A síndrome do pânico é um transtorno psiquiátrico ligado a um nível extremamente alto de ansiedade e que provoca crises de medo intenso no dia a dia. Muitos dos pacientes acreditam que correm risco de morte. Os principais sintomas provocados pela doença são falta de ar, taquicardia e suor excessivo.
Conhecimento e tratamento
Por um lado, a síndrome ainda é estigmatizada e pouco compreendida. Por outro, familiares e pessoas próximas podem tornar a vida de um portador do transtorno mais fácil, auxiliando-o a conviver com a doença. “É muito importante que familiares e amigos ajudem a buscar a atenção psiquiátrica, incentivem a adesão ao tratamento e auxiliem os pacientes a lidar com as limitações da síndrome”, afirma o psiquiatra Eduardo de Castro Humes.
O conhecimento sobre a doença não pode ficar de lado. Os portadores da síndrome do pânico, muitas vezes, não compreendem que seus sintomas são de origem psiquiátrica e buscam diferentes especialistas clínicos para tratá-los. Quanto maior o número de informações disponíveis, maior será a facilidade para entender e superar o transtorno.
Evitando situações apavorantes
Os familiares devem ajudar ainda a evitar alguns tipos de situações capazes de desencadear crises de pânico, como aquelas que provocam a aceleração do ritmo cardíaco. “Atividades físicas devem ser realizadas com cuidado e supervisão e o consumo de café, refrigerantes à base de cola e guaraná, chá preto, chocolate e outros alimentos com ação estimulante devem ser evitados”, ressalta Humes.
Os portadores da doença não devem ser expostos a situações que possam gerar medo e insegurança. Amigos e familiares não podem obrigá-los a ir a locais que não querem, especialmente, desacompanhados. Segundo o psiquiatra, esse processo deve ser gradual, respeitando os limites do paciente e acompanhando a evolução do tratamento.
Dr. Eduardo de Castro Humes é psiquiatra e psicoterapeuta formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. CRM-SP: 108239