Baixa Imunidade
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O que são doenças autoimunes? Exemplos e condições mais comuns
Uma doença autoimune é ocasionada pelo ataque às células saudáveis do corpo pelo sistema imunológico, que as confunde com alguma ameaça. Um estudo publicado na Revista Internacional The Lancet sugere que uma em cada dez pessoas têm uma doença autoimune. Em geral, elas também são mais comuns em mulheres, e é difícil determinar suas causas, já que dependem de uma série de fatores. Ainda, esse tipo de doença, exatamente por afetar a imunidade, pode ser a porta de entrada para diversos outros problemas, e é por isso que é tão importante entender o que são as doenças autoimunes e quais as mais comuns. Para responder às suas dúvidas sobre essas condições, entrevistamos a reumatologista Dra. Carla Gagliardi. Leia a seguir. Artrite reumatoide e lúpus são exemplos das mais de 100 doenças autoimunes Segundo a Dra. Carla Gagliardi, como as doenças autoimunes são caracterizadas pelo mau funcionamento do sistema imunológico, elas podem causar várias outras doenças, sejam articulares, endocrinológicas, vasculares, renais, hematológicas, etc. Além disso, as doenças autoimunes mais comuns costumam ser separadas em duas categorias diferentes: sistêmicas e locais. O primeiro caso pode afetar diversas estruturas do organismo, enquanto o segundo atinge de forma isolada alguma parte do corpo. Como citou a Dra. Carla, “as doenças autoimunes mais comuns incluem artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico, psoríase, diabetes tipo I, Doença de Crohn, doença celíaca, esclerose múltipla, Tireoidite de Hashimoto, Doença de Graves, anemia perniciosa, entre outras”. Além dessas, outros exemplos que atingem as pessoas no Brasil são tireoidites (18%), artrite crônica (12%) e doença celíaca (6%), de acordo com um estudo da Revista Brasileira de Reumatologia. É importante ressaltar também que diversas doenças autoimunes também são classificadas como condições reumáticas, porque afetam a mobilidade e o sistema locomotor. Fatores de risco para o surgimento das doenças causadas pelo próprio organismo incluem idade e sexo biológico A reumatologista com quem conversamos afirma que as doenças autoimunes, e suas causas, não são iguais. Elas têm preferências em relação à idade, assim como ao sexo biológico, e costumam seguir um padrão. Assim, algumas aparecem em pessoas mais jovens, como o lúpus eritematoso sistêmico, outras em crianças, como a artrite inflamatória juvenil e a febre reumática. Ainda, a médica complementa que outras já surgem com mais idade, como a artrite reumatoide e a Síndrome de Sjogren. Claro que, quanto mais tempo se vive, maior a chance de haver doenças, seja autoimune ou não, mas esses são exemplos de doenças autoimunes comumente encontradas em idosos. Além da idade e do sexo biológico, outros fatores de risco para doenças autoimunes comuns são: Predisposição genética; Diagnóstico de outras doenças; Fatores ambientais: agentes infecciosos, exposição à luz solar, poluição do ar, pó de sílica, mercúrio, implantes de silicone, entre outros. Gatilhos emocionais, hormonais e infecciosos podem despertar uma doença autoimune Ainda não se sabe exatamente quais as causas das doenças autoimunes. Principalmente porque os sintomas variam de pessoa para pessoa. Por exemplo, em pacientes mais jovens, o que predomina são os fatores genéticos, hormonais e infecciosos, de acordo com a Dra. “As doenças autoimunes costumam ser multifatoriais, ou seja, embora tenham uma forte predisposição genética. O surgimento costuma ter gatilhos que podem ser hormonais, emocionais, infecciosos e outros ainda desconhecidos. Na prática, cada doença tem características próprias e gatilhos”, descreve a especialista. A maioria das doenças autoimunes não tem cura, mas o tratamento proporciona qualidade de vida Apesar de o diagnóstico assustar algumas pessoas, já que as doenças autoimunes costumam ser crônicas, ou seja, não têm cura, quanto mais você souber sobre a doença, mais encaminhado estará o tratamento. Consequentemente, também a garantia do seu bem-estar. “O acompanhamento de perto é importante, as consultas periódicas, os exames laboratoriais e de imagem constituem ferramentas importantes nesse controle. Nós, médicos, usamos protocolos e métricas para a avaliação e acompanhamento das principais doenças autoimunes. Além disso, a conscientização do paciente em relação à própria doença e da importância do tratamento, é parte essencial”, argumenta a reumatologista. Da mesma forma, destaca a importância dos pacientes sinalizarem sobre possíveis mudanças nos sintomas, e complementa: “é essencial que o paciente saia da consulta entendendo os pontos principais sobre sua doença, qual medicamento vai usar, o porquê e como usar”. Quem tem o diagnóstico deve ter cuidado redobrado com a saúde Não é uma regra, mas, com o mau funcionamento do sistema imunológico, pessoas com esse tipo de diagnóstico ficam suscetíveis a desenvolver outras doenças autoimunes comuns. Sobre isso, a Dra. Carla explica: “Como a base da doença é um sistema imunológico que não consegue distinguir a estrutura do próprio organismo de uma ameaça externa, a chance dele identificar outras partículas do corpo como ameaça existe, levando ao surgimento de outras doenças. Por exemplo, um paciente portador de Síndrome de Sjogren pode desenvolver Tireoidite de Hashimoto e diabetes insulino-dependente.” O diagnóstico da doença autoimune é feito a partir da consulta clínica, exames laboratoriais e avaliação física Como mencionado anteriormente, a mesma doença pode provocar sintomas diferentes nas pessoas afetadas. O alerta é maior para quem já tem casos na família. Por isso, o diagnóstico de uma doença causada pelo próprio organismo é composto por diversas etapas, e até mesmo pelo acompanhamento de vários profissionais. “As doenças autoimunes ou reumatológicas têm comportamento variável, então a melhor forma de prevenção é se consultar periodicamente com um clínico geral ou reumatologista, pelo menos uma vez ao ano. Principalmente se houver histórico de doença autoimune em parentes próximos, ou caso tenha sintomas como dores nas articulações, associadas ou não a outros sintomas, incluindo os cutâneos, intestinais, circulatórios, etc”, orienta a médica. Por fim, Dra. Carla acrescenta que exames laboratoriais para avaliação de doença autoimune podem ser úteis, mas precisam ser interpretados com o exame físico e a história clínica e familiar do paciente. Caso contrário, o tratamento não será adequado, podendo trazer consequências graves.
Doenças Transmitidas por Gatos: Conheça os Riscos e Como se Proteger
Embora os gatos sejam excelentes companheiros, proporcionando bem-estar emocional e social aos seus donos, eles também podem ser vetores de doenças que transmitem aos humanos. Estas enfermidades, conhecidas como zoonoses, variam em termos de gravidade e frequência e podem ser prevenidas com cuidados apropriados. Este artigo explora algumas das principais doenças transmitidas por gatos e como podemos nos proteger delas. Toxoplasmose A toxoplasmose é uma infecção causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, encontrado predominantemente nas fezes de gatos. A transmissão ocorre principalmente por meio da ingestão de alimentos ou água contaminados com oocistos do parasita. Embora a maioria das infecções em humanos seja assintomática, pode apresentar sintomas como febre, dores musculares e aumento dos gânglios linfáticos. O maior risco é para gestantes e indivíduos com imunidade comprometida, podendo causar sérias complicações, inclusive malformações no feto. Para prevenção, recomenda-se práticas de higiene rigorosas, como lavar bem as mãos após mexer em caixas de areia e manter uma alimentação segura, evitando o consumo de alimentos mal cozidos. Esporotricose Esporotricose é uma infecção fúngica subcutânea causada por fungos do gênero Sporothrix. A doença muitas vezes é transmitida pelo contato direto com solo ou plantas contaminadas, mas gatos infectados também podem transmitir o fungo por meio de arranhões ou mordidas. A infecção em humanos geralmente se manifesta por nódulos na pele que podem evoluir para úlceras dolorosas. Para prevenção, é crucial evitar o contato com felinos cuja saúde seja desconhecida, usar luvas ao lidar com jardins e solos potencialmente contaminados, e procurar tratamento médico ao primeiro sinal de infecção. Doença da Arranhadura do Gato Causada pela bactéria Bartonella henselae, a doença da arranhadura do gato acontece após arranhões ou mordidas que quebram a pele. Na maioria dos casos, resulta em febre leve e inchaço dos gânglios linfáticos próximos à área afetada. Indivíduos com sistemas imunológicos deficientes, no entanto, correm maior risco de complicações. Para evitar a doença, é importante manter as garras dos gatos aparadas, evitar brincadeiras agressivas e limpar imediatamente qualquer arranhão ou mordida com água e sabão. Síndrome da Larva Migrans Visceral A síndrome da larva migrans visceral, também conhecida como toxocaríase, é causada por larvas do parasita Toxocara cati. Estas podem ser transmitidas aos humanos através do contato com solo ou superfícies contaminadas com fezes de gato. Crianças pequenas são particularmente vulneráveis devido à sua tendência de brincar em áreas de terra ou areia. Mantenha um ambiente doméstico limpo, lave as mãos regularmente e tenha cuidado especial com áreas onde crianças brincam, garantindo que estejam isentas de fezes de animais. Prevenção e Cuidados A adoção de medidas preventivas pode drasticamente reduzir o risco de contrair doenças transmitidas por gatos: Manter as vacinas e vermífugos dos gatos em dia. Praticar boa higiene, especialmente após manipular caixas de areia. Restringir o acesso dos gatos ao exterior para minimizar a exposição a patógenos. Consultar regularmente um veterinário para check-ups de saúde. Ensinar as crianças sobre a importância de lavar as mãos depois de brincar com gatos ou em ambientes externos. Com esses cuidados, é possível desfrutar a companhia dos felinos minimizando os riscos à saúde humana e promovendo o bem-estar do gato.
Microcitose Discreta: Compreendendo sua Importância e Ramificações
Microcitose discreta refere-se a uma condição em que os eritrócitos, ou glóbulos vermelhos, são menores do que o normal, detectada frequentemente através de alterações no Volume Corpuscular Médio (VCM). Este fenômeno, quando classificado como discreto, indica que as alterações no VCM são sutis e o valor se aproxima do limite inferior aos valores de referência. A relevância clínica da microcitose discreta muitas vezes depende da avaliação de outros parâmetros hematológicos e de investigações adicionais. O Papel do Hemograma O hemograma é uma ferramenta valiosa no diagnóstico de microcitose. Nele, o VCM é o indicador primário, sendo considerado microcítico quando abaixo de 80 fL. Em casos de microcitose discreta, o VCM se encontra geralmente entre 80 e 81 fL. Outros parâmetros analisados incluem a Hemoglobina Corpuscular Média (HCM) e a Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM), que, juntamente com o VCM, oferecem um panorama abrangente das características dos eritrócitos. VCM (Volume Corpuscular Médio): Mede o tamanho médio dos glóbulos vermelhos. HCM: Mede a quantidade média de hemoglobina por célula. CHCM: Avalia a concentração média de hemoglobina nas células. Causas Comuns de Microcitose Discreta Existem várias condições que podem provocar microcitose discreta, sendo as mais típicas desordens relacionadas à deficiência de ferro, doenças hereditárias e condições crônicas. A identificação precoce das causas é essencial para um manejo clínico adequado. Anemia por Deficiência de Ferro A deficiência de ferro é uma das causas mais frequentes de microcitose, incluindo seus casos discretos. Ela ocorre quando há baixa ingestão de ferro ou perdas sanguíneas excedendo a absorção de ferro. A anemia ferropriva nem sempre apresenta sintomas óbvios, mas pode causar fadiga, palidez e fraqueza geral. Doenças Crônicas Condições inflamatórias ou infecciosas crônicas podem também levar à microcitose às vezes de forma discreta. Neste contexto, a microcitose pode ser acompanhada por anormalidades em outros índices hematológicos, como ferro sérico e capacidade de ligação de ferro. Distúrbios Genéticos: Talassemia e Esferocitose Hereditária Distúrbios hereditários podem predispor indivíduos à microcitose. A talassemia, por exemplo, resulta de mutações nos genes da hemoglobina, gerando eritrócitos de tamanhos anormais. Já na esferocitose hereditária, as alterações ocorrem na membrana celular das hemácias, afetando seu formato e resistência. Quando a Microcitose Discreta é Preocupante? Embora muitas vezes uma mudança discreta no VCM não seja imediatamente preocupante, se houver sintomas como fraqueza inexplicada ou se outros fatores de risco estiverem presentes, pode-se indicar uma investigação mais detalhada. Em muitos casos, a repetição do hemograma é recomendada para verificar se existem alterações progressivas. Em conclusão, a avaliação de microcitose discreta exige uma análise criteriosa de múltiplos parâmetros hematológicos e uma interpretação cuidadosa dos resultados. Consultar um profissional de saúde é fundamental para um diagnóstico preciso e direção para tratamento, quando necessário.
Plaquetas Baixas: O Que Significa?
As plaquetas, também conhecidas como trombócitos, desempenham um papel crucial no nosso sistema circulatório. Elas são responsáveis pela coagulação do sangue, ajudando a prevenir e controlar hemorragias. Quando a contagem de plaquetas diminui abaixo do nível normal, essa condição é chamada de trombocitopenia. A seguir, exploraremos as causas, sintomas, diagnóstico e tratamento para essa condição, além de orientações sobre como devem ser gerenciadas as plaquetas baixas. O que são plaquetas? Plaquetas são fragmentos celulares presentes no sangue, produzidos pela medula óssea. Elas desempenham funções essenciais na coagulação sanguínea, particularmente ao responder a ferimentos nos vasos sanguíneos. Quando ocorre uma lesão, as plaquetas se acumulam e trabalham para formar um coágulo sanguíneo, evitando perdas excessivas de sangue. O que são plaquetas baixas? Considera-se que uma pessoa possui plaquetas baixas quando sua contagem é inferior a 150 mil células por microlitro de sangue. Esta condição pode ser chamada também de trombocitopenia. As plaquetas baixas podem resultar de diversas condições médicas que afetam a produção, destruição ou funcionalidade das plaquetas. Causas das plaquetas baixas A redução de plaquetas pode ser influenciada por múltiplos fatores, incluindo: Doenças da medula óssea: Condições como leucemia, mielodisplasia e aplasia medular podem interferir na produção de plaquetas. Infecções virais: Vírus como dengue, HIV e Epstein-Barr podem provocar uma queda na contagem de plaquetas. Doenças autoimunes: Distúrbios como lúpus e púrpura trombocitopênica podem causar a destruição prematura de plaquetas. Uso de medicamentos: Alguns medicamentos, incluindo heparina e certos anti-inflamatórios, podem reduzir a contagem de plaquetas. Deficiências nutricionais: Falta de ácido fólico e vitamina B12 pode impactar a produção de plaquetas. Consumo excessivo de álcool: O álcool pode afetar a produção e a sobrevivência das plaquetas. Sintomas de plaquetas baixas Os sintomas associados à baixa contagem de plaquetas geralmente se manifestam quando a quantidade de plaquetas está significativamente reduzida. Sintomas comuns incluem: Fácil formação de hematomas. Sangramento nasal frequente. Gengivas sangrando com regularidade. Presença de pequenas manchas vermelhas na pele (petéquias). Fluxo menstrual aumentado. Sangue na urina ou nas fezes. Diagnóstico de plaquetas baixas Para diagnosticar trombocitopenia, o médico avaliará sintomas e histórico médico, além de realizar exames laboratoriais. O hemograma completo é crucial para checar a contagem de plaquetas e pode ser complementado por biópsia de medula óssea e outros testes para investigar a presença de anticorpos anormais. Tratamento para plaquetas baixas A abordagem terapêutica varia conforme a causa e a severidade da trombocitopenia. Possíveis tratamentos incluem: Medicação: Fármacos podem ser administrados para estimular a produção de plaquetas ou suprimir reações autoimunes. Transfusão de plaquetas: Indicada em casos agudos para elevar rapidamente o número de plaquetas. Tratamento da condição subjacente: Em doenças autoimunes ou infecciosas, tratar a causa pode ajudar a normalizar a contagem de plaquetas. Cuidados e prevenção Pessoas com diagnóstico de plaquetas baixas podem adotar algumas medidas para reduzir riscos: Evitar atividades que possam causar ferimentos. Informar profissionais de saúde sobre a condição antes de qualquer procedimento médico. Consultar um médico antes de tomar medicamentos não prescritos, como aspirina. Adotar uma dieta balanceada, possivelmente sob supervisão de um nutricionista, para apoiar a saúde sanguínea geral. Em caso de dúvidas ou sintomatologia, é essencial buscar orientação médica. Hematologistas são os especialistas indicados para tratar e acompanhar distúrbios do sangue, incluindo a condição de plaquetas baixas.
Candida Auris: Um Superfungo Alarmante
O Candida auris, conhecido como “superfungo”, emergiu como uma preocupação global em saúde devido à sua resistência robusta a medicamentos antifúngicos e sua capacidade de se espalhar em ambientes hospitalares. Desde sua descoberta, ele se tornou uma ameaça significativa, especialmente entre pacientes hospitalizados com sistemas imunológicos comprometidos. O Surgimento e Disseminação do Candida Auris Candida auris foi identificado pela primeira vez em 2009 no Japão, e desde então, casos têm sido reportados em quase todos os continentes. No Brasil, o primeiro caso foi documentado em 2020 em Salvador, Bahia. A superlotação das UTIs durante a pandemia de Covid-19 contribuiu para sua disseminação. O fungo tem demonstrado a capacidade de colonizar e sobreviver em ambientes hospitalares, o que facilita sua transmissão e dificulta o controle. Características do Candida Auris As características que fazem do C. auris uma preocupação incluem sua alta resistência a temperaturas acima de 36,5°C e aos desinfetantes comuns, o que lhe permite colonizar e persistir em superfícies hospitalares. Ele pode se aderir tanto a tecidos vivos quanto a superfícies inertes, como dispositivos médicos, tornando-o eficaz na transmissão dentro de instalações de saúde. Sintomas e Diagnóstico Os sintomas da infecção por C. auris podem incluir febre, calafrios, e sinais de infecção invasiva em múltiplos órgãos, frequentemente se apresentando de maneira inespecífica. O diagnóstico é desafiador, pois métodos convencionais podem não ser precisos. Técnicas avançadas, como sequenciamento genético e espectrometria de massa, são frequentemente necessárias para confirmação. Tratamento e Desafios Terapêuticos O tratamento do Candida auris é complicado devido à sua resistência a muitos antifúngicos tradicionais. As equinocandinas são frequentemente usadas inicialmente, mas resistência também é uma preocupação. Em alguns casos, são necessárias combinações de antifúngicos. A natureza tóxica de algumas opções de tratamento intensifica o risco para pacientes suscetíveis. Prevenção e Controle Prevenção de surtos de C. auris requer o isolamento de pacientes infectados, rigorosos protocolos de higiene, e a desinfecção frequente de ambientes hospitalares. Profissionais de saúde devem usar equipamentos de proteção individual (EPIs) e realizar higienização das mãos entre os atendimentos. Além disso, um monitoramento eficaz e relatórios rápidos a autoridades de saúde são cruciais para respostas adequadas durante surtos. Impacto na Saúde Pública Candida auris representa uma ameaça global devido à sua capacidade de causar surtos em instituições de saúde, onde pode ser potencialmente fatal, particularmente entre pacientes com condições preexistentes. O contínuo aumento da resistência a medicamentos antifúngicos e a capacidade do fungo de esconder-se dificulta ainda mais o manejo e controle adequados. Considerações Finais Com a disseminação da C. auris globalmente, permanece imperativo que sistemas de saúde e comunidades médicas permaneçam vigilantes e bem informados sobre medidas preventivas e de contenção. Pesquisas em andamento para desenvolver novos tratamentos e melhorar os métodos de diagnóstico são essenciais para reduzir o impacto desse superfungo.
O que é síndrome leucopênica? Quais são os sintomas?
A síndrome leucopênica se caracteriza pela baixa presença de leucócitos (glóbulos brancos) no sangue, mais especificamente quando a contagem total dessas substâncias está abaixo de 4.000 células por milímetro cúbico de sangue. Como os glóbulos brancos fazem parte do sistema imunológico, ajudando a proteger o organismo de infecções e agentes estranhos, sua redução acaba trazendo riscos à saúde. Sintomas da síndrome leucopênica “Os sintomas que acompanham as leucopenias são causados pela doença que está provocando essa alteração. Dependendo da doença de base, pode haver sintomas ou não. De todo modo, o sistema imunológico está fragilizado, então há propensão para infecções bacterianas e virais. Dessa forma, os sintomas, quando existem, estão associados a infecções”, explica a alergista e imunologista Roberta Silva. Segundo a médica, esses sintomas podem variar de um quadro leve até um muito grave, dependendo do tipo e intensidade dos leucócitos acometidos. “Alguns exemplos são: febre, mal estar, cansaço, tosse, falta de ar nas infecções respiratórias (pneumonia, sinusite), infecção de pele, meningite e até sepse (infecção generalizada)”. Causas do problema A síndrome leucopênica se desenvolve a partir de causas variadas. A causa é considerada primária quando é própria do indivíduo, e secundária, quando se origina de alguma doença ou fator externo. Pode ser uma variação normal relacionada com a época da vida de uma pessoa ou um problema de saúde mesmo. “As causas da síndrome leucopênica são: infecções (dengue, malária, gripe, tuberculose, parasitoses, HIV); radiações (raio x); esplenomegalia (aumento do baço); quimioterapia e radioterapia; doenças autoimunes (lúpus ,artrite reumatoide); hipo e hipertireoidismo; dano ou falha da medula óssea; leucemias e tumores; medicamentos (antiarrítmicos, antibióticos, antipsicóticos, diuréticos, tranquilizantes); e carência de vitaminas e minerais”. Diagnóstico e tratamento Para diagnosticar a síndrome leucopênica, basta ter acompanhamento médico de rotina e realização de hemograma constante. Se o problema for verificado, é necessário investigar se existe uma doença de base por trás para saber qual deverá ser o tratamento. “Uma solução são os medicamentos estimuladores da medula óssea para produção dos leucócitos, mas sua indicação é muito específica e depende de um bom diagnóstico”. Foto: Shutterstock