em algumas capitais, como Rio de Janeiro (29,7%) e Maceió (26,7%). Crise hipertensiva causa dor no peito, falta de ar e convulsões O aumento repentino da pressão arterial está relacionado a uma elevação inadequada dos níveis de substâncias que contraem os vasos sanguíneos, provocando uma alteração na resistência que o sangue encontra ao circular pelo organismo. “Esse mecanismo gera lesão na camada da artéria, com consequente perda no mecanismo de autorregulação do corpo e, assim, acometimento dos órgãos-alvos”, explica a cardiologista Bruna Baptistini. “Devido à pressão arterial muito elevada e de rápida instalação, geralmente, os pacientes apresentam sinais e sintomas relacionados a lesões de órgãos-alvos, como olhos, coração, cérebro e rins. Os sintomas mais comuns são cefaleia intensa, dor forte no peito e na nuca, tontura, convulsões, falta de ar e escurecimento visual”, continua a especialista. Crises hipertensivas podem ser evitadas com tratamento correto da pressão alta Pacientes que têm crise hipertensiva estão expostos a um maior risco futuro de eventos cardiovasculares quando comparados com hipertensos que não a apresentam. Caso surja algum sintoma, é importante procurar auxílio médico rapidamente. No entanto, em situações em que os sintomas são muito fortes, o paciente deve chamar pelo socorro para ser encaminhado ao atendimento de emergência. Para evitar as crises hipertensivas, é essencial manter a pressão controlada com medicações anti-hipertensivas, associadas a medidas comportamentais. “O sucesso do tratamento e das crises depende da adesão ao tratamento prescrito pelo médico e da mudança comportamental. É preciso controlar o peso, ter dieta com baixo teor de gordura e com restrição de sal, fazer atividade física pelo menos cinco vezes na semana durante 30 minutos, cessar o tabagismo e a ingestão de bebidas alcoólicas”, recomenda Bruna. Foto: Shutterstock Dados do Ministério da Saúde: http://www.brasil.gov.br/noticias/saude/2013/11/hipertensao-atinge-24-3-da-populacao-adulta/pressao-arterial-dados-ms.jpg/view

Existem diferentes tipos de infarto?

Um infarto ocorre quando o músculo do coração não recebe a quantidade necessária de sangue oxigenado, em função de uma obstrução na artéria coronária, que é o vaso responsável por fazer esse transporte até o músculo cardíaco. Esse processo pode acontecer de formas distintas, dependendo do nível de bloqueio da artéria coronária. O cardiologista Rafael Santos explica quais são os diferentes tipos de infarto.  Conheça os diferentes tipos de infarto O ataque cardíaco é normalmente dividido em dois tipos: quando acontece com obstrução total da artéria coronária e quando o bloqueio é apenas parcial. De acordo com o cardiologista, o infarto pode ser entendido sem a divisão em tipos. “Na verdade, eu não costumo falar em tipos de infarto, mas sim em causas e graus de acometimento”. Ele explica que os graus de acometimento do infarto variam quanto à artéria que foi afetada e em que local ela sofreu o bloqueio: “Dependendo desses fatores, pode haver dano a uma área extensa do músculo ou apenas a um determinado segmento dele”. Em relação às causas, ele destaca a doença aterosclerótica coronariana (placas de gordura), mas doenças crônicas, como a hipertensão, também desempenham um papel nesse sentido. Conheça os fatores de risco e as causas de um infarto “Apesar da principal causa do infarto do miocárdio ser a doença aterosclerótica coronariana, o episódio também pode ocorrer por outros motivos, como dissecção coronariana, embolia coronariana por uma endocardite infecciosa (infecção no coração), trombo no átrio esquerdo, anomalia congênita das artérias coronárias, dentre outros”, afirma. Vale citar também os fatores de risco para a ocorrência do infarto e a importância de evitá-los para que o episódio não venha a acontecer. A predisposição genética não pode ser controlada, mas vários outros fatores podem ser contidos, como os hábitos não saudáveis. Abandonar o cigarro, comidas gordurosas e com muito colesterol, obesidade, estresse e alcoolismo e tratar doenças como diabetes e hipertensão são medidas fundamentais nesse sentido.   Foto: Shutterstock

A hipertensão pode afetar outros órgãos além do coração?

A pressão alta ou hipertensão é uma doença crônica (sem cura) que atinge um grande número de pessoas ao redor do mundo. O quadro é frequentemente associado a doenças cardíacas, mas também pode atingir outros órgãos além do coração. Tais complicações reforçam ainda mais a importância de adotar o tratamento adequado para controle do quadro.  Complicações da hipertensão “A hipertensão arterial sistêmica pode afetar outros órgãos além do coração. A doença costuma afetar os vasos sanguíneos, o que enrijece a parede das artérias; afeta também o coração, fazendo com que ele trabalhe em sobrecarga e hipertrofia-se; o cérebro, podendo haver rompimento das artérias cerebrais; os rins, danificando os glomérulos, que são capilares onda há a filtração do sangue; os olhos, danificando a irrigação da retina; dentre outros”, informa o cardiologista Gabriel Dotta.  Para evitar essas complicações e controlar o quadro de pressão alta em si, é fundamental que o paciente adote o tratamento adequado o mais cedo possível. Quanto mais cedo o diagnóstico for feito e o tratamento iniciado, maiores as chances de controle e recuperação. Porém, a hipertensão muitas vezes cursa sem sintomas, o que dificulta o diagnóstico e tratamento precoces. Consultas cardiológicas regulares ajudam nesse sentido. Principais medidas de tratamento  O tratamento da hipertensão consiste na associação de algumas medidas. Primeiramente, é importante que o paciente adote hábitos saudáveis de vida, conforme exposto no portal do Ministério da Saúde. É sugerido manter um peso adequado, mudando hábitos alimentares, se necessário; não abusar no consumo de sal; praticar atividade física regularmente; abandonar o cigarro; moderar o consumo de bebida alcoólica; etc. Vale ressaltar que esses cuidados são indicados tanto para pacientes já diagnosticados com a doença, quanto para indivíduos que desejam prevenir o problema. Além da abordagem que atua nos fatores de risco controláveis, deve-se apostar no tratamento com uso de medicamentos específicos. O uso destes remédios deve ser diário e constante para que o quadro se mantenha controlado.   Dados do Ministério da Saúde: https://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/2080-hipertensao Foto: Shutterstock

É verdade que o infarto é mais perigoso nos jovens?

Quando um jovem morre em decorrência de um infarto, a notícia causa surpresa em muitas pessoas. E não é à toa: a maior parte dos casos de infarto acontece em idosos. No entanto, essa proporção tem mudado ao longo das últimas décadas, o que preocupa as autoridades de saúde, já que essa complicação cardiovascular costuma ser mais perigosa nos jovens.  Idoso está mais preparado para sobreviver a esse problema “Ao longo da vida, novos vasos no coração são criados e novas conexões são feitas. O coração do jovem tem poucas conexões e são poucas as artérias responsáveis pela irrigação de grande quantidade de músculo cardíaco. Quando uma destas artérias é obstruída, boa parcela desse músculo morre, provocando falência cardíaca, devido a um infarto de grande extensão e repercussão“, afirma a cardiologista Ana Catarina de Medeiros Periotto.  No coração do idoso, segundo a médica, existem as mesmas artérias, mas também há muitas outras colaterais que se formaram ao longo dos anos. “Então, quando uma artéria é obstruída, há uma maior possibilidade de se manter a irrigação do músculo cardíaco sem gerar grande comprometimento. Por isso, a extensão do infarto tende a ser menor nos idosos”, completa a especialista. Como jovens podem evitar um infarto? As mudanças no estilo de vida vistas nos últimos anos, com rotinas cada vez mais corridas e estressantes, somadas à má alimentação e ao sedentarismo, têm provocado um aumento no número de infartos na faixa entre os 18 e os 39 anos de idade. “O caso mais precoce que já tratei foi de um jovem de 22 anos. Esses casos eram raros há 20 anos, mas infelizmente estão ficando mais frequentes”, lamenta a cardiologista.  Para mudar essa situação, é fundamental procurar viver de forma saudável. Praticar exercícios físicos regularmente, evitar refeições gordurosas e com excesso de sal, não fumar, não beber, controlar o estresse e consultar periodicamente um cardiologista são algumas das medidas necessárias para ter uma boa saúde cardiovascular e, assim, evitar um infarto.  Foto: Shutterstock

Obesidade e hipertensão: A perda de peso pode ajudar a reduzir a pressão?

O acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como acidente vascular encefálico ou simplesmente derrame cerebral, ocorre quando os vasos que levam sangue até o cérebro se rompem ou entopem. Sem a quantidade de sangue necessária, a área cerebral acaba sendo paralisada e por isso o resultado acaba sendo, em muitos casos, a morte ou a formação de sequelas. Fatores que influenciam o desenvolvimento de um AVC O acidente normalmente é resultado da falta de controle de quadros como hipertensão arterial, diabetes, e colesterol alto. Por isso, para reduzir as chances de um derrame, é importante adotar um estilo de vida saudável, com dieta balanceada, evitando também o consumo de álcool e cigarros. Contudo, nem todos os fatores que contribuem para o desenvolvimento de um AVC são controláveis. “Existem outros motivadores que são imutáveis, como idade avançada, o fato dos derrames serem mais comuns em homens negros e hereditariedade”, exemplifica o neurologista Custódio Michailowsky. Ou seja, aqueles que são mais propensos podem sofrer um AVC mesmo sendo bastante cuidadosos com a saúde. No entanto, isso não significa que devem largar os bons hábitos, pelo contrário, já que os comportamentos prejudiciais vão apenas aumentar as chances do paciente. Quais são os sinais do AVC? Dentre todos esses quadros que aumentam os riscos de AVC, a pressão alta é a que mais acarreta em casos de derrame. Como a hipertensão arterial é considerada silenciosa, pelo fato de quase não apresentar sintomas na fase moderada, muitas pessoas podem estar com níveis de pressão altos, mesmo sem saber. Mesmo assim, existem sinais que indicam a ocorrência do acidente vascular e que podem ser muito úteis em momentos críticos. “Os sintomas do AVC são geralmente de instalação súbita e são eles: dormência ou parestesias​, fraqueza ou paresias em metade do corpo, alterações de fala ou disartria, desequilíbrio, alterações de visão, dor de cabeça e vertigem súbitas e intensas sem aparente causa, instabilidade de marcha, náuseas e vômitos”, lista o cardiologista Rubens Mattar Júnior. Sequelas do AVC e dependência Mesmo que esses sinais sejam imediatamente reconhecidos e o indivíduo que sofreu o acidente tenha um atendimento rápido, as chances de sequelas não são pequenas. Dependendo da região cerebral atingida, essas sequelas podem ser brandas, mas nos casos mais graves, elas podem tornar o paciente completamente dependente ou até mesmo levá-lo à morte. As sequelas e a dependência resultantes de um acidente vascular cerebral grave trazem ainda possíveis complicações secundárias para o paciente, como a depressão. Daí surge a necessidade de se iniciar um tratamento psicoterápico, o que implica em mais cuidados e obstáculos a serem superados. As sequelas podem ser alterações comportamentais e cognitivas, dificuldades na fala e para se alimentar, constipação intestinal, dentre outras. Tratamento e práticas para reduzir os riscos de um AVC Para reduzir os riscos de um AVC, é importante manter níveis de pressão arterial controlados, não fumar, fazer atividades físicas, manter o peso, controlar níveis de glicose em diabéticos e de gorduras, especialmente em quem tem altas taxas de triglicerídios no sangue. “O tratamento vem sempre com internação hospitalar e atuação do neurologista que vai fazer o diagnóstico do tipo do AVC através de exames como a tomografia cerebral, estabelecendo o tratamento de acordo com os achados dos exames”, completa Rubens. Dr. Custódio Michailowsky, neurologista do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho. CRM-SP 73303 Dr. Rubens Mattar Júnior é cardiologista, graduado pela Faculdade de Medicina de Uberlândia (MG) e atende em São Paulo. CRM-SP: 30054 Foto: Shutterstock

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