O transtorno ou a síndrome do pânico é um distúrbio psiquiátrico que se caracteriza por ataques de pânico que ocorrem com frequência, de maneira espontânea e sem que haja qualquer tipo de controle. Quem sofre com o problema pode sentir falta de ar, suor excessivo e dor no peito, além do medo intenso e injustificável. Ajudar amigos ou familiares com o problema é muito importante.
Medo de lugares cheios é um dos sintomas do transtorno do pânico
Um das consequências do transtorno do pânico é o medo de lugares cheios de gente. “A pessoa passa a temer novos ataques e, por conta disso, começa a evitar lugares com muitas pessoas ou de difícil saída. Esse quadro é chamado de agorafobia”, explica o psiquiatra Miguel Angelo Boarati.
Entretanto, de acordo com o médico, é preciso enfrentar o medo. Pacientes podem e devem frequentar locais movimentados, já que essa é uma das atitudes que devem compor o tratamento do transtorno: “É importante, como parte do tratamento, que o paciente seja exposto a situações que lhe provocam medo como forma de ser dessensibilizado.”
O especialista afirma que existem técnicas de terapia comportamental que possibilitam ao paciente retomar sua funcionalidade e sua capacidade de frequentar os mais diversos lugares com segurança e conforto. Para que isso ocorra, é fundamental procurar ajuda médica para iniciar o tratamento adequado.
Locais e situações que possam desencadear uma crise devem ser evitados
Outras situações, no entanto, devem ser evitadas para impedir uma piora dos sintomas e uma maior frequência dos ataques de pânico. “Toda situação que funcionar como deflagrador de crise pode ser considerada um problema. É comum que o paciente evite transportes públicos, reuniões, salas de teatro e cinema”, alerta o psiquiatra.
Isso pode causar um grande impacto no funcionamento do indivíduo e atrapalhar o desempenho no trabalho, a convivência social e o lazer, diminuindo significativamente a qualidade de vida.
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