Doenças dos Ossos
Mais recentes
Cúrcuma é anti-inflamatório e pode ajudar do tratamento da osteoartrite
Você sabia que a cúrcuma é anti-inflamatória e pode ser útil no tratamento da osteoartrite? Como diversos alimentos, a cúrcuma, ou açafrão-da-terra, possui ativos que ajudam a cuidar do organismo. Para pessoas que sofrem com a osteoartrite, uma doença reumática comum e que desgasta a cartilagem que reveste as articulações, pesquisas sugerem o tratamento com o auxílio desta planta. A seguir, vamos responder dúvidas sobre o assunto e explicar os benefícios da cúrcuma, sua função anti-inflamatória e mais. O tratamento com cúrcuma como anti-inflamatório reduz a dor e recupera a função dos membros afetados pela osteoartrite A cúrcuma é uma planta rica em curcumina, bioativo responsável pela cor amarelo-vivo, e é exatamente esse composto que desperta o interesse científico devido a seu potencial anti-inflamatório. Um estudo publicado no BMJ Open Sport & Exercise Medicine avaliou a reação de pacientes com osteoartrite e dores no joelho, e constatou os efeitos terapêuticos da cúrcuma. Durante a pesquisa, um grupo de pessoas foi submetido a um composto com efeito placebo, e outro, à ingestão de cúrcuma como anti-inflamatório. Ao fim da investigação, as pessoas que consumiram o açafrão-da-terra tiveram uma reação positiva, relatando menos dor e maior funcionalidade dos joelhos. Além disso, uma pesquisa da Sociedade de Artrite do Canadá concluiu que consumir curcumina todos os dias por 8 a 12 semanas pode ajudar a reduzir a dor e a inflamação nas articulações causada pela artrite, particularmente a osteoartrite. Os resultados também indicaram que os extratos de curcumina podem ser tão eficazes quanto tomar medicamentos anti-inflamatórios. Entre os benefícios da cúrcuma, estão o controle do diabetes, Os benefícios da cúrcuma para a saúde vêm principalmente da curcumina e têm ganhado cada vez mais destaque em pesquisas. Como falamos, a principal e mais conhecida vantagem desta planta é sua ação anti-inflamatória. Ela é possível porque a curcumina atua diretamente nas vias inflamatórias do organismo. Ainda, os estudos indicam que ela tem combate os radicais livres, moléculas instáveis que danificam as células e contribuem para o envelhecimento precoce e o desenvolvimento de doenças crônicas. Ao mesmo tempo, a cúrcuma tem propriedades anti-bacterianas. Um fator interessante é que uma das principais complicações do diabetes tipo 2 é a resistência à insulina, responsável pela regulação da glicose no sangue, e a curcumina pode ajudar a aumentar a sensibilidade das células a esse hormônio. Isso facilita a absorção deste componente, reduzindo, por consequência, os níveis de açúcar no sangue. Além disso, o açafrão-da-terra pode ajudar a reduzir o colesterol por melhorar a saúde do endotélio, camada interna dos vasos sanguíneos. Desta forma, ajuda a prevenir a formação de coágulos. Entretanto, assim como no uso da cúrcuma como anti-inflamatório, seus efeitos dependem de um consumo frequente. Algumas opções para isso é utilizá-la como tempero, principalmente para sopas, saladas e carnes. Mas você também pode fazer vitaminas e usar o ingrediente em receitas de bolos, sorvetes, assados e massas. No entanto, é importante destacar que a curcumina possui baixa biodisponibilidade, o que significa que o corpo absorve apenas uma pequena parte do composto durante a alimentação. Para aumentar sua absorção, consuma a cúrcuma com alimentos ricos em gordura, como azeite de oliva, ou combine-a com piperina, um composto presente na pimenta-preta. A cúrcuma também pode auxiliar no emagrecimento e cuidados com a pele Além dos benefícios voltados à saúde, a cúrcuma também pode ajudar a alcançar objetivos estéticos. Exatamente por ajudar na regulação da glicose do sangue, a curcumina ajuda no metabolismo, o que facilita o processo de emagrecimento. Quanto à saúde da pele, um artigo publicado na Phytotherapy Research mostra uma melhora nas doenças de pele após a inclusão de curcumina na alimentação. A pesquisa revela a possibilidade do uso de suplementos orais, como cápsulas, ou produtos tópicos, como máscaras faciais, no tratamento de condições que afetam a pele. Além da ingestão por meio de alimentos, uma alternativa para usar a cúrcuma como anti-inflamatório é a ingestão por meio de cápsulas. Essa opção concentra o extrato da raiz da cúrcuma. Em nossa pesquisa, encontramos algumas recomendações de consumo em publicações médicas. Segundo essas fontes, a dosagem recomendada é de 2 cápsulas de 250 mg a cada 12 horas, totalizando o máximo de 1g por dia. No entanto, cada produto possui suas especificidades, por isso, siga as recomendações indicadas na embalagem ou as recomendadas por um médico, ou nutricionista. Gestantes, lactantes, crianças e pessoas alérgicas devem evitar o consumo de cúrcuma Apesar de seus benefícios, a cúrcuma não é indicada para algumas pessoas. Pessoas com problemas estomacais ou biliares devem evitar sua ingestão, já que a cúrcuma pode irritar o estômago e agravar os sintomas de úlceras. Ela também pode obstruir os ductos biliares em pessoas com cálculos biliares ou outras condições que afetam o fluxo biliar. Por afetar o metabolismo e a absorção de glicose, a recomendação é que grávidas e lactantes não incluam cúrcuma na dieta sem consultar um médico. O mesmo acontece para crianças, que não devem consumir a curcumina com frequência, pois podem ter o organismo mais sensível do que adultos. Por fim, alérgicos e pessoas com distúrbios de coagulação sanguínea também não devem consumir a cúrcuma. No segundo caso, ela pode aumentar o risco de sangramento. Se surgirem mais dúvidas, não deixe de procurar um médico
Osteoartrite (Artrose) Dicas de exercício para fazer em casa
Dicas de exercícios simples para fazer em casa, proporcionando maior mobilidade e aumento da amplitude de movimento articular, fortalecimento dos músculos que rodeiam as articulações afetadas, redução da dor, além de melhorar a capacidade de realizar as tarefas diárias. Lembre-se: é muito importante respeitar o limite da sua dor e a amplitude de movimento das articulações durante a realização dos exercícios. Respire corretamente (inspire e expire lentamente), utilize roupas confortáveis, hidrate-se e nunca realize atividade física de estômago vazio! Exercícios para Membros Superiores: Movimente a região da cabeça para cima e para baixo sem que ocorra desconforto, e depois executando um movimento de rotação lateral olhando de um lado para o outro. Realize o movimento em ambas as direções, conforme a figura. Faça 2-3 sessões de 8 a 12 repetições, com descanso de 30 segundos entre as sessões. Movimente a cabeça sem que ocorra desconforto, executando um movimento de inclinação lateral. Realize o movimento em ambos os lados, conforme a figura. Faça 2-3 sessões de 8 a 12 repetições, com descanso de 30 segundos entre as sessões. Em pé, eleve os braços acima da cabeça, entrelace os dedos e realize movimentos rotatórios com as mãos para o lado direito e para o lado esquerdo. Faça 2-3 sessões de 8 a 12 repetições, com descanso de 30 segundos entre as sessões. Em pé, estique os braços para frente, na altura do peito, flexione o punho para baixo e, com a mão direita, auxilie a execução do alongamento, direcionando os dedos para baixo. Segure por 20 a 30 segundos e repita com a outra mão. Em pé, com os cotovelos em flexão a 90 graus, una as palmas das mãos com os dedos voltados para baixo e faça uma pressão entre elas, sustentando a posição por 20 a 30 segundos. Posteriormente, gire o punho para baixo com os dedos voltados para cima e realize a mesma pressão por mais 20 a 30 segundos. Em pé, com os cotovelos em flexão a 90 graus, una as pontas dos dedos das mãos com os dedos voltados para cima e faça uma pressão entre eles, sustentando a posição por 20 a 30 segundos. Em pé, posicione-se paralelamente a uma mesa ou cadeira cuja altura seja próxima da linha do seu quadril. Apoie um dos braços, incline levemente o tronco para a frente e, com o outro braço livre, realize movimentos circulares, como o movimento de um pêndulo. Faça 2-3 sessões de 8 a 12 repetições, com descanso de 30 segundos entre as sessões. Repita o mesmo processo com o outro braço. Exercícios para Membros Inferiores: Em pé, com a coluna alinhada, posicione-se paralelamente a uma cadeira ou mesa cuja altura seja próxima da linha do seu quadril. Apoie-se com a mão direita e eleve o joelho direito, se possível, até a altura do quadril. Faça 2-3 sessões de 8 a 12 repetições, com descanso de 30 segundos entre as sessões. Repita o mesmo processo com a outra perna. Em pé, com a coluna alinhada, posicione-se atrás de uma cadeira ou mesa cuja altura seja próxima da linha do seu quadril. Apoie-se com as mãos e realize flexão e extensão do joelho direito, levando o calcanhar em direção ao quadril. Faça 2-3 sessões de 8 a 12 repetições, com descanso de 30 segundos entre as sessões. Repita o mesmo processo com a outra perna. Sentado, certifique-se de que a coluna esteja totalmente apoiada no encosto da cadeira, e realize extensão e flexão do joelho direito. Faça 2-3 sessões de 8 a 12 repetições, com descanso de 30 segundos entre as sessões. Repita o mesmo processo com a outra perna. Deitado sobre o solo, pernas flexionadas a 90 graus. Abrace a perna direita, aproximando-a do tórax, e mantenha essa posição por 20 a 30 segundos. Repita o mesmo processo com a outra perna. Deitado sobre o solo, abrace os joelhos, trazendo-os contra o tórax, e mantenha essa posição por 20 a 30 segundos. Relaxe e repita o processo de 2-3 vezes. Referências bibliográficas: https://www.acare.com.br/pt/tratamento-de-osteoartrite-exercicios. Acesso em: Maio/2023. https://www.mundoboaforma.com.br/exercicios-para-artrose-no-joelho. Acesso em: Dezembro//2021. https://lpcdr.org.pt/nucleos/nucleo-osteoartrose/162-programa-de-exercicio-em-casa-para-a-osteoartrose Acesso em: Abril a Junho//2014.
Ácido Úrico: O Que é, Causas, Sintomas e Tratamentos
O ácido úrico é um composto orgânico importante encontrado no corpo humano. Ele é o produto final do metabolismo das purinas, substâncias encontradas em muitos alimentos. Apesar de ser essencial em pequenas quantidades, o excesso de ácido úrico pode levar a uma condição conhecida como hiperuricemia, que está associada a várias doenças, incluindo gota e problemas renais. O Que é Ácido Úrico? O ácido úrico é um subproduto natural do metabolismo das purinas, compostos encontrados em diversos alimentos que são metabolizados pelo organismo. Quando tudo funciona adequadamente, o ácido úrico dissolvido no sangue passa pelos rins, sendo eliminado na urina. Porém, se o corpo produz ácido úrico em excesso ou os rins não conseguem eliminá-lo em tempo hábil, os níveis de ácido úrico no sangue aumentam, levando à hiperuricemia. Causas do Aumento do Ácido Úrico Existem várias causas que podem levar ao aumento dos níveis de ácido úrico no sangue, incluindo: Dieta Rica em Purinas: Alimentos como carnes vermelhas, frutos do mar e bebidas alcoólicas podem aumentar os níveis de ácido úrico. Genética: A predisposição genética pode influenciar a capacidade do corpo de processar e eliminar o ácido úrico. Obesidade: O sobrepeso está associado ao aumento da produção de ácido úrico. Uso de Medicamentos: Diuréticos e alguns medicamentos podem afetar a excreção de ácido úrico. Doenças Renais: Problemas nos rins podem afetar a eliminação de ácido úrico. Sintomas da Hiperuricemia Embora muitas vezes assintomática, a hiperuricemia pode levar a sintomas dolorosos e desconfortáveis quando se desenvolve a gota ou outras complicações. Os principais sintomas incluem: Dor Articular: Frequentemente ocorre nos pés, especialmente ao redor do dedão. Inchaço e Vermelhidão: As juntas podem ficar inchadas e vermelhas. Cálculos Renais: Formação de pedras nos rins pode ocorrer devido à alta concentração de ácido úrico. Diagnóstico do Ácido Úrico Elevado O diagnóstico normalmente envolve um exame de sangue simples que mede o nível de ácido úrico no sangue. Em alguns casos, testes adicionais podem ser realizados, como análise da urina para avaliar a excreção de ácido úrico ou uma artrocentese, em que líquido é coletado de uma articulação afetada para análise. Tratamentos para Reduzir o Ácido Úrico Vários tratamentos estão disponíveis para gerenciar e reduzir os níveis de ácido úrico no sangue. Estes incluem: Alterações na Dieta: Reduzir a ingestão de alimentos ricos em purinas, como carne vermelha e frutos do mar, é altamente recomendado. Medicamentos: Medicamentos como alopurinol ou febuxostat podem ser prescritos para diminuir a produção de ácido úrico. Hidratação: Manter-se bem hidratado ajuda a diluir e eliminar o ácido úrico pelos rins. Perda de Peso: A perda de peso pode ajudar a reduzir os níveis de ácido úrico no corpo. Prevenção e Cuidados A prevenção envolve mudanças no estilo de vida que podem incluir uma dieta equilibrada rica em frutas e vegetais, atividade física regular, manter um peso saudável e evitar o consumo excessivo de álcool. A consulta regular com profissionais de saúde para monitorar os níveis de ácido úrico e ajustar o tratamento conforme necessário também é uma parte importante do manejo de longo prazo
Reumatismo e COVID-19
O chamado reumatismo, na verdade, engloba mais de 200 doenças causadoras de inflamação em articulações, músculos, ligamentos e tendões. As mais conhecidas são a artrite reumatoide e a artrose, que causam dores principalmente nas articulações e nas cartilagens. Entretanto, várias dessas doenças reumatológicas podem acometer outros órgãos, como os rins e o coração. Estima-se que no Brasil existam mais de 12 milhões de pacientes acometidos por algum tipo de doença reumatológica. A maioria delas atinge pessoas com idades superiores a 40 anos, principalmente, os mais idosos. A pandemia de coronavírus (COVID-19) é uma questão de preocupação global. Sabemos que fatores como condição de fumar e doenças concomitantes, como hipertensão, diabetes mellitus e doenças cardiorrespiratórias, provavelmente aumentam a gravidade da COVID-19, especialmente complicações pulmonares. Alguns pacientes diagnosticados com COVID-19 podem apresentar manifestações reumáticas, como dores articulares ou artrite, além de outras manifestações mais graves que podem ocorrer em algumas doenças reumáticas mais severas, como lúpus ou síndrome de Sjogren. Uma vez que muitos tratamentos para doenças reumatológicas incluem, além de anti-inflamatórios e analgésicos, os corticoides ou outros medicamentos imunossupressores, a dúvida principal de muitos pacientes é como lidar com esses tratamentos crônicos: – Devo ou não interromper o uso desses medicamentos? – Será que eles reduzem a minha imunidade, aumentando o risco de adquirir a COVID-19? As sociedades médicas nacionais e internacionais afirmam que pacientes com doenças reumáticas em terapia imunossupressora não devem interromper o uso de corticoides durante a infecção do novo coronvírus, embora devam ser utilizadas nas doses mínimas possíveis. Os chamados medicamentos modificadores da doença também devem ser mantidos. Se tiver alguma dúvida quanto ao medicamento que você está usando, é muito importante conversar com seu médico antes de tomar qualquer decisão que envolva a interrupção ou a redução da dosagem do seu tratamento. Várias sociedades internacionais de reumatologia, como American College of Rheumatology (ACR), Australian Rheumatology Association (ARA), British Society for Rheumatology (BSR) e European League Against Rheumatism (EULAR), fazem as seguintes recomendações para os pacientes durante o surto do novo coronavírus: – Praticar higiene após espirros/tosse, lavar regularmente as mãos, evitar tocar o rosto, afastar-se de lugares lotados, manter o distanciamento social, evitar transportes públicos movimentados e cancelar viagens; – o uso de máscaras é recomendado para pessoas com suspeita ou confirmação de infecção. Nesses casos, as máscaras N95, com ajuste adequado ao rosto, são aconselháveis; – a interrupção abrupta da terapia com corticoides deve ser evitada, mesmo durante a infecção ativa; – se os pacientes estiverem tomando medicamentos antirreumáticos modificadores da doença, incluindo biológicos, pequenas moléculas e outros agentes imunossupressores, práticas padrões podem ser seguidas para descontinuá-las, caso desenvolvam infecção; – consultas presenciais rotineiras devem ser adiadas até o fim do surto. Tanto os pacientes quanto os profissionais de saúde devem considerar substituí-las por teleconsultas, se factível; – os pacientes devem ser vacinados para gripe e pneumococos. Como até agora não existem tratamentos com eficácia comprovada para a COVID-19 (ou até que se tenha uma vacina disponível) as recomendações para a prevenção das contaminações feitas pelo Ministério da Saúde do Brasil devem ser seguidas não só por todos os pacientes em tratamento de doenças reumatológicas, mas por todas as pessoas: – Lave com frequência as mãos com água e sabão até a altura dos punhos ou higienize-as com álcool em gel 70%; – ao tossir ou espirrar, cubra nariz e boca com lenço ou com o braço e não com as mãos; – evite tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas. Ao tocar, lave sempre as mãos, como já indicado; – mantenha uma distância mínima de 2 metros de qualquer pessoa tossindo ou espirrando; – evite abraços, beijos e apertos de mãos. Adote uma onda amigável sem contato físico, mas sempre com sorriso no rosto; – higienize com frequência o celular e brinquedos das crianças; – não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, toalhas, pratos e copos; – evite aglomerações e mantenha os ambientes limpos e bem ventilados; – se estiver doente, evite contato físico com outras pessoas, principalmente, idosos e doentes crônicos, e fique em casa até melhorar; – durma bem, tenha uma alimentação saudável e faça atividades físicas. Referências:
A osteoporose pode gerar deformações na coluna vertebral, a popular corcunda?
A osteoporose é uma doença que acomete a massa óssea do corpo. Apesar de não ter cura, o problema pode ser retardado, a fim de evitar que a baixa densidade mineral dos ossos faça surgir fraturas, provoque dor e implique numa perda da qualidade de vida. Os riscos na coluna Todo o esqueleto é atingido pela osteoporose, mas alguns ossos são mais afetados, como o fêmur e o rádio. A doença requer ainda cuidados extras por causa da coluna. As vértebras também são fortemente atingidas e podem provocar dificuldades de locomoção. “A perda da capacidade de movimentação pode ocorrer quando existe uma complicação da osteoporose, que são as fraturas”, explica o ortopedista Paulo Eduardo Pileggi. Dependendo do nível em que a osteoporose se encontra, as fraturas podem ocorrer sem nenhum trauma ou em movimentos banais, como agachar para pegar um objeto no chão. A maior parte ocorre em mulheres e, quanto mais velhas, maiores são as chances de ocorrência de uma fratura. O surgimento da “corcunda” O problema é que essas fraturas podem deixar a coluna torta, conhecida popularmente como “corcunda”. “Quando surgem fraturas na coluna vertebral, dependendo do tipo e da característica da fratura, pode ocorrer a cifose, que é quando a pessoa fica com a postura mais encurvada”, alerta Pileggi. O combate à osteoporose deve passar por uma alimentação rica em cálcio e vitamina D. Se necessário, o médico pode receitar medicamentos que suplementam a quantidade dessas substâncias e também que diminuem a perda de massa óssea. É recomendada ainda a prática de exercícios físicos capazes de fortalecer a musculatura e, assim, proteger os ossos.
Além de quedas, existem outros eventos que podem causar fraturas em pacientes com osteoporose?
Conforme a parcela da população brasileira que está na terceira idade aumenta, cresce também a preocupação com os problemas de saúde que atingem os idosos, como a osteoporose e as temidas fraturas que surgem por causa da doença. Essas fraturas, frequentemente, acontecem durante quedas em casa ou na rua, mas um simples esforço também pode danificar os ossos. Movimentos simples podem levar a fraturas ósseas Segundo o ortopedista Gustavo Alvarenga, um paciente com perda intensa de massa óssea não precisa sofrer um acidente de carro ou cair da escada para fraturar um osso: “Quando a pessoa tem o osso poroso e fraco devido à osteoporose, este osso pode se quebrar mesmo sem trauma. Basta algum movimento moderado, como se abaixar ou levantar um objeto, para o osso se quebrar”. “Os ossos que mais frequentemente são fraturados por causa da osteoporose são as vértebras da coluna, o fêmur proximal (quadril), bacia, rádio distal (punho) e úmero proximal (ombro)”, cita o médico. Para evitar as fraturas, é importante que o idoso com osteoporose tenha cuidado ao se movimentar e receba ajuda dos familiares e cuidadores nas atividades do dia a dia. Tapetes em casa oferecem risco a idoso com osteoporose Hábitos saudáveis, como a prática de exercícios físicos e uma boa alimentação, além da suplementação de cálcio e vitamina D, exposição segura à luz solar, diagnóstico e tratamento precoces também são medidas importantes, ajudando a controlar a doença e a evitar as fraturas ósseas. É necessário também adotar alguns cuidados dentro de casa. Tapetes e pisos escorregadios facilitam tropeços e tombos e, portanto, devem ser retirados quando for possível. Considere adquirir calçados com solados antiderrapantes, coloque proteção nas quinas dos móveis, instale barras de apoio em escadas e no banheiro e mantenha o piso da calçada em frente à casa do paciente sempre arrumado. Foto: Shutterstock