Voltar à academia é um processo que demanda paciência, pois o corpo está despreparado devido ao tempo longe dos treinos. Logo, não dá para seguir com a mesma intensidade de antes, já que isso poderá acarretar em dores físicas fortes e até mesmo complicações mais graves. Para evitar essas dores, recomenda-se começar com pesos mais baixos, aumentando à medida que o corpo vai se recondicionando.
Sedentarismo atrapalha em uma volta aos treinos sem dor
“O segredo para evitar a dor é ser gradativo no tempo de adaptação do exercício, até chegar a um momento de manutenção. Outro segredo é ser assíduo e disciplinado com o programa de atividades físicas. Ficar sedentário por mais de uma semana pode implicar em uma retomada mais dolorosa, justamente por não respeitar a adaptação do corpo, que ocorre tanto para se movimentar quanto para ficar parado”, explica o médico esportivo João Felipe Franca.
Todo o sistema músculo-esquelético precisa se adaptar à medida que é exposto a um novo movimento. Se esse movimento envolve levantar pesos, o corpo precisa se compensar para manter o equilíbrio e a postura. “As adaptações levam algum tempo, o qual varia de acordo com a pessoa, idade, gênero, peso corporal, genética e se houve ou não experiência prévia”, afirma Franca.
Estratégias para evitar a dor muscular na volta à academia
Segundo o especialista, exercícios específicos de flexibilidade/alongamento (passivo ou ativo), com relaxamento, envolvendo a respiração e concentração, além de meditação, tendem a reduzir os efeitos da dor muscular tardia. “Repouso relativo por 18 a 36 horas após uma atividade muito intensa ou duradoura também pode ser bastante recomendado”, completa o especialista.
Além disso, Franca indica uma série de métodos, como: equipamentos de crioterapia, imersão em água gelada por alguns minutos, botas de compressão pneumática, proporções definidas de carboidrato e proteína após o treino e massoterapia. “Todas essas são estratégias interessantes para se evitar a dor muscular tardia”, completa.
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