A hipertensão é uma doença crônica caracterizada pela pressão arterial em níveis iguais ou superiores a 140×90 mmHg, ou 14×9, na linguagem popular. O problema afeta toda a saúde do seu corpo e quanto mais cedo você for diagnosticado e, assim, começar a tratar a hipertensão, mais fácil será para controlá-la. Parte do tratamento é feita com o uso de medicamentos, que não devem ser substituídos sem autorização médica.
Troca de medicamentos dificulta o controle da pressão alta
“A troca das medicações feita pelo paciente, sem consentimento do médico, muitas vezes, pode levar à piora de outras doenças, a uma crise hipertensiva e ao surgimento de efeitos colaterais novos”, afirma a cardiologista Caroline Nagano. Você tem, por exemplo, mais chances de sofrer um infarto ou um acidente vascular cerebral (AVC), algumas das principais complicações da pressão alta.
Em vários casos, a escolha de um anti-hipertensivo é feita levando em consideração a presença de outras doenças do paciente. “Diabéticos têm preferência por algumas classes de remédios de pressão em detrimento a outras, assim como pessoas que já tiveram infarto ou que desejam perder peso“, diz a médica. A troca por conta própria pode atrapalhar o controle dessas outras doenças.
Somente o médico pode substituir os remédios do tratamento da hipertensão
Por outro lado, em alguns casos, o profissional poderá recomendar a substituição dos medicamentos. Esta troca pode ser feita para responder a mudanças que surgem no quadro ao longo do tratamento ou mesmo por causa de um efeito abaixo do esperado. No começo, é comum sentir alguns sintomas diferentes, mas logo seu organismo se adapta à nova classe.
Outro problema relacionado é o . É essencial que você preste atenção nas recomendações do seu médico durante a consulta para que o remédio seja tomado da forma correta. Se achar necessário, faça anotações e peça ajuda de familiares e amigos. “O uso irregular não aumenta o risco de efeito adverso do remédio, mas aumenta o risco do não controle da pressão arterial, com consequências como crises hipertensivas com sintomas e risco de AVC”, lembra a profissional.
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